quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Crítica – Titãs: 3ª Temporada

 

Análise Crítica – Titãs: 3ª Temporada

Review – Titãs: 3ª Temporada
Quando escrevi sobre a segunda temporada de Titãs, mencionei como a série acertava nas complicadas relações entre seus personagens, um acerto do primeiro ano, ainda que também repetisse os problemas de seu ano de estreia. Pois isso mudou nesta terceira temporada. Agora a série repete todos os erros anteriores sem nenhum dos elementos positivos.

A trama começa quando Jason Todd (Curran Walters) decide ir atrás do Coringa sozinho e é morto pelo Palhaço do Crime. Dick (Brenton Thwaites) e os demais Titãs vão até Gotham para o funeral e para dar suporte a Bruce Wayne (Iain Glen). Transtornado, Bruce deixa Gotham, cabendo aos Titãs protegerem a cidade quando o misterioso Capuz Vermelho surge como ameaça e o Espantalho (Vincent Kartheiser) também em esquemas em curso.

O arco principal é o do Capuz Vermelho e considerando que essa história já foi contada em animações e games a rodo, a série acerta ao já revelar a identidade dele no segundo episódio. Esse é provavelmente o único acerto, já que todo o restante é conduzido da pior maneira possível. Nos quadrinhos e em outras adaptações da história o que movia o vilão/anti-herói era seu desejo de mostrar a Bruce Wayne como a regra de não matar estava ultrapassada. Aqui, como Bruce não está presente, esse elemento não tem como ser desenvolvido e o Capuz é reduzido a um capanga chorão do Espantalho. Outros elementos dessa história, como o Poço de Lázaro que revive Jason, são jogados de qualquer jeito na trama.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Crítica – Imperdoável

 

Análise Crítica – Imperdoável

Review – Imperdoável
Ao longo do meu tempo com Imperdoável tive a impressão de que esta produção da Netflix era algo orginalmente pensado como série ou minissérie, mas que precisou ser condensado em um filme de menos de duas horas. São muitos núcleos de personagens, muitas tramas, quase que três filmes em um só (nenhum desenvolvido a contento), então não foi sem surpresa quando os créditos subiram e descobri que a produção adaptava uma minissérie britânica.

A narrativa gira em torno de Ruth (Sandra Bullock), que sai da prisão depois de cumprir uma pena de vinte anos por matar um policial. Ruth tenta reconstruir a vida e se reaproximar da irmã caçula, que foi colocada no sistema de adoção depois dela ter sido presa já que elas não tinham mais nenhum parente vivo. Esse caminho não é fácil, pois Ruth precisa lidar com o julgamento constante de uma sociedade que nunca parece disposta a esquecer o que ela fez e lhe dar uma nova chance.

Além de Ruth, a trama segue a família adotiva de Katie (Aisling Franciosi) e os filhos do policial morto por Ruth. A ideia, em tese, é mostrar como esse crime impactou não só a vida da protagonista, mas a vida de todos ao redor do evento. Digo em tese porque o texto nunca consegue dar conta desses vários núcleos passando superficialmente por eles, sem ser capaz de nos transmitir como realmente esses eventos impactaram as vidas dos personagens. Com isso, o filme desperdiça bons atores, como Viola Davis, que fica presa a uma personagem com pouquíssima utilidade na trama.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Crítica – Perdidos no Espaço: 3ª Temporada

Análise Crítica – Perdidos no Espaço: 3ª Temporada


Review – Perdidos no Espaço: 3ª Temporada
Uma das coisas que mais me atraiu para essa nova versão de Perdidos no Espaço era o modo como a série exaltava o trabalho em equipe, a racionalidade e a ciência na superação de problemas. No contexto em que vivemos hoje, com a ascensão de um negacionismo científico que prejudicou e prejudica o combate à pandemia da covid-19 é ainda mais importante que a arte nos lembre e nos inspire com o poder da ciência e engenhosidade humana.

