sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Crítica – Jackpot: Loteria Mortal!

 

Análise Crítica – Jackpot: Loteria Mortal!

Review – Jackpot: Loteria Mortal!
Dirigido por Paul Feig, Jackpot: Loteria Mortal! se passa em um futuro próximo no qual o estado da Califórnia criou uma loteria na qual qualquer um pode tomar o prêmio do vencedor desde que consiga matá-lo até o fim do dia. Katie (Awkwafina) chega recentemente a Los Angeles para tentar a sorte como atriz, acidentalmente ela se cadastra na loteria e acaba vencendo, ficando na mira de todas as pessoas da cidade. O guarda-costas Noel (John Cena) aparece oferecendo proteção em troca de um percentual do prêmio e assim eles se tornam aliados relutantes.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Crítica – A Primeira Profecia

 

Análise Crítica – A Primeira Profecia

Funcionando como prelúdio para A Profecia (1976) este A Primeira Profecia conta as origens da seita sinistra que tenta trazer o anticristo para o mundo e mergulhá-lo em trevas. Considerando que nenhuma tentativa de continuar A Profecia foi lá grande coisa eu não tinha muitas expectativas em relação a esse prelúdio, mas, felizmente, o resultado é um terror bem executado.

A trama se passa no final da década de 60 e gira em torno de Margaret (Nell Tiger Free), freira que é enviada para trabalhar em um orfanato em Roma. Chegando lá ela conhece a jovem Carlita (Nicole Sorace), que exibe um comportamento instável e esquisito. Com o tempo Margaret experimenta visões e outras ocorrências estranhas e começa a desconfiar que a responsável pelo local, a Irmã Silva (Sônia Braga) guarda algum segredo sombrio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Crítica – Estômago 2: O Poderoso Chef

 

Análise Crítica – Estômago 2: O Poderoso Chef

Review – Estômago 2: O Poderoso Chef
O primeiro Estômago (2007) divertia por sua mistura narrativa inusitada entre gastronomia, comédia e trama criminal. Era uma história bem executada, que amarrava com habilidade seus arcos narrativos e nunca senti que havia necessidade ou espaço para uma continuação. Talvez por isso vi com estranhamento o anúncio deste Estômago 2: O Poderoso Chef, que nos coloca novamente ao lado do cotidiano do protagonista como um detento e cozinheiro.

O chef agora é outro

Nonato (João Miguel) continua preso e continua cozinhando, agora não apenas para o líder de facção Etcetera (Paulo Miklos), mas para os guardas e o diretor do presídio, usando seu talento para obter mordomias. A dinâmica da prisão muda quando o misterioso italiano Dom Caroglio (Nicola Siri), chega para cumprir pena. As tensões aumentam e Nonato tenta acalmar os ânimos ao mesmo tempo em que voltamos ao passado para descobrir como o italiano passou de um ator fracassado chamado Roberto ao Dom de uma família criminosa.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Crítica – Motel Destino

 

Análise Crítica – Motel Destino

Review – Motel Destino
Motéis são um espaço de discrição e também de livre exercício de nossos desejos. Um lugar em somos encorajados a fazer o que queremos porque ninguém nos vê. Não é acidente, portanto, que a locação central de Motel Destino, um filme cuja história gira em torno de desejo e da necessidade de se esconder, seja um motel.

Neon Noir

A trama é protagonizada por Heraldo (Iago Xavier). Ele e o irmão trabalham para a chefe de uma facção local e são incumbidos de eliminar um rival dela. Um dia antes do assassinato, Heraldo se envolve com uma mulher que conheceu em um show e vai com ela para um motel, ele acorda no dia seguinte atrasado para o assassinato e quando chega no local combinado descobre que o irmão tentou o ataque sozinho e foi morto. Temendo a vingança da chefe e dos companheiros, Heraldo volta ao motel para se esconder e convence o casal de donos, Dayana (Nataly Rocha) e Elias (Fábio Assunção) a deixá-lo ficar lá em troca de emprego. Aos poucos, tanto Elias quanto Dayana demonstram interesse nele, com Heraldo eventualmente se envolvendo com Dayana.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Lixo Extraordinário – Cinderela Baiana

 

Crítica – Cinderela Baiana

Review - Cinderela Baiana
Desde que comecei a Lixo Extraordinário, essa coluna dedicada a filmes lendários por sua ruindade, nos idos de 2017 sempre ouço a mesma pergunta: “e quando você vai falar sobre Cinderela Baiana?”. Talvez o mais lendário filme ruim do cinema brasileiro Cinderela Baiana foi lançado em 1998 e trazia Carla Perez interpretando uma versão ficcionalizada de si mesma e de sua trajetória de garota pobre de Salvador a estrela da dança. O filme foi um imenso fracasso no lançamento e só começou a ser visto pelas pessoas quando caiu na internet nos primeiros anos do Youtube (reza a lenda que Carla Perez teria adquirido e destruído boa parte dos VHS do filme) se tornando uma espécie de clássico cult da ruindade.

