sexta-feira, 12 de julho de 2024

Crítica – Go! Go! Loser Ranger!

Análise Crítica – Go! Go! Loser Ranger!
 

Review – Go! Go! Loser Ranger!
O anime Go! Go! Loser Ranger! funciona como um The Boys para o universo dos Super Sentai/Power Rangers na medida em que satiriza esse tipo de história e pensa como, num olhar mais realista ou mais cínico esses personagens se tornariam celebridades inebriadas pela própria fama e poder, além de uma força fascistoide de controle social. Com doze episódios primeira temporada tenta nos introduzir esse universo e os problemas dele, embora sofra com alguns problemas de ritmo.

A trama se passa em um mundo no qual uma nave de invasores alienígenas paira sobre o nosso planeta. Semana após semana os invasores enviam monstros para a nossa superfície e cabe aos Guardiões do Dragão da Tropa Ranger deter esses monstros. Munidos de equipamentos poderosos chamados de Artefatos Divinos, os Rangers detêm um poder enorme e se tornaram celebridades. Estádios foram construídos no local de pouso mais comum dos monstros e a guerra que se estende há treze anos é agora um espetáculo para as massas, com as lutas sendo televisionadas para o mundo inteiro. Só há um problema: os Rangers derrotaram os invasores no primeiro ano do ataque e tudo que veio depois é uma encenação.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Crítica – Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

 

Análise Crítica – Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

Review – Um Tira da Pesada 4: Axel Foley
Mais uma daquelas continuações tardias de alguma propriedade intelectual célebre dos anos 80 e 90, a produção da Netflix Um Tira da Pesada 4: Axel Foley parece mais uma tentativa de capitalizar a nostalgia do espectador. Eu cansei de assistir os três filmes originais quando passavam na TV aberta, então mesmo não esperando muita coisa fui assistir esperando o melhor.

A trama coloca Axel Foley (Eddie Murphy) mais uma vez tendo que sair de Detroit para as áreas de luxo de Los Angeles em Beverly Hills. Dessa vez ele vai ajudar a filha, Jane (Taylour Paige), com quem não fala há anos. Jane é advogada e topa em um caso de corrupção policial que põe sua vida em risco. Billy Rosewood (Judge Reinhold) desaparece depois de tentar ajudá-la, então cabe a Axel resolver o caso.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Crítica – Como Vender a Lua

 

Análise Crítica – Como Vender a Lua

Review – Como Vender a Lua
É curioso como o cinema hollywoodiano sempre retorna ao pouso na Lua como signo da engenhosidade, excelência e superioridade dos Estados Unidos. Talvez por ser o evento histórico mais seguro (já que não envolve invadir ou bombardear outros países) para tentar reforçar no público a ideia de que esta é a maior nação do planeta. Este Como Vender a Lua mistura comédia romântica e drama histórico para fazer precisamente isso, embora nem sempre atinja suas ambições.

A trama se passa nos anos 60, sendo protagonizada por Kelly (Scarlett Johansson), uma profissional de marketing que é contratada pelo governo dos EUA para fazer a opinião pública ficar favorável à ideia de uma missão para a Lua. Chegando na base de lançamento na Flórida, as táticas de Kelly para melhorar a imagem do programa espacial enfrentam resistência do diretor da missão Cole (Channing Tatum) que não aprova os métodos escorregadios de Kelly. Claro que a partir dessa união entre opostos os dois irão se apaixonar.

terça-feira, 9 de julho de 2024

Rapsódias Revisitadas – Holocausto Brasileiro

 

Crítica – Holocausto Brasileiro

Review – Holocausto Brasileiro
Baseado no livro de mesmo nome de Daniela Arbex, o documentário Holocausto Brasileiro foi lançado em 2016 e narra a chocante história real do hospital psiquiátrico Colônia, localizado em Barbacena, interior de Minas Gerais. Em seus oitenta anos de funcionamento o hospital abrigou milhares de pacientes, alguns que sequer tinham problemas psiquiátricos, mas as condições desumanas do local causaram a morte de mais de sessenta mil pessoas.

