A trama se passa na década de 1950 em uma zona periférica de Nova York, cujo bairro está sendo demolido para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários. O terreno é também habitado por duas gangues rivais, os Sharks, uma gangue de imigrantes latinos, e os Jets, uma gangue formada pela comunidade branca local. Nesse cenário de disputas floresce o amor proibido entre Maria (Rachel Zegler), uma jovem imigrante irmã do líder dos Sharks, e Tony (Ansel Elgort), melhor amigo do líder dos Jets e que está tentando reconstruir a vida depois de sair da cadeia.
Muito se falou sobre como Spielberg “corrigiu” os problemas do original. A verdade, no entanto, é que colocar atores de origem latina para os personagens latinos ou não legendar as falas em espanhol, tratando-a como uma língua tão nativa quanto o inglês, é o mínimo que se espera de uma adaptação de um filme de sessenta anos em plena terceira década do século XXI. O filme avança muito pouco em boa parte das discussões sobre classe e raça em relação ao original, o que soa como um desperdício de potencial considerando o quanto esse debate avançou e a ascensão recente de grupos e discursos xenófobos nos EUA. Assim, é estranho que o olhar de Spielberg acerca de todas essas questões ainda soe tão similar a algo produzido na metade do século passado.