quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Crítica – O Poder e a Lei: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – O Poder e a Lei: Segunda Temporada


Review – O Poder e a Lei: Segunda Temporada
Depois de uma primeira temporada competente, O Poder e a Lei retorna para um segundo ano que explora os pontos fortes da série e tenta lidar melhor com os elementos que não funcionaram tão bem em seu ano de estreia. A segunda temporada inicia mais ou menos no ponto em que o segundo ano parou, com Mickey (Manuel Garcia Rulfo) reabrindo o caso de um cliente inocente erroneamente condenado, conseguindo finalmente a soltura dele, embora isso o coloque na mira do verdadeiro responsável. Ao mesmo tempo, o advogado conhece a chef Lisa (Lana Parilla) e começa a ter um caso com ela. As coisas se complicam quando Lisa é acusada de assassinar um empresário que estava gentrificando o bairro em que a chef mantinha seu restaurante e Mickey precisa defendê-la no tribunal.

De início imaginei que a temporada seria mais focada na busca pelo real assassino que incriminou o antigo cliente de Mickey e a trama de Lisa ficaria mais em segundo plano, mas a série consegue reverter nossas expectativas ao levar Mickey ao culpado da primeira trama nos primeiros episódios, enquanto foca o resto da temporada no julgamento de Lisa. Confesso que fiquei contente com a reversão, já que a trama envolvendo esse antigo cliente, Jesus Menendez (Saul Hueso), acaba ganhando contornos de conspiração grandiloquente que se afastam um pouco do realismo urbano da série.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Crítica – Ursinho Pooh: Sangue e Mel

 

Análise Crítica – Ursinho Pooh: Sangue e Mel

Review – Ursinho Pooh: Sangue e Mel
Pegar o universo do Ursinho Pooh e transformar em um terror slasher sangrento poderia render uma podreira divertida. O diretor e roteirista Rhys Frake-Waterfield aproveitou que a obra de A.A Milne se tornou domínio público resolveu fazer esse terror Ursinho Pooh: Sangue e Mel.  

A trama concebe Pooh e seus amigos como híbridos bizarros entre homens e animais, que foram lembrados como animais fofos por conta da imaginação infantil de Christopher Robin. Quando Robin deixa de frequentar a floresta para ir para a faculdade, Pooh e seus aliados ficam sozinhos e à míngua. Com o tempo eles passam a nutrir ódio da humanidade e a matar qualquer um que se aproxime. Já adulto, Robin (Nikolai Leon) retorna à floresta e encontra as vítimas de Pooh e Leitão, tendo sua namorada morta por eles e sendo capturado pela dupla. As criaturas também passam a mirar em um grupo de mulheres que alugou uma casa nas margens da floresta.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Crítica – Asteroid City

 

Análise Crítica – Asteroid City

Review – Asteroid City
Mais novo filme de Wes Anderson, Asteroid City traz muito das questões existenciais e neuroses presentes em obras anteriores do cineasta. Aqui, no entanto, ele as amplia a um nível cósmico que nos faz olhar o caos da existência e nossa pequenez diante de um universo que carrega mais mistérios do que certezas.

A trama adota uma estrutura que inicialmente soa bagunçada, começando com um programa de televisão que apresenta uma peça sobre a construção de uma peça chamada Asteroid City, até nos mostrar a história propriamente dita dos personagens de Asteroid City. Nessa história, dentro de histórias dentro de histórias, conhecemos Augie (Jason Schwartzman) um enlutado fotógrafo de guerra que busca o momento ideal para contar aos filhos sobre o falecimento da mãe. Ele está com os filhos na pequena cidade de Asteroid City para uma convenção de jovens prodígios da ciência, um deles seu filho mais velho, Woodrow (Jake Ryan). Quando um evento inesperado obriga todos a ficarem de quarentena na cidade, os personagens começam a reavaliar suas vidas.

