segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Crítica – Pokémon Legends: Arceus

 

Análise Crítica – Pokémon Legends: Arceus

Review – Pokémon Legends: Arceus
Desde os primeiros trailers, Pokémon Legends: Arceus parecia o game 3D de Pokémon que eu sempre tinha imaginado desde a época de Pokémon Red/Blue no Game Boy. As imagens mostravam um treinador caminhando por espaços abertos, podendo arremessar pokébolas furtivamente nas criaturinhas ou ser atacado por elas caso fosse visto, com batalhas entre pokémons acontecendo no próprio cenário, sem transição para uma arena de batalha genérica. Restava saber se o produto final estava à altura da promessa.

A trama gira em torno de um garoto sem memória que misteriosamente chega na região de Hisui (basicamente uma versão feudal de Sinnoh). Lá ele acaba se juntando à expedição do Galaxy Team para explorar os mistérios da região e ajudar o Professor Laventon a fazer a primeira Pokédex da história. Além disso, o jovem precisa ajudar os clãs locais, Diamante e Pérola, a manterem a paz entre si e acalmarem os pokémons lendários que servem como lordes da ilha. Essas poderosas criaturas entraram num frenesi agressivo desde que estranhas fendas aparecerem e agora é preciso desvendar o que está por trás da crise.

Indicados ao Framboesa de Ouro 2022

 

Indicados ao Framboesa de Ouro 2022

O Framboesa de Ouro, premiação que “homenageia” os piores do ano lançou hoje, 7 de fevereiro, sua lista de indicados. Entre os mais indicados estão Diana: O Musical, Querido Evan Hansen e Space Jam: Um Novo Legado. A surpresa veio por conta de uma nova categoria inteira dedicada a Bruce Willis, já que o astro de Duro de Matar tem feito ultimamente uma série de produções de baixo orçamento e todas são muito ruins. Entre os esnobados está Conquista, que chegou a figurar em nossa lista de piores do ano passado, que recebeu apenas uma indicação de pior atriz para Ruby Rose quando merecia menções em pior filme, direção, roteiro e ator coadjuvante (Morgan Freeman). A entrega dos prêmios acontecerá no dia 26 de março. Confiram abaixo a lista completa.

 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Crítica – Free Guy: Assumindo o Controle

 

Análise Crítica – Free Guy: Assumindo o Controle

Review – Free Guy: Assumindo o Controle
Não esperava muita coisa deste Free Guy: Assumindo o Controle, mas confesso que o resultado é uma aventura divertida, que brinca de maneira esperta com muitas convenções de games. A trama gira em torno de Guy (Ryan Reynolds), um caixa de banco que descobre que ele é um NPC em um game online. Ele se apaixona por uma usuária (Jodie Comer, de Killing Eve) e decide ajudá-la a encontrar provas de que o dono da empresa responsável pelo jogo, Antwan (Taika Waititi), roubou seu código-fonte de outro game.

A primeira coisa que chama atenção é como a trama capta bem como deve ser o cotidiano de algo como GTA Online para os NPCs que vivem na cidade. Tanques, tiroteios e explosões ocorrem a todo o momento conforme Guy caminha pela rua. Caos completo enquanto essas pessoas simplesmente tentam viver as próprias vidas. Personagens jogadores com atitudes ou visuais extremamente agressivos são, na verdade, crianças ou sujeitos toscos que moram com os pais.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Crítica – Mundo em Caos

 

Análise Crítica – Mundo em Caos

Review – Mundo em Caos
Adaptando um livro distópico, este Mundo em Caos é mais uma produção que chegou atrasada para a festa sem perceber que o filão de adaptações literárias de distopias para jovens adultos já não tem dado certo há anos em Hollywood. Assim, ele segue a esteira de Mentes Sombrias (2018) e Máquinas Mortais (2019) como mais uma produção que segue o traçado desse tipo de história, sem oferecer nada de interessante.

