Apesar de adorar os games de Uncharted, não tive nenhuma empolgação
quando esta adaptação para os cinemas, Uncharted:
Fora do Mapa (sim, colocaram esse subtítulo redundante), foi anunciada. Os
jogos já eram cinematográficos por natureza e não imagino o que a transição para
live action poderia acrescentar em
termos de narrativa, personagens ou ação. Tendo visto o filme, percebo que
tinha razão.
A trama acompanha um jovem Nathan
Drake (Tom Holland) conhecendo Sully (Mark Wahlberg) pela primeira vez e
embarcando na primeira missão juntos. A dupla busca o tesouro de Magalhães,
perdido há séculos. Eles, no entanto, não são os únicos perseguindo o tesouro,
já que o perigoso milionário Moncada (Antonio Banderas) também busca o ouro
perdido.
A primeira coisa que chama
atenção é que o filme não parece se decidir em fazer algo totalmente novo ou
simplesmente seguir os jogos. A ideia de recontar a história de Nathan,
começando a cronologia do zero indicaria que o filme quer seguir seu próprio caminho.
No entanto, o filme também insere situações e cenas de ação tiradas diretamente
dos jogos, como a luta no avião do terceiro jogo ou o navio encalhado numa
caverna do quarto jogo. Se a ideia era começar do zero, porque já reproduzir
situações de aventuras com um Nathan mais experiente? Por outro lado, se
queriam reproduzir os jogos, porque não adaptar diretamente um dos games? Com
isso, o filme fica em um meio termo morno entre uma aventura original e uma
adaptação direta, carecendo de identidade.