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Drops – Assassino Sem Rastro

Análise Crítica – Assassino Sem Rastro

 

Review – Assassino Sem Rastro
Considerando a premissa e os nomes envolvidos, eu esperava que Assassino Sem Rastro fosse render um thriller minimamente eficiente. No entanto, apesar da direção de Martin Campbell, que por duas vezes reinventou James Bond nos cinemas com 007 Contra Goldeneye (1995) e 007 Cassino Royale (2006), e de um elenco com nomes como Liam Neeson, Guy Pearce e Monica Belucci, o resultado é bem insosso.

A trama gira em torno de Alex (Liam Neeson), um assassino profissional que recusa um contrato de assassinar uma criança que seria uma testemunha em potencial para um perigoso cartel. Por saber demais, Alex se torna alvo e precisa lutar para sobreviver. Alex também está com princípio de Alzheimer, então sua memória não é muito confiável, mas mesmo com os problemas de cognição ele precisa correr contra o tempo para eliminar todos em seu caminho e punir os responsáveis.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Crítica – Clonaram Tyrone!

 

Análise Crítica – Clonaram Tyrone!

Review – Clonaram Tyrone!
De início Clonaram Tyrone! parece ser uma homenagem aos filmes blaxploitation da década de 1970, mas conforme a trama progride o filme se mostra uma reflexão sobre esse tipo de representação e como o que soa positivo em um dado momento pode ser usado para estagnar o progresso em outros. Claro, tudo isso em meio a uma trama bizarra de clonagem e conspirações governamentais.

A trama é centrada no traficante Fontaine (John Boyega) que começa a achar que tem algo estranho ocorrendo em seu bairro depois que o cafetão Slick (Jamie Foxx) diz ter visto Fontaine ser morto a tiros por um rival. Com a ajuda da prostituta Yo-Yo (Tayonah Parris) eles esbarram em uma instalação governamental nos subterrâneos do bairro desenvolvendo meios de clonar e controlar as mentes da população.

O que começa como uma aventura amalucada logo vira uma trama reflexiva sobre questões de representação. Ao revelar que Fontaine e Slick estão sendo clonados como um instrumento de controle do bairro, o filme pondera sobre como certos arquétipos de personagem acabam sendo usados para repetir certos clichês de representação acerca de um determinado grupo social e como a reprodução desses clichês (a clonagem nesse caso) impede o progresso dessa população.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Crítica – Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons

 

Análise Crítica – Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons

Tendo começado a jogar na época do NES, joguei minha parcela de Double Dragon na infância, em especial o segundo game. Sempre gostei de beat’em ups então fico bem contente de estarmos vivendo uma espécie de renascença do gênero com games como os dois River City Girls, Streets of Rage 4 e TMNT: Shredders Revenge. Era questão de tempo até que os irmãos Lee voltassem aos holofotes e Double Dragon Gaiden: Rise of Dragons faz exatamente isso, tentando reinventar o famoso game de pancadaria para os tempos atuais. O resultado, no entanto, fica abaixo de outras incursões recentes ao gênero como os games que citei acima.

A trama é simples. Em uma Nova Iorque devastada por guerra nuclear a cidade é dominada por diferentes gangues. O prefeito pede aos irmãos Lee ajuda para combater os criminosos que tomaram a metrópole e junto com o tio Matin e a policial Marian (não mais uma donzela em perigo como nos outros games) eles partem para deter a criminalidade na base da porrada. É simples, mas funcional e ninguém vai para um jogo desse esperando nada complexo.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Crítica – The Witcher: Terceira Temporada (Parte 2)

Análise Crítica – The Witcher: Terceira Temporada (Parte 2)

Review – The Witcher: Terceira Temporada (Parte 2)
A primeira parte da terceira temporada de The Witcher sofria ao deixar o trio principal perdido em meio a um monte de subtramas que não necessariamente incidiam sobre eles. Esperava que essa segunda parte pudesse corrigir isso ao devolver o foco a Geralt (Henry Cavill), mas mais uma vez ele se perde na quantidade enorme de núcleos de personagem. É uma pena considerando que Cavill é o melhor da série e essa é sua última temporada como o protagonista, já que ele será substituído por Liam Hemsworth a partir do quarto ano.

