segunda-feira, 13 de março de 2023

Conheçam os vencedores do Oscar 2023

 

Conheçam os vencedores do Oscar 2023

No domingo, 12 de março, aconteceu a 95ª cerimônia do Oscar. Apresentada por Jimmy Kimmel, que inevitavelmente fez piada com o incidente do tapa envolvendo Chris Rock e Will Smith na edição passada, a premiação sagrou Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo como grande vencedor, levando sete das onze estatuetas para a qual estava indicado, incluindo melhor filme, melhor direção, melhor atriz e melhor ator coadjuvante. A produção alemã Nada de Novo no Front foi a segunda colocada da noite com quatro prêmios, incluindo melhor filme internacional. Por outro lado, outros filmes com muitas indicações, como Os Fabelmans, Elvis e Os Banshees de Inisherin saíram de mãos abanando, sem levar um prêmio sequer. Confiram abaixo a lista completa de indicados e vencedores.

 

domingo, 12 de março de 2023

Conheçam os vencedores do Framboesa de Ouro 2023

 

Winners Razzies 2023

Como de costume, o Framboesa de Ouro, premiação que “celebra” os piores filmes realizou sua cerimônia na véspera do Oscar, sábado, onze de março, e entregou a Blonde o prêmio de pior filme. Morbius foi agraciado com dois Framboesas, de pior ator para Jared Leto e pior atriz coadjuvante para Adria Arjona. Na categoria de pior atriz a organização do Framboesa teve a autocrítica de premiar a si mesma pela insensatez de tentar indicar uma criança de 12 anos à categoria. Confiram abaixo a lista completa de indicados com vencedores destacados em negrito.

 

sexta-feira, 10 de março de 2023

Drops – Fantasma e CIA

 

Análise Crítica– Fantasma e CIA

Review – Fantasma e CIA
Uma família gasta todas as suas economias em uma casa sem saber que o imóvel é assombrado e agora precisa lidar com o fantasma. É uma premissa bem conhecida que este Fantasma e CIA tenta levar em direções diferentes, mas não sabe exatamente o que fazer com sua própria trama.

Quando a família chefiada por Frank (Anthony Mackie) descobre o fantasma Ernest (David Harbour) morando na casa, ele decide monetizar o fato. Aproveitando a amizade de seu filho caçula, Kevin (Jahi Di'Allo Winston), com o fantasma, Frank produz vídeos para a internet e transforma sua casa em uma atração turística e em um negócio lucrativo. O problema é que isso atrai a atenção de agências do governo que estão há anos tentando capturar um fantasma real.

A trama tenta misturar terror e comédia, mas não consegue consistentemente nem assustar nem fazer rir. A narrativa se divide em várias subtramas sem que nenhuma seja particularmente interessante. De um lado há o esforço de comentar sobre a cultura de internet e influencers, no entanto o filme não tem muito a dizer sobre isso. O arco envolvendo a relação complicada de Kevin com o pai não consegue ir além dos clichês de tramas sobre pais e filhos. O mistério envolvendo Ernest e a morte não consegue envolver ou criar suspense.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Crítica – Desaparecida

 

Análise Crítica – Desaparecida

Review – Desaparecida
Lançado em 2018 Buscando...(2018) era um eficiente suspense que pensava na pervasividade da internet em nossas vidas a partir de uma trama que era contada em estilo found footage. Este Desaparecida funciona como um spin-off do filme de 2018, se passando no mesmo universo e usando o mesmo artifício.

A trama é protagonizada por June (Storm Reid, de Euphoria e The Last of Us), uma jovem de 18 anos que tem uma relação complicada com a mãe, Grace (Nia Long), desde o falecimento do pai. Quando a mãe viaja para a Colômbia com o novo namorado June vê essa viagem como um período de liberdade e usa a ausência da mãe para curtir com as amigas. As coisas, no entanto, se complicam quando a mãe não volta no voo previsto e June descobre que ela nunca embarcou no voo de volta. Agora ela precisa conversar com as autoridades para empreender uma busca mesmo estando à distância.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Crítica – Entre Mulheres

 

Análise Crítica – Entre Mulheres

Dirigido por Sarah Polley e adaptado de um romance escrito por Miriam Toews, Entre Mulheres traz questionamentos sobre como as estruturas da sociedade (e particularmente religiosas) trabalham para manter as mulheres sob controle e como é difícil para as mulheres romperem com essas estruturas.