Esta terceira e última temporada inicia um ano depois dos eventos da temporada anterior. Judy (Taylor Russell) lidera o grupo de crianças que fugiram da Resolute em busca de Alfa Centauro. Eles chegaram a um planeta diferente e estabeleceram uma colônia temporária enquanto reúnem recursos para consertar a nave e partir para Alfa Centauro. Enquanto isso, os adultos que ficaram para trás tentam se manter ocultos dos robôs enquanto consertam o que restou de suas naves e tentam encontrar um jeito de chegar ao destino em Alfa Centauro.

De cara a temporada resolve alguns problemas que tive com o ano anterior, dando peso e consequência ao sacrifício da Resolute, mostrando o quão acuados estão os adultos que ficaram para trás liderados por John (Toby Stephens) e Maureen (Molly Parker) ao mesmo tempo em que as crianças sentem o isolamento em seu lar temporário e Judy se vê insegura com seu papel de líder. A série também resolve o problema de Smith (Parker Posey) delineando aos poucos um caminho de redenção para a personagem, evitando que ela fique colocando esquemas mesquinhos quando há coisas tão maiores em risco. 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Drops – Garota da Moto

 

Crítica – Garota da Moto

Review – Garota da Moto
Eu tinha ouvido falar da série Garota da Moto, exibida no SBT entre 2016 e 2019, mas nunca assisti. Quando foi anunciado um filme da série, fiquei curioso para assistir. Histórias de ação e suspense são gêneros pouco explorados no cinema brasileiro e é sempre bom prestigiar os esforços de levar isso a um grande público.

A trama se passa aparentemente depois dos eventos da série. Joana (Maria Casadevall) trabalha como motogirl e vive ao lado do filho Nico (Kevin Vecchiato, que viveu o Cebolinha em Turma da Mônica: Laços). Durante uma entrega, Joana encontra uma fábrica ilegal que opera com imigrantes em regime de trabalho escravo. Furiosa com a injustiça, Joana decide intervir e consegue dominar os culpados antes mesmo que a polícia chegue. A ação, no entanto, coloca ela e o filho na mira de uma poderosa organização criminosa liderada por um policial corrupto.

Como a narrativa se passa depois da série, o início sofre com uma quantidade grande de diálogos expositivos que visam situar o espectador nos eventos que ocorreram até aqui, algo que é recorrente em filmes baseados em séries, como aconteceu com Veronica Mars ou Entourage. O texto tenta explorar como a vida de fuga e brigas afetou o filho de Joana e a relação dele com a mãe, mas tudo acaba sendo desenvolvido rápido demais para sair da superfície do tema.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Crítica – Coquetel Explosivo



Em seu cerne Coquetel Explosivo é um filme de ação aloprado que constrói um universo de matadores profissionais que vive à sombra da nossa sociedade. Lembra um pouco a franquia John Wick, mas tem uma personalidade mais amalucada que os filmes estrelados por Keanu Reeves.

Na trama, Sam (Karen Gillan) se tornou uma assassina profissional depois de ser abandonada pela mãe, Scarlet (Lena Headey). A serviço da poderosa organização criminosa conhecida como “A Firma”. Quando uma missão dá errado, Sam se vê protegendo a garota Emily (Chloe Coleman) e na mira da Firma.

A trama demora um pouco a engrenar, estabelecendo os elementos que compõem esse universo excêntrico de sororidades de assassinas e grupos mafiosos secretos, mas quando engrena se entrega a ação amalucada e ultraviolência. A ação é bem criativa, colocando Sam em situações bem inesperadas para esse tipo de filme. Um dos melhores exemplos é a sequência em que Sam enfrenta três assassinos enquanto está com os braços anestesiados, prendendo uma faca e uma arma nas mãos com fita adesiva. É a perfeita síntese de como o filme mistura uma imaginação completamente pirada com doses cavalares de violência e sangue.