Essa segunda parte inicia onde a primeira parou, com Djikstra (Graham McTavish) tomando o controle de Aretusa e todos por lá ao mesmo tempo que elfos a serviço de Nilfgaard atacam o local em busca de Ciri (Freya Allan). Geralt percebe que não é mais possível fugir ou ficar à margem da guerra que se desenha e decide ajudar as feiticeiras a rechaçarem ambos invasores.

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Crítica – Loucas em Apuros

Análise Crítica – Loucas em Apuros

 

Review – Loucas em Apuros
Em meio a um cenário com tantas produções que tem desnecessariamente inchado suas durações cada vez mais, é bom ver que Hollywood ainda sabe fazer boas comédias de noventa minutos que vão direto ao ponto e entregam uma diversão despretensiosa sem se arrastar mais do que necessário. Loucas em Apuros entrega exatamente isso. Não é um filme que vai reinventar a roda, mas é divertido o bastante para manter nosso interesse.

A trama é centrada em duas amigas, Audrey (Ashley Park) e Lolo (Sherry Cola). Amigas desde criança, elas se mantem próximas apesar de terem seguido caminhos diferentes. Audrey é uma advogada que está sempre trabalhando e está em vias de virar sócia na empresa em que trabalha. Lolo ainda tenta fazer sua carreira de artista plástica decolar e se escora no sucesso de Audrey para se manter. Quando Audrey é incumbida de fechar um negócio na China, Lolo vai junto na viagem acompanhada da prima, Olho de Peixe Morto (Sabrina Wu), para tentar ajudar Audrey a encontrar a mãe biológica dela. O trio ainda é acompanhado por Kat (Stephanie Hsu, de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo), colega de faculdade de Audrey que está na China trabalhando como atriz. Logicamente os planos do quarteto dão errado e elas se envolvem em muitas confusões.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Crítica – Nimona

 

Análise Crítica – Nimona

Review – Nimona
Situado em um universo que mescla fantasia e tecnologia, a animação Nimona trata de preocupações bastante contemporâneas sem abrir mão do lúdico e do senso de encantamento, se apoiando principalmente na relação de seus dois personagens principais. Em um mundo futurista no qual cavaleiros protegem o reino de monstros, Ballister é o primeiro plebeu a ser considerado como cavaleiro, a divisão de elite do reino. Na sua cerimônia de nomeação sua espada inesperadamente dispara um raio na rainha e ele é acusado de assassinato. Sem saber o que aconteceu Ballister foge para a floresta além das muralhas do reino e lá conhece a garota Nimona, que se dispõe a ajudá-lo a provar a que é inocente.

Visualmente a produção se destaca pelo modo como mistura uma estética medieval com um visual futurista, criando um universo em que cavaleiros de armadura pilotam motos voadoras e castelos futuristas coexistem com arranha-céus e letreiros luminosos na paisagem urbana. Não lembro de nenhuma produção recente que usou uma ambientação assim e isso ajuda a dar personalidade ao universo que a trama tenta criar.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Crítica – Invasão Secreta

 

Análise Crítica – Invasão Secreta

Review – Invasão Secreta
Não sou lá muito fã do arco da Invasão Secreta nos quadrinhos embora ela tenha servido para repensar muitos personagens do universo Marvel na época e trouxe momentos impactantes sobre quais heróis eram skrulls disfarçados. Sabia que a minissérie Invasão Secreta provavelmente não teria o mesmo escopo amplo da saga dos quadrinhos, mas ao menos esperava que trouxesse repercussões que nos fizessem repensar certos eventos do universo Marvel. Isso, porém, não aconteceu e o resultado é a mais decepcionante série da Marvel produzida pelo Disney+. Aviso que o texto tem SPOILERS da série.

Na trama, depois de anos no espaço tentando encontrar um novo lar para os skrulls, Nick Fury (Samuel L. Jackson) retorna à Terra para lidar com a ameaça de Gravik (Kingsley Ben-Adir), um líder skrull que se cansou da política de “boa vizinhança” de Talos (Ben Mendelsohn) e decidiu iniciar um movimento para tomar o planeta para sua raça. Gravik infiltrou skrulls nas principais estruturas de poder do planeta e visa iniciar um conflito entre várias nações. Sem ter em quem confiar, Fury conta apenas com Talos para tentar deter Gravik.