quinta-feira, 16 de março de 2023

Crítica – Shazam! Fúria dos Deuses

 

Análise Crítica – Shazam! Fúria dos Deus

Review – Shazam! Fúria dos Deus
O primeiro Shazam! (2019) funcionava como um Quero Ser Grande (1989) com super-poderes. Não era nada que reinventasse a roda dos filmes de heróis, mas tinha carisma e humor o suficiente para entreter. Já esse Shazam! Fúria dos Deuses não se estrutura a partir de algum outro filme e talvez seja a falta de um molde a seguir, somada com o excesso de personagens e tentativas de subtramas, que faça tudo parecer tão morno.

A trama se passa alguns anos depois do primeiro filme. Billy (Asher Angel) está para fazer dezoito anos e teme ter que sair do lar adotivo em que vive e perder a família que construiu. Por isso ele tenta manter os irmãos adotivos o mais próximo de si e acaba sendo muito controlador. Eles atuam juntos como super-heróis, mas acabam causando mais danos à cidade e não são exatamente amados. Em meio à tudo isso, as deusas Héspera (Helen Mirren) e Kalypso (Lucy Liu) chegam ao nosso mundo para recuperarem a magia que o Mago (Djimon Hounsou) pegou dos deuses para criar o herói Shazam (Zachary Levi).

quarta-feira, 15 de março de 2023

Feud e o mito da rivalidade feminina

 

Feud e o mito da rivalidade feminina

Esse texto deveria ter sido publicado no oito de março, Dia Internacional da Mulher, em que eu comentaria a série Feud: Bette and Joan para sobre as mulheres em Hollywood e o tratamento que a indústria dava a elas. Infelizmente não consegui ter esse material pronto a tempo, mas Feud é uma série tão boa (que infelizmente só assisti agora) que não queria deixar as ideias que a série me deu passarem batido.

terça-feira, 14 de março de 2023

Crítica - Magic Mike: A Última Dança

 

Análise Crítica - Magic Mike: A Última Dança

Review Crítica - Magic Mike: A Última Dança
Desde sua narração inicial é visível que Magic Mike: A Última Dança é um filme cheio de pretensões conforme a voz da narradora explica como a dança é capaz de salvar a sociabilidade humana. Se o segundo filme, Magic Mike XXL (2015), que foi dirigido por Gregory Jacobs e não por Steven Soderbergh como o primeiro e este terceiro, assumia tranquilamente seu caráter de exploitation com excessos e comicidade, esse desfecho para a trilogia cai na besteira de se levar a sério demais como o original e talvez se leve até mais a sério.

Na trama, depois de perder seu negócio de móveis por conta da pandemia, Mike (Channing Tatum) passa a trabalhar como barman. É nesse trabalho que ele conhece a ricaça Max (Salma Hayek), que descobre o passado de Mike e o contrata para uma dança. Encantada pelo talento e capacidade sedutora de Mike, Max decide levá-lo para Londres para que ele organize um espetáculo de dança.

Há uma tensão sexual palpável entre Tatum e Hayek, com Hayek sendo especialmente eficiente em mostrar que por trás de toda a exuberância e esbanjamento Max tem em si uma grande medida de insegurança. Os números de dança continuam sendo o ponto alto do filme, com coreografias grandiosas e uma boa dose de sensualidade, o problema é que esses dois elementos que seriam os mais promissores são deixados de lado em prol de ideias inanes. A relação entre Mike e Max fica focada na produção do show e as danças aparecem pouco.

segunda-feira, 13 de março de 2023

Crítica – The Last of Us: 1ª Temporada

 

Análise Crítica – The Last of Us: 1ª Temporada

Depois que a Netflix começou a acertar em adaptações de games com séries animadas, estava na hora de uma boa adaptação de game como série em live-action. Considerando o quanto o jogo original tem de potencial narrativo, essa primeira temporada de The Last of Us tinha tudo para ser uma produção excelente. Tendo visto a temporada inteira, agora é possível dizer que as expectativas se confirmaram e a série é a melhor adaptação de um game em muito tempo. Aviso que o texto pode conter SPOILERS da temporada.

Produzida por Craig Marzin, responsável pela minissérie Chernobyl, a série segue de perto a narrativa do primeiro jogo. Em um mundo pós-apocalíptico no qual a humanidade foi dizimada por um fungo que infecta as pessoas e as transforma em predadores irracionais, acompanhamos a jornada de Joel (Pedro Pascal). Sobrevivendo como contrabandista, Joel é encarregado de levar em segredo a jovem Ellie (Bella Ramsey) em uma viajem através dos Estados Unidos para uma base dos Vaga-Lumes, grupo de revolucionários que tenta se opor ao repressivo regime vigente. A importância de Ellie reside no fato dela ser imune ao fungo e pode ser a chave para uma vacina.

Conheçam os vencedores do Oscar 2023

 

Conheçam os vencedores do Oscar 2023

No domingo, 12 de março, aconteceu a 95ª cerimônia do Oscar. Apresentada por Jimmy Kimmel, que inevitavelmente fez piada com o incidente do tapa envolvendo Chris Rock e Will Smith na edição passada, a premiação sagrou Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo como grande vencedor, levando sete das onze estatuetas para a qual estava indicado, incluindo melhor filme, melhor direção, melhor atriz e melhor ator coadjuvante. A produção alemã Nada de Novo no Front foi a segunda colocada da noite com quatro prêmios, incluindo melhor filme internacional. Por outro lado, outros filmes com muitas indicações, como Os Fabelmans, Elvis e Os Banshees de Inisherin saíram de mãos abanando, sem levar um prêmio sequer. Confiram abaixo a lista completa de indicados e vencedores.

