Depois de dois filmes bem aquém
do esperado com
Prometheus (2012) e
Alien: Covenant (2017) eu não tinha
muitas expectativas em relação a este
Alien:
Romulus. Sim, o diretor Fede Alvarez tem uma trajetória sólida no horror
com filmes como
O Homem nas Trevas
(2016) ou
A Morte do Demônio (2013),
mas a impressão é que não havia muito mais a ser dito sobre o universo criado
em
Alien: O Oitavo Passageiro (1979).
Alien: Romulus não é uma reinvenção
da franquia, mas trabalha de modo consistente seus temas de totalitarismo
corporativo, soberba humana ou a tentativa do homem em tomar para si a criação
da vida. Inclusive executa melhor alguns conceitos que não foram muito bem
aproveitados em produções anteriores neste universo.
A trama é centrada em Rain
(Cailee Spaeny), que trabalha em uma decadente colônia de mineração da
Weyland-Yutani. Ela acumulou horas de trabalho suficientes para conseguir um
passe para deixar o lúgubre planeta minerador que não recebe luz solar para um
lugar, mas habitável. Quando a empresa muda a cota de horas na última hora, ela
decide encontrar um outro meio para sair do planeta junto com o sintético Andy
(David Jonsson), a quem considera um irmão. A chance de fuga aparece através de
Tyler (Archie Renaux) que propõe a Rain usar as permissões que Andy tem dos
sistemas da Weyland-Yutani para invadirem uma estação espacial desativada e
roubarem os suprimentos que precisam para chegar no planeta mais próximo.
Chegando na estação, porém, descobrem que o local não foi desativado, mas
destruído e que experimentos perigosos estão à solta no local.