A fita também se beneficia do carisma do elenco. De Karen Gillan fazendo uma típica assassina com coração de ouro, passando por Lena Headey como uma ex-assassina que sempre tem um plano na manga. Além da dupla principal, a trama tem participações divertidas de Angela Basset, Carla Gugino e Michelle Yeoh, que também contribuem em algumas cenas de ação. O grandiloquente embate na biblioteca seria um ótimo clímax, mas o filme insiste em não acabar, se alongando mais do que deveria.

O material acaba levando muito à sério a temática sobre pais e filhos da trama, tentando construir alguns momentos de impacto emocional, no entanto eles não funcionam devido a todo o contexto acelerado e amalucado do filme, servindo mais como um freio brusco para o fluxo da narrativa do que algo que opera organicamente com ela. Todo o segmento da lanchonete poderia ser suprimido se a chegada do vilão acontecesse na própria biblioteca e isso daria mais agilidade ao desfecho. Do jeito que está, ao invés de uma conclusão apoteótica, o filme se arrasta em seus minutos finais, acabando com o senso de energia que foi construído até então. Não deixa de ser divertido, mas fica a sensação de que poderia ser mais conciso.

Coquetel Explosivo diverte por conta da criatividade amalucada de suas cenas de ação e por um elenco que consegue dar algum carisma a personagens que, de outra maneira, seriam bem lugar comum.

 

Nota: 6/10


Trailer

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Drops – Ferida

 

Análise Crítica – Ferida

Review Crítica – Ferida
Estreia de Halle Berry como diretora, este Ferida é uma típica história de superação no esporte. A trama é centrada em Jackie (Halle Berry), uma ex-lutadora de MMA que se encontra no fundo do poço, trabalhando como diarista depois de fugir de uma luta. As coisas se complicam quando ela fica sabendo da morte do ex-marido e precisa cuidar do filho pequeno. Com uma criança sob sua responsabilidade, Jackie precisa reconstruir a vida, encontrando uma nova oportunidade para retornar ao meio do MMA e desafiar a atual campeã.

É uma narrativa que mistura Rocky: Um Lutador (1967), com Nocaute (2015) e outros elementos que já vimos em filmes de esporte. Não tem nada que saia do traçado esperado e boa parte dos desenvolvimentos são bem previsíveis, como a eventual relação de Jackie com a treinadora. Isso seria menos problemático se os personagens ao redor da protagonista fossem mais interessantes, mas todos eles parecem existir apenas para gravitar em torno dela, funcionando como obstáculos (o namorado abusivo, a mãe oportunista) ou facilitadores (a treinadora que sempre está disponível para tudo e parece não ter vida própria) e nunca como indivíduos autônomos com suas próprias motivações ou desejos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Crítica – Ataque dos Cães

 Análise Crítica – Ataque dos Cães


Review – Ataque dos Cães
O western é um gênero que fala da realidade histórica dos Estados Unidos. Durante o período clássico hollywoodiano esses filmes ajudavam a construir mitos ao redor da expansão do país rumo ao oeste. Uma expansão na qual o homem branco dominava um ambiente selvagem e bravio com sua coragem e iniciativa. Eram histórias sobre a identidade nacional, o destino do país e sobre a superioridade de um povo. Já tem um tempo que o western adquiriu um caráter mais revisionista, desde produções como Dança Com Lobos (1990) até produções mais recentes como First Cow (2021). Este Ataque dos Cães, novo trabalho da diretora Jane Campion também apresenta um olhar revisionista sobre elementos típicos do western.