Estruturado ao redor de entrevistas e imagens de arquivo, o documentário conta a história do hospital desde sua origem no início do século XX, quando foi criado como um centro terapêutico para a elite carioca, e depois quando se tornou um hospital psiquiátrico pertencente ao estado de Minas Gerais. A partir daí vemos como o local se tornou um espaço de exclusão e tormento no qual as autoridades não apenas aprisionavam pessoas com transtornos mentais severos, mas também qualquer um que não tivesse para onde ir, como crianças órfãs e pessoas em situação de rua. Todos os que estavam no hospital, independente do diagnóstico, eram tratados como pacientes psiquiátricos, recebendo uma medicação pesada e até tratamentos mais agressivos, como eletrochoques.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Crítica – Ninguém Sai Vivo Daqui

 

Análise Crítica – Ninguém Sai Vivo Daqui

Review – Ninguém Sai Vivo Daqui
Inspirado no livro-reportagem Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex (que baseou o documentário de 2016 de mesmo nome), este Ninguém Sai Vivo Daqui narra a história do hospital psiquiátrico Colônia, localizado no interior de Minas Gerais, como uma história de terror. Com mais de 60 mil internos mortos ao longo de décadas, muitos dos quais sequer sofriam de transtornos mentais, o caso se tornou um símbolo da luta antimanicomial no Brasil.

A narrativa se passa nos anos 70 e é focada em Elisa (Fernanda Marques), enviada à força para Colônia pela família depois de engravidar de um namorado e recusar o casamento arranjado com outro homem feito por seu pai. Inicialmente sem saber o motivo de estar lá, ela logo descobre que outros internos e internas do lugar tem histórias como a dela, pessoas sem histórico de doença mental que foram colocados lá por não aderirem a certas normas sociais ou por não terem nada nem ninguém para onde ir. Ao vivenciar um cotidiano de maus tratos e torturas, ela tenta encontrar um meio de fugir.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Crítica – Alerta de Risco

 

Análise Crítica – Alerta de Risco

Review – Alerta de Risco
Primeiro filme em língua inglesa da diretora indonésia Mouly Surya, Alerta de Risco começa com boas cenas de ação, mas logo se torna desinteressante por sua trama previsível e excesso de clichês. A trama é protagonizada por Parker (Jessica Alba), comandante das Forças Especiais dos EUA que volta para sua pequena cidade natal depois da inesperada morte do pai. Apesar de ser considerada acidental, Parker desconfia que seu pai possa ter sido assassinado e logo esbarra em uma conspiração que envolve os filhos do poderoso senador que controla a cidade.

É aquela típica narrativa de vingança, com uma protagonista que é um exército de uma pessoa só derrubando os líderes de uma cidade corrupta sem nada de muito novo. Se ao menos os personagens fossem interessantes poderíamos ficar minimamente investidos, mas isso não acontece. Parker é definida basicamente por suas habilidades e devoção ao pai, o senador Swann (Anthony Michael Hall) é uma caricatura de político conservador tão excessiva que sequer se presta a algum paralelo com a realidade.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Crítica – Tudo em Família

 

Análise Crítica – Tudo em Família

Review – Tudo em Família
Fui temeroso assistir Tudo em Família, mais nova produção da Netflix, já que era uma comédia romântica focada no problemático relacionamento entre mãe e filha, uma premissa muito similar a outra produção recente da Netflix, a horrenda A Mãe da Noiva. Na verdade, o único motivo para eu ter resolvido assistir Tudo em Família foi a presença de Nicole Kidman, uma atriz que costuma ser cuidadosa na escolha de seus projetos.

A trama é protagonizada por Zara (Joey King) que trabalha como assistente pessoal do astro de cinema Chris (Zac Efron), aturando sua personalidade ególatra pela promessa de se tornar produtora em seus filmes. As coisas se complicam quando Chris conhece Brooke, Nicole Kidman, a mãe de Zara, e se apaixona pela escritora.