A trama se passa em 2010, em uma colônia menonita no Canadá. Depois de inúmeros incidentes em que mulheres da vila acordam com sinais de abuso, elas finalmente conseguem provar que os homens do local as estavam dopando e abusando sexualmente. A narrativa então acompanha os dois dias de deliberações com as mulheres da colônia debatendo o que deveriam fazer, se enfrentar os homens, se fugir ou perdoar os homens e manter as coisas funcionando.

Considerando que são mulheres que vivem sob uma radical estrutura religiosa (e a autora Miriam Toews foi criada em uma colônia menonita) a ideia de que se rebelar contra a violência sofrida nas mãos dos homens constituiria algum tipo de pecado contra a ordem divina e condenaria elas ao inferno é um dos pontos de debate. Isso serve para mostrar como a religião é usada para dominar as mentes e impor uma ordem social tacanha e excludente, bem como a dificuldade em romper com essa programação cerebral uma vez que ela foi cultivada na cabeça de alguém durante a vida inteira.

terça-feira, 7 de março de 2023

Crítica – As Five: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – As Five: Segunda Temporada

Review – As Five: Segunda Temporada
Eu fiquei muito surpreso com o resultado da primeira temporada de As Five, que funcionava como um excelente epílogo para o quinteto de protagonistas de Malhação: Viva a Diferença mostrando as agruras dessas garotas no início de suas vidas adultas e o quanto elas se transformaram a partir da última vez que as vimos. Essa segunda temporada mantem a química entre suas personagens, mas acaba não tendo o mesmo impacto da primeira.

A trama segue alguns eventos da primeira temporada, com Keyla (Gabriela Medvedovski) tentando emplacar sua carreira de cantora, Benê (Daphne Bozaski) navegando sua relação com Nem (Thalles Cabral). Por sua vez Tina (Ana Hikari) está terminando um ciclo de terapia e tentando se reconstruir, enquanto Ellen (Heslaine Vieira) navega por um emprego no setor de tecnologia percebendo que mesmo softwares tem viés racial. Lica (Manoela Aliperti) continua sua jornada como redatora ao mesmo tempo em que lida com a súbita partida de Samantha (Giovanna Grigio).

segunda-feira, 6 de março de 2023

Crítica – Medusa

 

Análise Crítica – Medusa

Review – Medusa
De uns anos para cá o cinema brasileiro vem explorando a ascensão do conservadorismo e retórica autoritária através de distopias. Carro Rei (2021) falava da ascensão do autoritarismo, Bacurau (2019) mostrava um Brasil preconceituoso e vendido a estrangeiros, enquanto que Divino Amor (2019) explora o aspecto do conservadorismo religioso que crescia no país. Dirigido por Anita Rocha da Silveira, Medusa é também uma produção que explora esse conservadorismo religioso que se impõe cada vez mais no Brasil, observando esse tema a partir de um ponto de vista feminino.

A trama é centrada em Mariana (Mari Oliveira), uma jovem evangélica que participa de um grupo de garotas de sua igreja que tem o objetivo de se manter pura. Essas jovens também se organizam em uma espécie de milícia conservadora que ataca na rua mulheres que elas consideram promíscuas ou sujas com o intuito de puni-las ou convertê-las. Um desses ataques dá errado e Mariana leva um corte no rosto, deixando uma cicatriz que a faz ser demitida da clínica em que trabalha. Sem trabalho, Mariana e a melhor amiga, Michele (Lara Tremouroux), começam a investigar a lenda urbana da atriz Melissa (Bruna Linzmeyer), uma mulher supostamente devassa que teve o rosto queimado como punição por sua conduta. Mariana crê ter encontrado a atriz em uma clínica para pessoas em coma e decide conseguir um emprego no local, mas logo coisas estranhas começam a acontecer.

sexta-feira, 3 de março de 2023

Crítica – Excluídos

 

Análise Crítica – Excluídos

Produção da Netflix, Excluídos tenta falar sobre desigualdade racial e preconceito na Inglaterra a partir de uma trama de suspense. É uma narrativa sobre alienação e assimilação, sobre pertencimento e exclusão, orgulho de ser quem é e ódio de si mesmo. Não são ideias simples e nem sempre as coisas são conduzidas com o cuidado que deveriam, mas a produção não deixa de apresentar provocações envolventes.

