Lançado em 1995 e adaptando um
romance escrito por Robert James Waller, As
Pontes de Madison é uma narrativa sobre busca e desejo. Não necessariamente
desejo sexual, mas o desejo por conexões humanas, por uma existência com
significado e um senso de pertencimento. Um sentimento que quando encontrado
por nos arrebatar e modificar para sempre, independente de uma curta duração.
A trama é protagonizada por
Francesca (Meryl Streep) uma dona de casa do interior de Iowa na década de 60
que fica com quatro dias só para si quando o marido e os filhos viajam para uma
feira agrícola. É aí que ela conhece o fotógrafo Robert Kincaid (Clint
Eastwood) que está na região para fotografar as pontes cobertas da área para a
revista National Geographic. Ambos se conectam e vivem um caso de amor nesses
quatro dias que muda a trajetória deles para sempre.
A narrativa vai aos poucos
construindo a conexão entre os dois personagens, que começa a partir de uma
troca amistosa e de uma curiosidade genuína sobre o outro, aos poucos se
desenvolvendo em uma forte conexão afetiva conforme eles vão se reconhecendo um
no outro. São duas pessoas marcadas por seus fortes anseios por significado em
suas relações, ambos se sentindo à deriva em suas vidas e, cada um ao seu modo,
isolados. Considerando o curto período de tempo em que a narrativa se passa,
dar a sensação de um caso assim poderia ter um impacto tão grande na vida
dessas pessoas poderia ser difícil de tornar convincente, mas a trama é
eficiente em fazer o espectador entender o peso disso para os dois personagens.