Apesar de ser vendido como um thriller de ação, Contrato Perigoso é mais um drama sobre como os EUA tratam seus
soldados como mercadoria descartável do que uma produção focada em ação
explosiva. Depois de dar baixa no exército o soldado James (Chris Pine) tem
dificuldade em arranjar emprego e pagar as contas da família. Um antigo colega
de farda, Mike (Ben Foster), consegue para ele um emprego em uma companhia
militar privada.
A dupla é mandada para Alemanha,
sob pretexto de uma missão secreta para eliminar um virologista que estaria
desenvolvendo uma arma biológica mortal. Eles executam a missão, mas são
emboscados logo depois e James começa a desconfiar que o patrão, Rusty (Kiefer
Sutherland), está tentando apagar os rastros da missão.
Mesmo nas cenas de ação, é uma
produção que busca mais o realismo do combate armado, com os personagens
buscando cobertura e se movendo de maneira mais lenta e deliberada, do que uma
ação explosiva e grandiloquente. São, porém, os momentos de silêncio em que o
filme impacta mais. Chris Pine traz no semblante a dor e o cansaço de alguém
que acreditou estar cumprindo um importante dever e foi consistentemente
abandonado, seja pelas forças armadas, seja pelo setor privado.