A trama é protagonizada por Neve (Ashley Madkwe) uma mulher negra que vive com o marido branco e os dois filhos em um idílico subúrbio britânico. Ela tem a vida que sempre desejou, trabalhando como vice-diretora em uma escola de elite e sendo respeitada em sua comunidade. Sua vida cuidadosamente construída, porém, começa a ser perturbada quando um casal de irmãos negros começa a aparecer em seu bairro, interagir com sua família e dizer que tem informações sobre seu passado.

De certa forma, o arco do filme é mostrar como uma elite branca só aceita pessoas negras quando elas se permitem serem assimiladas. Neve, por exemplo, não se permite ser vista sem sua peruca de cabelos lisos e seu tom de pele mais claro permite que ela chame menos atenção entre os brancos. Para ser vista como igual ela precisa parecer igual. Essa noção também está presente no diálogo entre Neve e o marido, Ian (Justin Salinger), no qual Ian exibe uma breve hesitação na voz ao dizer que aceitaria criar os filhos retintos de Neve de um relacionamento anterior.

quinta-feira, 2 de março de 2023

Drops – O Menu

 

Análise Crítica – O Menu

Review Crítica – O Menu
Depois de produções como White Lotus, Glass Onion ou este O Menu, filmes sobre ricos sendo ridicularizados tem se tornado praticamente um subgênero próprio. O Menu por vezes traz metáforas óbvias que operam em dicotomias simplistas, como a ideia de um restaurante como símbolo da nossa estrutura social, mas não deixa de ter comentários relevantes sobre o modo de vida dos ricos.

Na trama, Margot (Anya Taylor-Joy) vai com o namorado, Tyler (Nicholas Hoult), um entusiasta da gastronomia, para um restaurante localizado em uma remota ilha. O restaurante é chefiado pelo misterioso Chef Slowik (Ralph Fiennes), cuja excentricidade beira o fanatismo. Conforme a refeição começa, os presentes percebem que o chef tem planos sinistros para eles.

A trama retrata uma elite entediada, que exige espetáculos cada vez mais bizarros para ficar minimamente entretida, mostrando como seus luxos se dão a partir da humilhação e exploração dos outros. Mais que isso, mostra como essa elite pouco se importa com as consequências dessa exploração, já que muitos inicialmente continuam comendo como se nada estivesse acontecendo a despeito de toda bizarrice ao redor. Tirando Margot os demais personagens acabam não sendo muito desenvolvidos, se limitando a certos estereótipos que o filme acaba tendo pouco a dizer além de alguns lugares comuns sobre ricos. Com isso, o ótimo elenco coadjuvante com nomes como John Leguizamo, Hong Chau ou Janet McTeer fica subaproveitado.

quarta-feira, 1 de março de 2023

Crítica – The Legend of Vox Machina: 2ª Temporada

 

Análise Crítica – The Legend of Vox Machina: 2ª Temporada

Review – The Legend of Vox Machina: 2ª Temporada
A primeira temporada de The Legend of Vox Machina foi uma grata surpresa ao trazer uma história de fantasia medieval que conseguia traduzir a energia caótica e senso de humor de uma campanha de RPG de mesa com os amigos. A segunda temporada mantem o humor e nos faz conhecer mais sobre os heróis.

A trama segue onde o ano anterior parou, com dragões subitamente invadindo a capital. Autodenominados como o Clonclave Cromático, os dragões são liderados por Thordak, um poderoso dragão vermelho. Para ter uma chance contra os poderosos dragões o Vox Machina parte em uma jornada em busca dos Vestígios, itens de grande poder que seriam capazes de virar a batalha em favor deles.