Confesso que não estava
exatamente empolgado para este
O Senhor
dos Anéis: Os Anéis de Poder. Depois da decepcionante tentativa de forçar
O Hobbit em uma trilogia, fazer uma
série baseada nas lacunas da mitologia de Tolkien ou em um período sobre o qual
ele escreveu de forma passageira em
O
Silmarillion tinha cara de que poderia dar muito errado. Mesmo a noção de
que o espólio de Tolkien daria consultoria e acompanharia mais de perto a
produção fez pouco para mudar minhas ressalvas. Felizmente o resultado é fiel
ao espírito das narrativas e universo criados por Tolkien e ainda que tenha
seus momentos de tomar algumas liberdades com elementos estabelecidos do cânone
é, em geral, coerente com o material original.
A trama se passa durante a
Segunda Era da Terra-Média. Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro, foi derrotado
e o continente vive em uma aparente paz. Galadriel (Morfydd Clark), no entanto,
crê que a guerra ainda não acabou. Sauron, principal discípulo de Morgoth,
segue vivo e Galadriel varre o continente em busca dele. Ao mesmo tempo, orques
começam a se mobilizar nas terras do sul, ameaçando a população humana que ali
vive. Em outra parte do continente, o cotidiano pacífico dos hobbits é alterado
quando um Estranho (Daniel Weyman) cai dos céus.