quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Crítica – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada

Review – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada
O ano de estreia de Minhas Aventuras Com o Superman acertava na construção de um Superman mais esperançoso, benevolente e conectado à sua humanidade. Esse segundo ano continua isso e expande o universo com novos personagens.

Depois de salvar Metrópolis do Parasita o Superman conta com aprovação de boa parte do público, embora Amanda Waller ainda o trate como ameaça, principalmente depois da visão de uma frota kryptoniana se aproximando. Clark tenta descobrir mais sobre seu passado enquanto Lois se esforça para se reaproximar do pai e Waller cruza ainda mais limites éticos para conseguir meios de enfrentar o Superman, buscando inclusive ajuda do gênio tecnológico Lex Luthor.

A temporada explora o senso de solidão de Clark por ser o único de sua espécie e a dificuldade dele em lidar com o legado kryptoniano que parece ser o de um império expansionista. Esse senso de isolamento desperta inseguranças em Lois de que ela talvez seja banal demais ou não seja o suficiente para alguém tão extraordinário quanto Clark. Jimmy, por outro lado, só vai ter algum arco próprio quando Kara chega na cidade e ele se torna a principal conexão dela com a humanidade, mostrando o lado positivo do nosso planeta para a prima do Superman, que parece ter vindo para nos dominar.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Crítica – Skywalkers: Uma História de Amor

 

Análise Crítica – Skywalkers: Uma História de Amor

Review – Skywalkers: Uma História de Amor
Exploradores urbanos que invadem arranha-céus e os escalam para chamar atenção existem há muito tempo, mas a internet, redes sociais e a lógica de influencers digitais potencializaram essas atividades ao tornar mais fácil ganhar visibilidade através delas. O documentário Skywalkers: Uma História de Amor conta a história de dois desses exploradores urbanos que viram nas escaladas não apenas um meio de criarem arte, como se tornou um meio de se encontrarem e se apaixonarem um pelo outro.

A narrativa segue os escaladores Angela Nikolau e Ivan Beerkus, contando a história de como começaram a fazer esse tipo de atividade e acompanhando seu maior empreendimento até então: serem os primeiros a escalar um arranha-céu em Kuala Lumpur, Malásia, que seria o maior da região. O início foca principalmente em Angela e como ter crescido no circo com pais acrobatas a ensinou desde cedo a lidar com grandes alturas e como ela se sente confortável nesses espaços, vendo-os como um lugar de performance e não apenas como façanhas a serem alcançadas.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Crítica – Acima de Qualquer Suspeita

 

Análise Crítica – Acima de Qualquer Suspeita

Review – Acima de Qualquer Suspeita
Comecei a assistir a minissérie Acima de Qualquer Suspeita sem esperar muita coisa. Parecia só mais um drama jurídico e investigativo. Na prática ele é isso, não tendo qualquer reinvenção da roda nas mecânicas desse gênero, seja em forma ou conteúdo, mas é muito bem executado ao ponto de se elevar no oceano de produções similares.

Adaptando o romance homônimo de Scott Turow, a trama acompanha o promotor Rusty Sabich (Jake Gyllenhaal). Quando a promotora Carolyn Polhemus (Renate Reinsve, de A Pior Pessoa do Mundo) é assassinada com um método similar a um assassino que ela prendeu, Rusty se torna o promotor responsável pelo caso. O problema é que Rusty mantinha uma relação extraconjugal com Carolyn e esteve com ela na noite do assassinato, tornando-o suspeito do crime. Ele é retirado do caso e o promotor Tommy Molto (Peter Sarsgaard) trata Rusty como o principal suspeito. Agora Rusty precisa provar sua inocência.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Crítica – Deadpool & Wolverine

 

Análise Crítica – Deadpool & Wolverine

Review – Deadpool & Wolverine
Considerando que desde que comprou a Marvel a Disney nunca tinha feito nenhum filme de classificação alta com os heróis da Casa de Ideias, era de se imaginar que depois da compra da Fox o Deadpool deixaria de ser usado ou ficaria preso em classificações baixas o que limitaria o personagem. Felizmente a Disney entendeu que o personagem funciona melhor quando sua propensão por violência e palavrões fluem soltas e este Deadpool & Wolverine abraça tudo isso enquanto finalmente reúne o personagem de Ryan Reynolds com o carcajú vivido por Hugh Jackman, marcando a primeira vez que a dupla está em cena desde o malfadado X-Men Origens: Wolverine (2009).

