Pensei seriamente se assistiria
essa terceira temporada de
The Witcher.
O anúncio de que Henry Cavill, o elemento mais consistente da série, sairia ao
fim deste terceiro ano e seria substituído na quarta temporada por Liam
Hemsworth diminuiu um pouco do meu interesse. Mesmo menos empolgado do que em
temporadas anteriores, resolvi conferir esse terceiro ano, que continua a
acertar no clima de mistério e no universo sombrio que apresenta, ainda que
sofra dos problemas de ritmo da
primeira temporada.
A trama segue mais ou menos onde
o segundo ano parou, com Geralt (Henry Cavill) e Yennefer (Anya Chalotra) se
unindo para cuidarem de Ciri (Freya Allan). Depois dos eventos de Kaer Morhen,
o trio tenta viver escondido, mas a quantidade de pessoas que buscam Ciri para
propósitos pessoais torna difícil ficar escondido muito tempo ou manter a
garota plenamente segura. Assim, eles partem em busca de uma solução.
Se a temporada anterior se
beneficiava por manter muito da trama focada em poucos lugares e dava bastante
tempo para a relação entre Geralt e Ciri florescer, aqui ela se divide entre
vários lugares e um elenco cada vez maior de personagens ao ponto em que fica
difícil lembrar quem está aonde, fazendo o quê e por qual motivo. Essas
mudanças constantes de ambiente dão a impressão de que a trama principal não
caminha e que Geralt está virando quase um coadjuvante na própria história.
Tudo bem que isso serve para mostrar a situação política complicada do reino e
a quantidade de ameaças que pairam sobre Ciri, mas talvez nem todas as
maquinações precisariam efetivamente aparecer a menos que fossem impactar
diretamente nos protagonistas.