sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Crítica – MaXXXine

Resenha Crítica – MaXXXine


Review – MaXXXine
Desfecho da trilogia iniciada com X: A Marca da Morte (2022) e Pearl (2023), este MaXXXine é, infelizmente o mais fraco dos três. Ele segue boa parte dos temas iniciados nos dois outros filmes, mas não tem muito a acrescentar a eles. A trama acompanha a atriz Maxine (Mia Goth), depois dos eventos do primeiro filme. Ainda marcada pelo trauma da matança a qual sobreviveu ela tenta reconstruir a carreira saindo do pornô e indo para Hollywood. Quando Maxine consegue um papel de protagonista em um filme de terror ela crê que finalmente alcançará o estrelato que almeja, mas começa a ser seguida pelo detetive John Labat (Kevin Bacon) que ameaça revelar segredos do passado dela, tudo isso enquanto a atriz navega pelo perigo das ruas de Los Angeles aterrorizadas pelo serial killer Night Stalker (que existiu de verdade).

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

 

Análise Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

Review – The Umbrella Academy: 4ª Temporada
De certa forma The Umbrella Academy tem um problema similar ao de Game of Thrones por adaptar uma história que não foi concluída em seu meio original, ultrapassar a trama do material original e ter que construir um fim apenas com apontamentos gerais dos criadores a respeito da direção em que querem levar a narrativa. A terceira temporada da série já dava sinais de cansaço e agora este quarto e último ano tropeça em uma conclusão que carece de impacto ao mesmo tempo em que apenas repete ideias de tramas anteriores.

Apocalipse? Now?

A temporada continua no ponto em que a anterior parou, com os Hargreeves indo parar em uma nova linha do tempo em que eles não tem super poderes. Anos se passam e eles se resignam a viver como pessoas comuns até que Cinco (Aidan Gallagher), que agora trabalha para a CIA, descobre uma nova ameaça nos Guardiões. Liderados pelos excêntricos Gene (Nick Offerman) e Jean (Megan Mulally, esposa de Offerman na vida real), o grupo reúne pessoas com memórias das outras linhas temporais criadas pelas ações dos Hargreeves e que se ressentem pela vida que levam na realidade atual, tentando reverter a situação ao organizar um evento cataclísmico que ira destruir a linha do tempo. Sim, mais uma vez os irmãos precisam correr contra o tempo para impedir um iminente fim do mundo, que original.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Crítica – Alien: Romulus

 

Análise Crítica – Alien: Romulus

Review – Alien: Romulus
Depois de dois filmes bem aquém do esperado com Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) eu não tinha muitas expectativas em relação a este Alien: Romulus. Sim, o diretor Fede Alvarez tem uma trajetória sólida no horror com filmes como O Homem nas Trevas (2016) ou A Morte do Demônio (2013), mas a impressão é que não havia muito mais a ser dito sobre o universo criado em Alien: O Oitavo Passageiro (1979). Alien: Romulus não é uma reinvenção da franquia, mas trabalha de modo consistente seus temas de totalitarismo corporativo, soberba humana ou a tentativa do homem em tomar para si a criação da vida. Inclusive executa melhor alguns conceitos que não foram muito bem aproveitados em produções anteriores neste universo.

A trama é centrada em Rain (Cailee Spaeny), que trabalha em uma decadente colônia de mineração da Weyland-Yutani. Ela acumulou horas de trabalho suficientes para conseguir um passe para deixar o lúgubre planeta minerador que não recebe luz solar para um lugar, mas habitável. Quando a empresa muda a cota de horas na última hora, ela decide encontrar um outro meio para sair do planeta junto com o sintético Andy (David Jonsson), a quem considera um irmão. A chance de fuga aparece através de Tyler (Archie Renaux) que propõe a Rain usar as permissões que Andy tem dos sistemas da Weyland-Yutani para invadirem uma estação espacial desativada e roubarem os suprimentos que precisam para chegar no planeta mais próximo. Chegando na estação, porém, descobrem que o local não foi desativado, mas destruído e que experimentos perigosos estão à solta no local.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

 

Análise Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

Review – Batman: Cruzado Encapuzado
Lançada em 1992 Batman: A Série Animada, produzida por Bruce Timm, redefiniu as histórias do Batman ao inserir novos personagens, como a Arlequina, e repensar a mitologia de vários de seus vilões, como o Sr. Frio, lhes dando mais complexidade. A série também é importante por ter originado todo um universo animado, sendo seguida por Superman: A Série Animada, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. Todo esse conjunto é, talvez, uma das melhores adaptações do universo DC para o audiovisual, então recebi com empolgação a notícia que Timm voltaria a produzir uma série animada do Batman neste Batman: Cruzado Encapuzado, que ainda conta com o veterano dos quadrinhos Ed Brubaker como roteirista.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Análise Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Review - Meu Filho, Nosso Mundo
Filmes sobre autismo muitas vezes pecam por excesso, romantizando demais a condição ou focando apenas nas limitações e sofrimento. Meu Filho, Nosso Mundo apresenta um raro equilíbrio no modo como trata essa situação, embora ainda estruture as coisas como uma jornada de superação relativamente previsível.

