A narrativa acompanha Norma Jean (Ana de Armas) desde sua infância problemática com uma mãe instável até sua transformação na diva do cinema Marilyn Monroe, explorando seus relacionamentos e seus momentos mais icônicos. Há um claro recorte de explorar como ela foi explorada pela indústria, como os holofotes e olhares constantes lhe causaram problemas e dentro dessa proposta o filme faz escolhas estéticas que rendem momentos interessantes, mas, ao mesmo tempo, parece operar em paradoxo com sua proposta.
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Crítica – Blonde
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
Crítica – Cyberpunk: Mercenários
A trama se passa um ano antes dos eventos do game e é protagonizada por David, um garoto de origem humilde que tenta sobreviver a Night City ao lado da mãe. Quando a mãe de David morre em um acidente, o jovem descobre que ela tinha implantes de combate altamente avançados no corpo. David instala os implantes em si mesmo e logo é encontrado pelo grupo de mercenários com os quais sua mãe trabalhava, inevitavelmente aceitando prestar serviços para eles já que não tem mais nada a perder.
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
Drops – Já Fui Famoso
É a típica história do artista decadente, marcado por um trauma, tirado de sua reclusão por um jovem ingênuo. Logicamente um tem muito a ensinar ao outro e desafios envolvendo liberdade artística ou fazer o que o mercado deseja. É relativamente previsível, conduzido sem grandes surpresas, no entanto, o que nos envolve é a dinâmica entre Vince e Stevie.
terça-feira, 27 de setembro de 2022
Drops – O Escândalo da Wirecard
A trama é contada a partir da investigação feita por repórteres do Financial Times sobre os negócios escusos da empresa e como as contas declaradas aos acionistas não batiam com a realidade. Nesse sentido, o documentário é consistente em mostrar o processo de apuração jornalística e a quantidade de evidências colhidas para provar a fraude. Pode parecer besteira ter que comentar isso, mas considerando a enxurrada de documentários sobre crimes que se entregam a um sensacionalismo especulativo com pouca base factual (como JohnMcAfee e Não Confie em Ninguém) é importante ver produções que sustentem sua narrativa em fatos e não apenas em especulações feitas para chocar o espectador.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
Crítica – A Queda
A narrativa é protagonizada por Becky (Grace Caroline Currey, a Mary do filme Shazam), uma montanhista que fica traumatizada depois da morte do noivo, Dan (Mason Gooding), em um acidente de escalada. Tentando tirar Becky da depressão sua melhor amiga, Hunter (Virginia Gardner), propõe uma viagem para elas espalharem as cinzas de Dan. Não seria, no entanto, uma viagem qualquer, elas subiriam em uma antiga torre de transmissão, a maior do país, e espalhariam as cinzas do alto. O problema é que a torre é muito antiga e durante a subida as escadas enferrujadas colapsam, deixando a dupla presa no topo. Agora elas precisam encontrar um jeito de sobreviverem e saírem da situação.
Claro, num primeiro momento é meio estúpido que elas tenham partido para uma empreitada super perigosa sem avisar ninguém do que fariam, mas não é implausível considerando que isso de fato acontece no mundo real, vide o filme 127 Horas. A partir do momento em que a dupla fica presa, o filme é eficiente em encadear situações de tensão envolvendo a tentativa de recuperar uma mochila de mantimentos, usar um drone para mandar uma mensagem de socorro ou tentar rechaçar ataques de urubus. A narrativa ainda consegue entregar alguns momentos de surpresa que nos fazem reinterpretar alguns momentos aparentemente implausíveis.
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
Rapsódias Revisitadas – Medo e Delírio em Las Vegas
A trama é protagonizada por Raoul Duke (Johnny Depp), um repórter que viaja para o deserto de Nevada para cobrir uma corrida. Ele está na companhia do advogado, Dr. Gonzo (Benicio del Toro), e uma mala cheia de drogas. No percurso de cobrir a corrida eles se perdem no efeito das drogas e o caos se instaura conforme eles embarcam em bad trips que os fazem pensar no ideal de “sonho americano”.