Na trama, o mercenário Deadpool (Ryan Reynolds) é procurado por um dos gestores da AVT, Mr. Paradox (Matthew Macfadyen), que o chama para ir para o universo principal da Marvel. O problema é que isso vai acontecer porque o universo em que o mercenário reside vai deixar de existir e todos que vivem nele irão morrer. A única pessoa que poderia estabilizar a linha do tempo de seu universo seria o Wolverine (Hugh Jackman), só que ele morreu em Logan (2017). Assim, Deadpool cruza o multiverso atrás de uma variante do Wolverine que o ajude.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Crítica – Pequenas Cartas Obscenas

 

Análise Crítica – Pequenas Cartas Obscenas

Review – Pequenas Cartas Obscenas
Estrelado por Olivia Colman e Jessie Buckley Pequenas Cartas Obscenas é uma daquelas produções que nos lembra como a realidade pode ser mais maluca que a ficção. A trama é baseada na história real de um pequeno vilarejo no interior da Inglaterra pós Segunda Guerra que ficou em polvorosa quando cartas cheias de ofensas e palavrões começaram a ser recebidas por diferentes habitantes da cidade.

A narrativa é focada em Edith Swan (Olivia Colman), uma carola solteirona que mora com os pais e é um dos primeiros alvos das cartas obscenas. Depois de receber algumas correspondências os pais de Edith, Edward (Timothy Spall) e Victoria (Gemma Jones), chamam a polícia. Edith acha que a responsável é sua vizinha, a irlandesa Rose (Jessie Buckley), uma viúva de vida livre e boca suja que chegou na cidade pouco tempo depois da guerra com a filha Nancy (Alisha Weir, de Abigail). Como Rose é a única mulher “sem decoro” da cidade ela é automaticamente tratada como culpada pela polícia local, sendo presa enquanto aguarda julgamento pelo crime. Enquanto isso, Gladys (Anjana Vassan), a única policial mulher da cidade, crê na inocência de Rose e tenta encontrar o real culpado.

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Rapsódias Revisitadas – Dublê de Corpo

 

Resenha – Dublê de Corpo

Review – Dublê de Corpo
O cinema de Brian de Palma sempre teve algo de referencial, com o diretor misturando influências de diferentes cineastas. Isso é visível em Dublê de Corpo, thriller erótico lançado em 1984 em que o diretor tenta fazer algo hitchcockiano. A trama segue Jake (Craig Wasson), um ator iniciante que recentemente perdeu um papel por conta de sua claustrofobia e pegou a namorada na cama com outro homem. Sem ter onde ficar, ele acaba aceitando a oferta Sam (Gregg Henry), um outro ator que ele conhece durante testes. Sam vai ficar fora da cidade por um tempo e oferece a Jake a casa onde ele está ficando. Ao levar Jake para o imóvel, Sam chama a atenção do amigo para a vizinha, que toda noite dança pelada em seu quarto. Jake começa a observá-la todo dia até que a vê ser abusada pelo marido e percebe uma figura estranha seguindo a mulher. Obecado, Jake tenta avisar a vizinha do que está ocorrendo.

É uma narrativa que claramente mistura Janela Indiscreta (1954) com Um Corpo que Cai (1958). Do primeiro de Palma pega a narrativa de viés voyeurístico, um sujeito que fica fascinado em observar as janelas até que observa algo que não deveria e se coloca em problemas. Do segundo ele pega a ideia de um protagonista com uma fobia paralisante que é usado como bode expiatório e cujo plano do vilão envolve usar uma mulher se passando por outra para atrair o protagonista.

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Crítica – Cobra Kai: Sexta Temporada Parte 1

 

Análise Crítica – Cobra Kai: Sexta Temporada Parte 1

Review – Cobra Kai: Sexta Temporada Parte 1
A quinta temporada de Cobra Kai já mostrava que a série estava perdendo seu fôlego e não tinha muito para onde ir. Essa primeira parte da sexta temporada Cobra Kai reforça isso, servindo de alívio que será a última da série. A impressão é que tudo deveria ter encerrado na temporada anterior, com a destruição do dojo Cobra Kai, a derrota final de Terry Silver (Thomas Ian Griffith) e a resolução da maior parte dos arcos de personagem. Tirando a fuga de Kreese (Martin Kove) da prisão e o torneio internacional não tinham muito mais pontas soltas que poderiam ser puxadas e esse sentimento é visível nesta primeira parte.