 

domingo, 12 de março de 2023

Conheçam os vencedores do Framboesa de Ouro 2023

 

Winners Razzies 2023

Como de costume, o Framboesa de Ouro, premiação que “celebra” os piores filmes realizou sua cerimônia na véspera do Oscar, sábado, onze de março, e entregou a Blonde o prêmio de pior filme. Morbius foi agraciado com dois Framboesas, de pior ator para Jared Leto e pior atriz coadjuvante para Adria Arjona. Na categoria de pior atriz a organização do Framboesa teve a autocrítica de premiar a si mesma pela insensatez de tentar indicar uma criança de 12 anos à categoria. Confiram abaixo a lista completa de indicados com vencedores destacados em negrito.

 

sexta-feira, 10 de março de 2023

Drops – Fantasma e CIA

 

Análise Crítica– Fantasma e CIA

Review – Fantasma e CIA
Uma família gasta todas as suas economias em uma casa sem saber que o imóvel é assombrado e agora precisa lidar com o fantasma. É uma premissa bem conhecida que este Fantasma e CIA tenta levar em direções diferentes, mas não sabe exatamente o que fazer com sua própria trama.

Quando a família chefiada por Frank (Anthony Mackie) descobre o fantasma Ernest (David Harbour) morando na casa, ele decide monetizar o fato. Aproveitando a amizade de seu filho caçula, Kevin (Jahi Di'Allo Winston), com o fantasma, Frank produz vídeos para a internet e transforma sua casa em uma atração turística e em um negócio lucrativo. O problema é que isso atrai a atenção de agências do governo que estão há anos tentando capturar um fantasma real.

A trama tenta misturar terror e comédia, mas não consegue consistentemente nem assustar nem fazer rir. A narrativa se divide em várias subtramas sem que nenhuma seja particularmente interessante. De um lado há o esforço de comentar sobre a cultura de internet e influencers, no entanto o filme não tem muito a dizer sobre isso. O arco envolvendo a relação complicada de Kevin com o pai não consegue ir além dos clichês de tramas sobre pais e filhos. O mistério envolvendo Ernest e a morte não consegue envolver ou criar suspense.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Crítica – Desaparecida

 

Análise Crítica – Desaparecida

Review – Desaparecida
Lançado em 2018 Buscando...(2018) era um eficiente suspense que pensava na pervasividade da internet em nossas vidas a partir de uma trama que era contada em estilo found footage. Este Desaparecida funciona como um spin-off do filme de 2018, se passando no mesmo universo e usando o mesmo artifício.

A trama é protagonizada por June (Storm Reid, de Euphoria e The Last of Us), uma jovem de 18 anos que tem uma relação complicada com a mãe, Grace (Nia Long), desde o falecimento do pai. Quando a mãe viaja para a Colômbia com o novo namorado June vê essa viagem como um período de liberdade e usa a ausência da mãe para curtir com as amigas. As coisas, no entanto, se complicam quando a mãe não volta no voo previsto e June descobre que ela nunca embarcou no voo de volta. Agora ela precisa conversar com as autoridades para empreender uma busca mesmo estando à distância.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Crítica – Entre Mulheres

 

Análise Crítica – Entre Mulheres

Dirigido por Sarah Polley e adaptado de um romance escrito por Miriam Toews, Entre Mulheres traz questionamentos sobre como as estruturas da sociedade (e particularmente religiosas) trabalham para manter as mulheres sob controle e como é difícil para as mulheres romperem com essas estruturas.

A trama se passa em 2010, em uma colônia menonita no Canadá. Depois de inúmeros incidentes em que mulheres da vila acordam com sinais de abuso, elas finalmente conseguem provar que os homens do local as estavam dopando e abusando sexualmente. A narrativa então acompanha os dois dias de deliberações com as mulheres da colônia debatendo o que deveriam fazer, se enfrentar os homens, se fugir ou perdoar os homens e manter as coisas funcionando.

Considerando que são mulheres que vivem sob uma radical estrutura religiosa (e a autora Miriam Toews foi criada em uma colônia menonita) a ideia de que se rebelar contra a violência sofrida nas mãos dos homens constituiria algum tipo de pecado contra a ordem divina e condenaria elas ao inferno é um dos pontos de debate. Isso serve para mostrar como a religião é usada para dominar as mentes e impor uma ordem social tacanha e excludente, bem como a dificuldade em romper com essa programação cerebral uma vez que ela foi cultivada na cabeça de alguém durante a vida inteira.

terça-feira, 7 de março de 2023

Crítica – As Five: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – As Five: Segunda Temporada

Review – As Five: Segunda Temporada
Eu fiquei muito surpreso com o resultado da primeira temporada de As Five, que funcionava como um excelente epílogo para o quinteto de protagonistas de Malhação: Viva a Diferença mostrando as agruras dessas garotas no início de suas vidas adultas e o quanto elas se transformaram a partir da última vez que as vimos. Essa segunda temporada mantem a química entre suas personagens, mas acaba não tendo o mesmo impacto da primeira.

A trama segue alguns eventos da primeira temporada, com Keyla (Gabriela Medvedovski) tentando emplacar sua carreira de cantora, Benê (Daphne Bozaski) navegando sua relação com Nem (Thalles Cabral). Por sua vez Tina (Ana Hikari) está terminando um ciclo de terapia e tentando se reconstruir, enquanto Ellen (Heslaine Vieira) navega por um emprego no setor de tecnologia percebendo que mesmo softwares tem viés racial. Lica (Manoela Aliperti) continua sua jornada como redatora ao mesmo tempo em que lida com a súbita partida de Samantha (Giovanna Grigio).