Na trama os irmãos George (Jesse Plemons) e Phil (Benedict Cumberbatch) são fazendeiros com um negócio em ascensão. George cuida do lado administrativo enquanto Phil supervisiona o cotidiano dos animais da fazenda. Phil se comporta com um típico caubói de western, um homem estoico e durão, que fala e socializa pouco e tem orgulho de seu bom manejo da terra e dos animais. A relação entre os dois irmãos é abalada quando George se casa com a viúva Rose (Kirsten Dunst), levando ela e o filho Pete (Kodi Smit-McPhee) para morar na fazenda. Aos poucos Phil começa a atormentar Rose e Pete, ridicularizando Rose por suas incursões musicais fracassadas e Pete por seus modos afeminados ou sua paixão por ciência.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Crítica – Identidade

 

Análise Crítica – Identidade

Review – Identidade
Há uma quantidade enorme de filmes que usam fotografia em preto e branco ou uma taxa de aspecto 4:3 para parecerem mais “artísticos” ou meramente referenciar o cinema de outrora. Na maioria dos casos é um floreio estilístico que pouco acrescenta ao produto final. Neste Identidade, no entanto, é essencial para a discussão sobre colorismo e identidade que o filme tenta construir.

Estreia da atriz Rebecca Hall como diretora, a trama adapta um romance de Nella Larsen, e acompanha Irene (Tessa Thompson), uma mulher negra na Nova Iorque de 1920. Um dia Irene reencontra uma amiga de infância, Clare (Ruth Negga), e descobre que ela vive se passando por branca, inclusive tendo casado com um homem branco fazendo ele acreditar que ela era branca.

O reencontro desperta emoções em ambas. De um lado Irene, que assim como Clare tem uma pele mais clara e conseguiria se passar como branca, se sente incomodada com a possibilidade de esconder quem é, embora se sinta atraída pelas facilidades e segurança de uma vida de branca. Por outro lado, Clare vê em Irene um refúgio, uma possibilidade de ser ela mesma integralmente sem precisar fingir ou temer ser descoberta.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Crítica – Venom: Tempo de Carnificina

 

Análise Crítica – Venom: Tempo de Carnificina

Review – Venom: Tempo de Carnificina
O primeiro Venom (2018) não era lá grande coisa, mas encerrava com um gancho para continuação que talvez rendesse algo melhorzinho por conta da presença do serial killer Cletus Kasady. Pois bem, este Venom: Tempo de Carnificina tenta pegar o gancho final do primeiro e não faz nada de muito interessante.

Na trama, Eddie Brock (Tom Hardy) consegue uma entrevista exclusive com o serial killer Cletus Kasady (Woody Harrelson), mas durante a conversa Brock é mordido por Kasady, que fica com o pedaço do simbionte de Eddie. Usando o novo simbionte para se tornar o perigoso Carnificina, Cletus foge da cadeia e começa a causar destruição por onde passa. Cabe a Eddie Brock e ao simbionte Venom deter a nova ameaça.

De cara incomoda como a relação entre Brock e Venom parece estagnada em relação aos eventos do filme anterior. No final do primeiro Brock parecia ter aceito a condição de “protetor letal” permitindo que Venom devorasse bandidos. Aqui, no entanto, tudo parece ter voltado à estaca zero, com o filme dando a desculpa de que as autoridades ainda estavam à procura do simbionte por causa dos eventos do filme anterior, sendo que nada disso tinha sido dito no final do primeiro filme quando Eddie deixa Venom devorar um assaltante. Assim, ao invés de mover adiante a relação dos personagens, tudo soa estagnado, repetindo o que já tinha sido feito no primeiro filme, sendo que o primeiro filme não é exatamente bom.

Muitos defeitos do anterior também retornam, como o fato de que o texto não consegue fazer Eddie soar como um competente repórter investigativo. Porque inicialmente ele recusaria uma exclusiva com um serial killer? Porque ele aceitaria publicar uma fala de Cletus que claramente é uma mensagem cifrada sendo que isso poderia ser um código para que crimes fossem cometidos em nome dele? É um tipo de coisa que deveria passar pela cabeça de um jornalista experiente, mas Brock continua a agir como um amador estúpido.

Do mesmo modo, a relação entre Venom e Eddie continua sendo apresentada mais como uma espécie de comédia romântica e menos como um sujeito lidando com um parasita alienígena querendo controlar seu corpo. Ao fazer Venom engraçadinho, o filme diminui a capacidade intimidadora da criatura como um predador voraz e letal, impedindo que Venom seja aqui a presença imponente que o texto visa construir.