A trama se passa no futuro, em um planeta chamado Novo Mundo que foi colonizado pela humanidade. Lá, os pensamentos dos homens emergem sem filtro de suas mentes, podendo ser ouvidos por todos, algo que eles chamaram de “o Ruído”. Mulheres não sobreviveram, fazendo deste um mundo masculino. Por isso a surpresa do jovem Todd (Tom Holland) ao encontrar Viola (Daisy Ridley) nos destroços de uma nave. A garota veio com um grupo de reconhecimento e precisa avisar sua nave de que o planeta é uma colônia viável. O problema é que Prentiss (Mads Mikkelsen), líder da vila de Todd, não quer dividir os recursos com novos colonos, querendo impedir Viola de trazer mais gente ao planeta. Assim, Todd e Viola partem em uma jornada para encontrar um meio de avisar a nave dela.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Crítica – A Vizinha da Mulher na Janela

 

Análise Crítica – A Vizinha da Mulher na Janela

Review – A Vizinha da Mulher na Janela
Histórias de suspense sobre mulheres solitárias e traumatizadas que desenvolvem uma fixação por alguém próximo e acabam se envolvendo em problemas praticamente viraram um subgênero por si só como mostram filmes tipo A Garota do Trem (2016) ou A Mulher na Janela (2021). A série A Vizinha da Mulher na Janela parece perceber isso e decide parodiar esse tipo de história.

A trama é centrada em Anna (Kristen Bell) uma mulher solitária, que se divorciou do marido depois da morte trágica da filha e passa os dias tomando vinho. Um dia um pai solteiro se muda com a filha para a casa da frente e Anna começa a vê-los como uma tentativa de recomeço, se afeiçoando aos dois. Observando eles constantemente pela janela, ela tem a impressão de testemunhar um crime.

Como é comum nesse tipo de história, a personagem tem um problema com bebida, o que é conveniente para que duvidemos de sua percepção dos fatos. Tem também alguma fobia incomum que serve como desculpa conveniente para ela simplesmente não sair de casa para investigar as coisas. Aqui, no entanto, tudo isso é conduzido com um certo senso de absurdo, fazendo graça em cima dessas convenções.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Crítica - Titane

 

Análise Crítica - Titane

Review - Titane
Novo longa de Julia Ducurnau, responsável pelo excelente Raw (2016), Titane é um filme bizarro. Digo isso porque a sensação de estranheza e desconforto certamente deve causar reações polarizadas. É um filme sobre nossa relação com máquinas e tecnologia, como transformamos máquinas em extensões de nós mesmos e nossos corpos. Ao mesmo tempo, é também um filme sobre solidão e carência, sobre como precisamos ser cuidados por alguém e ter alguém para cuidar.

A trama é focada em Alexia (Agatha Rousselle), que desde pequena sempre teve fixação por carros, algo que só se ampliou depois de um acidente em que teve uma placa de titânio colocada na cabeça. Adulta, ela ganha a vida como dançarina, com um número em dança sensualmente enquanto se esfrega em um carro potente. Ela também sente prazer em matar e quando sua última onda de matança lhe coloca na mira das autoridades, ela disfarça a aparência, fingindo ser o filho desaparecido de um bombeiro, Vincent (Vincent Lindon). Um homem tão solitário e carente que acredita em Alexia sem pestanejar.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Drops – Injustice

 

Análise Crítica – Injustice

Review – Injustice
Com dois games e cerca de cinco anos de histórias em quadrinhos havia muito de onde o longa animado baseado em Injustice tirar material. O problema é tentar resumir uma história tão extensa em uma animação de 80 minutos que claramente não tem tempo suficiente para lidar com todos os conflitos e personagens.

Na trama, depois que o Coringa mata Lois Lane e explode uma bomba nuclear em Metropolis, o Superman decide parar de ser leniente com o crime. Ele decide matar o Coringa e tomar o controle do combate ao crime no planeta inteiro, intimidando os governos do mundo. Esse comportamento ditatorial não é aceito por muitos dos heróis, em especial do Batman, que monta uma resistência.