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
Crítica – Era Uma Vez um Gênio
A trama é protagonizada por Alithea (Tilda Swinton) que em uma viagem para a Turquia liberta um Djinn (Idris Elba) preso na garrafa. Agora a criatura se oferece para conceder três desejos a Alithea em troca da liberdade dele, mas Alithea não sabe o que pedir. O Djinn então começa a narrar suas desventuras ao longo dos últimos três mil anos.
O filme chama atenção pela construção visual das fábulas contadas pelo Djinn, cheias de elementos singulares e que nos conquistam pela capacidade de imaginação dos realizadores em conceber tudo aquilo. A tramas em si envolvem pelo modo como elas se costuram uma na outra, como pequenas ações causam repercussões que serão sentidas séculos depois e irremediavelmente mudam a trajetória do Djinn e das pessoas com as quais ele se envolve. O próprio visual do Djinn, com extremidades douradas, palmas vermelhas e uma constante fumaça ao seu redor convencem de que estamos diante de uma criatura que, como ele mesmo diz, é feita de fogo e poeira.
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
Crítica – Fim da Estrada
Na trama, Brenda (Queen Latifah) está se mudando com a família de Los Angeles para o Texas depois da morte do marido tornar impossível custear a vida na cidade. Ela viaja acompanhada do irmão, Reggie (Chris “Ludacris” Bridges), e dos filhos Kelly (Mychala Faith Lee) e Cam (Shaun Dixon). No caminho eles passam pelo interior do Arizona, lidando com o racismo dos locais, mas as coisas se complicam quando testemunham um crime e acabam pegando uma mala de dinheiro que não lhes pertence.
O início, com Brenda repreendendo Reggie por fumar muita maconha e ele pensando em como vai ficar a viagem inteira sem erva parecem dar um tom de comédia a todo o processo. Assim que eles pegam a estrada, no entanto, a seriedade aparece mais forte conforme eles são alvo de condutas racistas. Mais adiante, conversas entre Brenda e Reggie falam sobre o trauma do falecimento do marido de Brenda, das dívidas que a família assumiu durante a doença do falecido e dos conflitos entre Brenda e Reggie, construindo um drama familiar. Posteriormente, a família toma posse da mala de dinheiro e tudo vira um thriller de ação.
terça-feira, 20 de setembro de 2022
Crítica – Boa Noite, Mamãe!
A trama é protagonizada pelos gêmeos Elias e Lukas (Cameron e Nicholas Crovetti) que são deixados na casa da mãe (Naomi Watts) para passar um tempo com ela. Chegando lá os garotos encontram a mãe com o rosto coberto por uma máscara cirúrgica, pois ela supostamente teria feito uma plástica no rosto. Os problemas começam quando os garotos estranham o comportamento da mãe e começam a achar que aquela mulher pode não ser a mãe deles.
Se o original conseguia desenvolver muito bem uma atmosfera de tensão e estranhamento por conta das ações erráticas da mãe e o fato de não vermos seu rosto, aqui essa tensão está praticamente ausente. Falta ambiguidade e bizarrice nas ações da personagem de Naomi Watts, que demonstra mais uma insegurança e fragilidade que torna mais fácil antever a revelação final. A máscara cirúrgica usada pela personagem revela demais o rosto da atriz e soa normal demais para parecer assustadora como no original, em que parecia menos um instrumento hospitalar e mais algo feito de maneira amadora, com bandagens soltas unidas por presilhas e o pouco que víamos do rosto da mãe estava cheio de hematomas e marcas de cicatriz.
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
Crítica – Justiceiras
Há um componente de previsibilidade no meio da história, com as duas ficando amigas, mas colocando a amizade a perder por estarem tão focadas em suas vinganças ou por perderem a perspectiva ao se conectarem com as pessoas das quais deveriam estar se vingando. Esse vai e vem na amizade das duas funcionam pela química sincera que Hawke e Mendes estabelecem uma com a outra, que passam de aliadas pragmáticas para amigas genuínas, com Drea se abrindo a Eleanor de maneiras que nunca fez com ninguém. Por outro lado, a narrativa guarda surpresas inesperadas e algumas reviravoltas me pegaram desprevenido, então mesmo dentro de estruturas narrativas familiares, o filme encontra algum espaço para surpreender.