Qualquer um que já tenha assistido Assassinos por Natureza (1994) sabe que Woody Harrelson é perfeitamente capaz de fazer um serial killer caipira cruzando o país ao lado de um interesse romântico igualmente letal. A escalação dele como Cletus Kasady seria um acerto fácil, no entanto, não funciona por conta de um texto que não sabe fazer com o personagem. Kasady muda de personalidade o tempo todo, uma hora sendo enquadrado como um completo lunático e sádico, um psicopata cruel que busca destruição e dor. Em outros momentos o filme tenta transformar Cletus em uma vítima das circunstâncias, um coitado solitário e incompreendido que se tornou violento por causa dos abusos que sofreu e só queria ser amado. Essas duas abordagens entram em conflito uma com a outra e o personagem acaba soando vazio.

Não ajuda que o roteiro tenha uma série de incoerências e elementos mal explicados ou desenvolvidos. Porque, por exemplo, Cletus só queria dar entrevista para Eddie? O filme nunca dá uma justificativa crível para isso e soa mais como algo que acontece porque precisa acontecer para mover a trama. Do mesmo modo, porque exatamente o simbionte Carnificina precisa matar Venom? É estabelecido desde o início que Carnificina é naturalmente mais poderoso que Venom, então qual a razão dessa obsessão em matar o “pai”? Porque Venom fica assustado ao ver Carnificina pela primeira vez, explicando que é por ele ser vermelho? Qual o motivo do inimigo ser um simbionte vermelho afetar tanto Venom?

A ação abusa de névoa e espaços mal iluminados, provavelmente para facilitar os efeitos especiais que criam as criaturas, mas assim como no anterior são escolhas que tornam tudo incomodamente escuro. As lutas entre simbiontes continuam parecendo que duas manchas de tinta foram jogadas em uma folha de papel. São menos confusas que o filme anterior por causa das cores mais díspares entre as criaturas, entretanto não empolgam como deveriam. Parte do motivo da ação não empolgar é que o filme nos diz o tempo todo como esses seres são monstros carniceiros devoradores de gente, porém nunca vemos essa violência e brutalidade nas cenas de ação, já que o filme tem classificação indicativa baixa e não pode mostrar nada muito explícito.

Não esperava nada de Venom: Tempo de Carnificina e ainda assim o filme conseguiu decepcionar sendo pior que o primeiro em praticamente tudo.

 

Nota: 3/10


Trailer

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Crítica – Anônimo

 

Análise Crítica – Anônimo

Review – Anônimo
Escrito por Derek Kolstad, responsável pelos roteiros dos filmes do John Wick, este Anônimo pode ser resumido como uma espécie de “John Wick tiozão”, já que tem muitas características similares com os filmes protagonizados por Keanu Reeves, ainda que este aqui penda também um pouco para o humor. Na trama, Hutch (Bob Odenkirk) é um pacato homem de meia idade que trabalha como contador e vive uma tranquila vida suburbana com a esposa e os filhos. Um dia Hutch vê um grupo de homens assediando uma mulher dentro durante uma viagem de ônibus e decide interferir, espancando brutalmente todos os envolvidos. O problema é que um desses homens era irmão de um poderoso chefe da máfia russa, Yulian (Aleksey Serebryakov), colocando Hutch e sua família como alvo. O que os russos não sabem é que Hutch tem um passado secreto e que não é tão inofensivo quanto parece.

Assim como De Volta ao Jogo (2014), primeiro filme do John Wick, o filme inicialmente se estrutura ao redor do que parece ser uma típica trama de vingança quando a casa de Hutch é invadida por ladrões, mas logo se mostra uma história sobre um sujeito que segurou os impulsos homicidas por tempo demais e agora está mais do que disposto a ir para guerra por qualquer razão. É também um filme de ação sem muitas firulas em termos de narrativa indo direto ao ponto de conflito entre Hutch e os russos e usando isso para criar boas cenas de ação.