Eu tenho algum conhecimento dos
games da franquia
Tekken, embora não
seja próximo a eles como sou de outros grandes nomes dos jogos de luta. Ainda
assim fui atraído para este
Tekken:
Bloodline pelo trabalho competente que a Netflix vem fazendo em adaptar
games em séries animadas, a exemplo de
Castlevania
ou
Cuphead.
A trama se baseia na narrativa Tekken 3, sendo protagonizada por Jin
Kazama, que vê a mãe ser morta pelo perigoso ser conhecido como Ogre. O jovem
parte então para encontrar seu único familiar remanescente, o poderoso e cruel
Heihachi Mishima, dono da corporação Tekken e organizador do torneio Rei do
Punho de Ferro. Heihachi treina o neto em seu estilo de luta, visando
prepará-lo para enfrentar Ogre eventualmente, mas o patriarca Mishima também
esconde seus segredos.
A narrativa acerta no modo como
capta as personalidades de seus personagens, em especial a crueldade ardilosa
de Heihachi. O conflito interno de Jin, pego entre a compassividade da mãe e a
dureza do avô, lutando para encontrar seu próprio caminho em meio a tudo isso,
também é bem construído. Paul Phoenix e Xiaoyu, por sua vez, participam como
coadjuvantes divertidos e também protagonizando boas cenas de luta. Não é lá
uma trama ou conflitos muito inovadores, mas os personagens e as lutas ao menos
conseguem nos manter envolvidos e a narrativa consegue equilibrar bem os
elementos sombrios com os aspectos mais sem noção dos jogos. Afinal, não
podemos esquecer que em meio a todo o drama familiar, Tekken é também uma franquia em que um urso pardo é admitido em um
torneio de lutadores humanos.