A narrativa segue do ponto onde o último ano terminou. Silver foi derrotado, não há mais inimigos para Daniel (Ralph Macchio) e Johnny (William Zabka) se preocuparem e agora eles podem focar em preparar seus alunos para o torneio internacional Seikai Taikai. As coisas se complicam quando a organização do torneio muda as regras e diz que cada dojo só pode levar seis competidores, cabendo a Johnny e Daniel encontrar uma maneira de selecionar seus alunos. Ao mesmo tempo, Kreese vai até o Japão, propondo que a sensei Kim (Alicia Hannah Kim) e seu dojo tomem o lugar da Cobra Kai de Silver no torneio já que lutaram por ele, iniciando um conflito final entre Kreese, Daniel e Johnny.

terça-feira, 23 de julho de 2024

Crítica – Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna

 

Análise Crítica – Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna

Review – Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna
Quando escrevi sobre o primeiro Aprendiz de Espiã (2020) mencionei como o filme era uma bagunça tonal que não parecia saber que público queria atingir. Continuações normalmente são um espaço que permite aprender com os erros, refinar o que não deu certo antes em uma nova iteração para levar os personagens adiante. Nada disso acontece neste Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna, que repete os erros do filme anterior e ainda adiciona vários novos.

Na trama, JJ (Dave Bautista) percebe que Sophie (Chloe Coleman) está se distanciando dele e não tem mais o mesmo interesse de antes em treinar para se tornar espiã. Quando o coral do qual ela participa na escola se classifica para uma competição na Itália JJ se voluntaria para ser um dos acompanhantes da turma num esforço para se aproximar novamente de Sophie. As coisas se complicam quando o filho do chefe da CIA é sequestrado e os criminosos exigem que informações sigilosas sejam dadas a eles em troca do refém, cabendo a JJ resolver o caso.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Crítica – A Garota de Miller

 

Análise Crítica – A Garota de Miller

Review – A Garota de Miller
Primeiro longa metragem da diretora Jade Halley Bartlett, A Garota de Miller investiga o limite que separa desejo e desespero. A narrativa tenta dar conta das complexidades disso, mas fica na superfície de suas várias ideias apesar do esforço de seu elenco. A trama é centrada na estudante Cairo Sweet (Jenna Ortega), uma garota precoce e com talento para ser escritora que anseia por uma conexão real, mas não encontra ninguém que considere estar a sua altura na pequena cidade em que mora. As coisas mudam quando conhece o professor Jonathan Miller (Martin Freeman), um escritor frustrado que se resignou a ser professor de colegial.

Ter alguém que a compreende desperta o interesse de Cairo, do mesmo modo que Miller se atrai pela possibilidade de ser o mentor de alguém com talento real para ter sucesso no universo literário. São personagens movidos por suas carências. Cairo é uma garota rica cujos pais ausentes tentam compensar a distância afetiva (e física) dando tudo que ela quer, criando alguém que deseja ser próxima de alguém ao mesmo tempo em que não é alguém acostumada a ouvir um não. Jonathan é um escritor medíocre que nunca conseguiu o sucesso que almejava e sente que o mundo foi injusto consigo. Ele também ressente o sucesso da esposa, Beatrice (Dagmara Dominczyk de Succession), que o faz sentir diminuído e emasculado, enquanto que Beatrice parece ressentir a mediocridade do marido, constantemente soltando farpas passivo-agressivas lembrando-o de sua inferioridade.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Crítica – The Boys: Quarta Temporada

 

Análise Crítica – The Boys: Quarta Temporada

Resenha Crítica – The Boys: Quarta Temporada
A terceira temporada de The Boys foi provavelmente a melhor da série até aqui. As expectativas para a quarta temporada estavam altas e, embora este penúltimo ano tenha sua parcela de qualidades, o resultado é o ano mais fraco da série até agora, com a temporada funcionando mais como uma preparação para o clímax que será o quinto e provavelmente último ano da série.

Depois dos eventos do terceiro ano, o Capitão Pátria (Antony Starr) conseguiu tudo o que desejava, ele se livra do processo por ter matado uma pessoa no meio da rua, consolida seu controle da Vought e se move para tornar Victoria Neuman (Claudia Doumit) sua marionete na Casa Branca. Enquanto isso Billy Bruto (Karl Urban) lida com a piora de seu estado de saúde por conta do uso do composto V, percebendo que seu tempo está contado. Leitinho (Laz Alonso) assume o controle da equipe, tentando encontrar um meio de deter Victoria e o Capitão Pátria, com a resposta sendo o vírus encontrado por Bruto no final de Gen V. Annie (Erin Moriarty) se tornou uma ativista anti-Vought e tenta mobilizar a opinião pública com a ajuda de Hughie (Jack Quaid) e os demais.