O filme claramente sofre para tentar encaixar uma trama longa e repleta de personagens em um tempo tão curto, com isso muitos desenvolvimentos não tem o impacto que deveria. O regime de controle do Superman nunca parece tão opressivo quanto nas outras versões da história. Personagens são inseridos apenas para desaparecerem sem nenhuma repercussão tempos depois, como Aquaman e Shazam. Relacionamentos e conflitos não tem tempo para serem devidamente construídos, como a amizade entre o Arqueiro Verde e a Arlequina ou a rivalidade entre Dick e Damian. Com isso, os eventuais conflitos e desdobramentos não impactam como deveriam.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Drops – Tratamento de Realeza

 

Análise Crítica– Tratamento de Realeza

Review – Tratamento de Realeza
Em essência este Tratamento de Realeza é a típica história de amor entre um príncipe e a plebeia. Thomas (Mena Massoud) é o príncipe da nação de Lavania e está em Nova York para conhecer a noiva cujo casamento seus pais arranjaram. Precisando cortar o cabelo, ele conhece a desbocada Izzy (Laura Marano), que o encanta suficiente para que ele contrate ela e as amigas para fazerem o cabelo e maquiagem de seu casamento real.

A partir daí é óbvio o que vai acontecer. Eles vão se apaixonar e suas personalidades opostas vão ser um aprendizado um para o outro. Ela vai aprender a ser mais assertiva e ele vai aprender a ser mais espontâneo. Laura Marano consegue fazer de Izzy uma mocinha adorável e tem uma boa química com Mena Massoud. O problema é que não há exatamente muito drama ou conflito no percurso dos personagens.

Como Thomas praticamente não passa tempo com a noiva para qual foi prometido, não há qualquer dúvida que ele irá escolher Izzy. Do mesmo modo, os pais do príncipe e o pai da noiva são vilões tão caricatos que nunca soam como um obstáculo genuíno ao romance dos dois. Não ajuda que o texto trate de modo muito casual o fato de os pais de Thomas sejam déspotas irresponsáveis que condenam os súditos à pobreza para viver no luxo. Todos os conflitos são resolvidos tão rápido e tão fácil que nada tem o impacto que deveria.

No fim das contas Tratamento de Realeza é genérico demais para oferecer qualquer coisa digna de atenção, se limitando a repetir coisas que já vimos melhor executado antes.

 

Nota: 4/10


Trailer


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Crítica – A Lenda do Cavaleiro Verde

 Análise Crítica – A Lenda do Cavaleiro Verde


Review – A Lenda do Cavaleiro Verde
Baseado em um poema épico que remete aos mitos arturianos e que tratava sobre virtude, este A Lenda do Cavaleiro Verde revisa o material original conseguindo tocar em temas semelhantes. O diretor David Lowery já tinha produzido meditações sobre a existência humana no excelente Sombras da Vida (2017) e aqui remete à lendas de outrora para ponderar a humanidade que há por trás dos mitos.

Na trama, Gawain (Dev Patel) é um jovem que sonha em se tornar cavaleiro. Durante as comemorações de Natal a corte é visitada pelo estranho Cavaleiro Verde (Ralph Ineson) que propõe um desafio: um cavaleiro deveria tentar atacá-lo, se conseguisse dentro de um ano o Cavaleiro Verde retribuiria o golpe com a mesma intensidade. Gawain rapidamente corta a cabeça do desafiante, imaginando ter vencido, mas o Cavaleiro Verde se levanta e avisa que estará esperando por ele dentro de um ano. Agora Gawain precisa viajar rumo ao seu destino.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Crítica – Ozark: 4ª Temporada (Parte 1)

Análise Crítica – Ozark: 4ª Temporada (Parte 1)


Review – Ozark: 4ª Temporada (Parte 1)
Depois de uma terceira temporada inferior às duas primeiras, temi que Ozark não conseguisse se recuperar em sua quarta e última temporada. A primeira parte do ano derradeiro da série, porém, consegue entregar algo mais próximo da qualidade de seus dois primeiros anos.

A trama continua no ponto em que a anterior parou, com os Byrdes lidando com as consequências da morte do irmão de Wendy (Laura Linney) e da advogada do cartel. A família não tem muito tempo para respirar, no entanto, já que as pressões ao redor deles começam a se acumular. De um lado, Omar Navarro (Felix Solis) exige que os Byrdes tornam seu negócio completamente legítimo e consigam um acordo com o FBI. A instável Darlene Snell (Lisa Emery) volta a produzir heroína, dessa vez auxiliada por Ruth (Julia Garner). Outras ameaças surgem no horizonte como um detetive particular em busca da (já morta) Helen Pierce (Janet McTeer) e o sobrinho ambicioso de Omar, Javi (Alfonso Herrera), que ameaça os planos dos Byrdes.