A trama acompanha o comediante Max (Bobby Cannavale), cujo filho, Ezra (William A. Fitzgerald), sofre na escola e acaba sendo atropelado na rua. O acidente faz Ezra ficar sob tutela do Estado, sendo forçado a tomar medicação e sendo colocado em uma instituição psiquiátrica. Sentindo-se impotente em proteger o filho, Max sequestra Ezra e o leva consigo em uma turnê de comédia que irá fazer através do país.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

 

Análise Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

Review – Planeta dos Macacos: O Reinado
Considerando que Planeta dos Macacos: A Guerra (2017) deu um encerramento digno à trilogia prelúdio iniciada com Planeta dos Macacos: A Origem (2011), não via muito sentido em continuar seguindo na cronologia e não estava particularmente empolgado para este Planeta dos Macacos: O Reinado. O resultado não é dos piores da franquia, embora também não esteja entre os melhores.

A trama se passa anos depois da morte de Cesar, com os símios dominando o planeta e os humanos cada vez menos numerosos. Noa (Owen Teague) é um jovem símio de um clã remoto que é atacado pelos símios agressivos que servem a Proximus Cesar (Kevin Durand). Agora Noa precisa se aventurar fora de seu vale remoto para resgatar a família. No caminho ele aprende mais sobre o atual estado do mundo e como as coisas se tornaram assim, ele conhece Raka (Peter Macon), um seguidor dos valores do falecido Cesar, e a humana Mae (Freya Allan, a Ciri de The Witcher).

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Crítica – Borderlands

 

Análise Crítica – Borderlands

Review – Borderlands
Nos últimos anos tivemos boas adaptações de games como The Last of Us (2023) ou Fallout, então é de se esperar que Hollywood tente explorar esse filão, principalmente em um contexto de desgaste de filmes de super-heróis. Borderlands adapta o game de mesmo nome da desenvolvedora Gearbox e, ao contrário dos exemplos citados, é mais um filme ruim baseado em games.

Problemas na produção

O longa teve uma produção turbulenta, com atrasos, material sendo reescrito (Craig Mazin, de Chernobyl e The Last Of Us escreveu uma primeira versão do roteiro e pediu para ter seu nome removido dos créditos quando as mudanças se afastaram de sua visão inicial) e posteriores refilmagens que não contaram com a presença do diretor Eli Roth. É o tipo de coisa que já não dá muita esperança que o resultado vá ser ruim e entrei para assistir esperando algo que sequer conseguisse fazer o mínimo de sentido em sua trama. Os problemas do filme não chegam a tanto, ao menos ele conta uma história com começo, meio e fim, o que é o mínimo a se esperar.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Crítica – Manual de Assassinato Para Boas Garotas

 

Análise Crítica – Manual de Assassinato Para Boas Garotas

Review – Manual de Assassinato Para Boas Garotas
Adaptando o romance de mesmo nome escrito por Holly Jackson, Manual de Assassinato Para Boas Garotas é uma trama investigativa para o público jovem que remete a produtos similares como as histórias de Nancy Drew ou Veronica Mars. O problema é que a série não faz muito mais além de seguir todas as estruturas típicas desse tipo de narrativa sem muito brilho.

A trama é protagonizada por Pippa (Emma Myers, de Wandinha) que decide investigar o assassinato de Andie Bell (India Lillie Davies), a garota mais popular da escola, ocorrido cinco anos atrás. O crime abalou a pequena cidade em que Pippa vive e a garota pensa em usar sua investigação como a redação para a faculdade. Sua investigação também é motivada pelo fato dela não acreditar que Sal (Rahul Pattni), o namorado de Andie, tenha cometido o crime.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Crítica – Mais Pesado é o Céu

 

Análise Crítica – Mais Pesado é o Céu

Review – Mais Pesado é o Céu
O Brasil é um país profundamente desigual e Mais Pesado é o Céu conta a história de duas pessoas tentando sobreviver em meio à miséria nas áreas mais remotas do país. Não é uma narrativa de superação como outras histórias sobre a pobreza. É, sim, uma narrativa que pondera sobre as consequências de ter que estar sempre “se virando” para sobreviver e os impactos físicos ou psicológicos de se submeter a violências ou humilhações para conseguir o mínimo para se sustentar.

Antônio (Matheus Nachtergaele) está cruzando o Ceará rumo ao norte do país para encontrar um amigo que aparentemente tem um negócio de caranguejo. No caminho ele decide parar em sua antiga cidade que agora foi alagada por açude. Lá ele encontra Teresa (Ana Luiza Rios), que também foi ver as ruínas da antiga cidade e encontra um bebê abandonado no local. Agora os dois resolvem ficar juntos para ajudar a prover para o bebê.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Crítica – Guerra Sem Regras

 

Análise Crítica – Guerra Sem Regras

Review – Guerra Sem Regras
Quando foi anunciado, Guerra Sem Regras dava a impressão que seria a versão britânica de Bastardos Inglórios (2009) do Tarantino ao narrar a história de um grupo violento de soldados usando táticas de guerrilha para sabotar a ocupação nazista na Europa. O filme é isso, com o problema de que não faz nada além de tentar emular a produção de Quentin Tarantino sem que o diretor Guy Richie consiga criar um senso de identidade ou estilo próprio para a sua narrativa.

A narrativa é levemente baseada na história real da Operação Postmaster, uma missão clandestina das forças armadas britânica para sabotar a cadeia de suprimentos nazista que abastecia os barcos que patrulhavam o oceano Atlântico. O renegado Gus March-Philips (Henry Cavill) é incumbido de liderar uma missão clandestina a uma ilha na costa oeste da África que serve de base para a estrutura de suporte aos submersíveis alemães que patrulham o oceano. Com ele está um grupo de soldados desajustados como o sueco Anders Lassen (Alan Ritchson, de Reacher) ou o piromaníaco Freddy (Henry Golding).