Joey King e Zac Efron inicialmente estabelecem uma química divertida na constante troca de farpas entre os dois personagens. Efron já tinha se mostrando eficiente interpretando babacas vaidosos e meio burros em comédias como Vizinhos (2014) e Baywatch (2017) e volta a divertir com seu astro canastrão autocentrado. O ator ainda consegue mostrar uma vulnerabilidade inesperada em Chris conforme ele se aproxima de Brooke. Kidman também tem cenas divertidas ao lado de Kathy Bates, que interpreta a mãe de sua personagem.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Crítica – O Rito da Dança

 

Análise Crítica – O Rito da Dança

Review – O Rito da Dança
Estrelado por Lily Gladstone (de Assassinos da Lua das Flores), O Rito da Dança fala sobre a dificuldade das comunidades nativas dos Estados Unidos em manter contato com suas raízes e suas comunidades unidas diante de um descaso generalizado por parte do Estado. É também sobre conexões familiares, tentando construir um senso de intimidade com suas duas protagonistas.

Jax (Lily Gladstone) tenta procurar por sua irmã desaparecida já que a polícia tribal de sua reserva, composta apenas por uma pessoa, nada podem fazer e as autoridades externas não dão a mínima aos seus pedidos. Ela também cuida da sobrinha Roki (Isabel Deroy-Olson), filha da irmã desaparecida. Para manter a garota ocupada, Jax promete levá-la ao Powwow, um evento que reúne diferentes nações nativas do estado.

terça-feira, 2 de julho de 2024

Crítica – Entrevista com o Demônio

 

Análise Crítica – Entrevista com o Demônio

Review – Entrevista com o Demônio
Durante os anos 70, 80 e parte dos 90 era comum que programas de auditório apelassem para o sensacionalismo sobrenatural para atrair audiência. Paranormais, espiritualistas, mentalistas e outros tipos de apresentação que clamavam ser capazes de feitos sobrenaturais eram comuns em programas de variedades e talk-shows. Entrevista com o Demônio se pergunta como seria se uma pessoa realmente possuída aparecesse em um programa desse tipo.

O filme é contado como se fosse um desses documentários televisivos que contam a história de alguma personalidade midiática. Uma narração nos informa da trajetória de Jack Delroy (David Dastmalchian), que se tornou apresentador de talk shows no início da década de 70. Delroy tentou superar Johnny Carson como o programa número um no gênero, mas conforme o tempo passava seus índices não chegavam perto e suas indicações a prêmios nunca se concretizavam. Sua posição como um desafiante incapaz de vencer se tornou motivo de piada e ele passou a fazer programas cada vez mais apelativos, culminando em um especial de halloween que deu errado. O falso documentário então nos mostra o que seriam as gravações originais desse programa no qual Jack apresentou uma possessão demoníaca real.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Crítica – Meu Malvado Favorito 4

 

Análise Crítica – Meu Malvado Favorito 4

Review – Meu Malvado Favorito 4
Quando escrevi sobre Meu Malvado Favorito 3 (2017) mencionei como o filme deixava evidente o desgaste criativo da franquia, se limitando a encadear uma série de gags cômicas de modo aleatório e episódico sem uma trama que ajudasse a nos manter investidos em todo o caos. Este Meu Malvado Favorito 4 segue o mesmo caminho, partindo de um fiapo narrativo para jogar um monte de situações cômicas a esmo, sendo que uma parcela não funciona como deveria.

Gru (Leandro Hassum) se vê ameaçado pelo antigo inimigo Maxime Le Mal, que fugiu da prisão e jura se vingar de Gru e de sua família. Agora ele, a esposa, Lucy (Maria Clara Gueiros), e as filhas se mudam para uma pequena cidade, recebendo novas identidades. Ao mesmo tempo, os minions são levados para o QG da Liga Antivilões para serem treinados como agentes, o que logicamente dá muito errado e gera muitas confusões.