Ele foi, provavelmente, o filme que iniciou o meu masoquismo audiovisual e sem ele provavelmente nunca teria pensado em criar essa coluna. Talvez por conta disso eu tenha esperado para falar sobre ele em uma ocasião especial. Essa ocasião acabou sendo minha participação no Festival Cinderela Baiana de Cinema que ocorreu de 16 a 18 de agosto aqui em Salvador. Fui convidado pela organização do festival a falar sobre o filme, então tive que revê-lo e aproveitei para fazer por escrito minhas considerações. O que vem a seguir é menos uma análise pormenorizada do filme e mais uma tentativa de explicar como ele ganhou seu status lendário de ruindade e porque ele continua sendo discutido mesmo sendo tão ruim.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Crítica – MaXXXine

Resenha Crítica – MaXXXine


Review – MaXXXine
Desfecho da trilogia iniciada com X: A Marca da Morte (2022) e Pearl (2023), este MaXXXine é, infelizmente o mais fraco dos três. Ele segue boa parte dos temas iniciados nos dois outros filmes, mas não tem muito a acrescentar a eles. A trama acompanha a atriz Maxine (Mia Goth), depois dos eventos do primeiro filme. Ainda marcada pelo trauma da matança a qual sobreviveu ela tenta reconstruir a carreira saindo do pornô e indo para Hollywood. Quando Maxine consegue um papel de protagonista em um filme de terror ela crê que finalmente alcançará o estrelato que almeja, mas começa a ser seguida pelo detetive John Labat (Kevin Bacon) que ameaça revelar segredos do passado dela, tudo isso enquanto a atriz navega pelo perigo das ruas de Los Angeles aterrorizadas pelo serial killer Night Stalker (que existiu de verdade).

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

 

Análise Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

Review – The Umbrella Academy: 4ª Temporada
De certa forma The Umbrella Academy tem um problema similar ao de Game of Thrones por adaptar uma história que não foi concluída em seu meio original, ultrapassar a trama do material original e ter que construir um fim apenas com apontamentos gerais dos criadores a respeito da direção em que querem levar a narrativa. A terceira temporada da série já dava sinais de cansaço e agora este quarto e último ano tropeça em uma conclusão que carece de impacto ao mesmo tempo em que apenas repete ideias de tramas anteriores.

Apocalipse? Now?

A temporada continua no ponto em que a anterior parou, com os Hargreeves indo parar em uma nova linha do tempo em que eles não tem super poderes. Anos se passam e eles se resignam a viver como pessoas comuns até que Cinco (Aidan Gallagher), que agora trabalha para a CIA, descobre uma nova ameaça nos Guardiões. Liderados pelos excêntricos Gene (Nick Offerman) e Jean (Megan Mulally, esposa de Offerman na vida real), o grupo reúne pessoas com memórias das outras linhas temporais criadas pelas ações dos Hargreeves e que se ressentem pela vida que levam na realidade atual, tentando reverter a situação ao organizar um evento cataclísmico que ira destruir a linha do tempo. Sim, mais uma vez os irmãos precisam correr contra o tempo para impedir um iminente fim do mundo, que original.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Crítica – Alien: Romulus

 

Análise Crítica – Alien: Romulus

Review – Alien: Romulus
Depois de dois filmes bem aquém do esperado com Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) eu não tinha muitas expectativas em relação a este Alien: Romulus. Sim, o diretor Fede Alvarez tem uma trajetória sólida no horror com filmes como O Homem nas Trevas (2016) ou A Morte do Demônio (2013), mas a impressão é que não havia muito mais a ser dito sobre o universo criado em Alien: O Oitavo Passageiro (1979). Alien: Romulus não é uma reinvenção da franquia, mas trabalha de modo consistente seus temas de totalitarismo corporativo, soberba humana ou a tentativa do homem em tomar para si a criação da vida. Inclusive executa melhor alguns conceitos que não foram muito bem aproveitados em produções anteriores neste universo.

A trama é centrada em Rain (Cailee Spaeny), que trabalha em uma decadente colônia de mineração da Weyland-Yutani. Ela acumulou horas de trabalho suficientes para conseguir um passe para deixar o lúgubre planeta minerador que não recebe luz solar para um lugar, mas habitável. Quando a empresa muda a cota de horas na última hora, ela decide encontrar um outro meio para sair do planeta junto com o sintético Andy (David Jonsson), a quem considera um irmão. A chance de fuga aparece através de Tyler (Archie Renaux) que propõe a Rain usar as permissões que Andy tem dos sistemas da Weyland-Yutani para invadirem uma estação espacial desativada e roubarem os suprimentos que precisam para chegar no planeta mais próximo. Chegando na estação, porém, descobrem que o local não foi desativado, mas destruído e que experimentos perigosos estão à solta no local.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

 

Análise Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

Review – Batman: Cruzado Encapuzado
Lançada em 1992 Batman: A Série Animada, produzida por Bruce Timm, redefiniu as histórias do Batman ao inserir novos personagens, como a Arlequina, e repensar a mitologia de vários de seus vilões, como o Sr. Frio, lhes dando mais complexidade. A série também é importante por ter originado todo um universo animado, sendo seguida por Superman: A Série Animada, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. Todo esse conjunto é, talvez, uma das melhores adaptações do universo DC para o audiovisual, então recebi com empolgação a notícia que Timm voltaria a produzir uma série animada do Batman neste Batman: Cruzado Encapuzado, que ainda conta com o veterano dos quadrinhos Ed Brubaker como roteirista.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Análise Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Review - Meu Filho, Nosso Mundo
Filmes sobre autismo muitas vezes pecam por excesso, romantizando demais a condição ou focando apenas nas limitações e sofrimento. Meu Filho, Nosso Mundo apresenta um raro equilíbrio no modo como trata essa situação, embora ainda estruture as coisas como uma jornada de superação relativamente previsível.

A trama acompanha o comediante Max (Bobby Cannavale), cujo filho, Ezra (William A. Fitzgerald), sofre na escola e acaba sendo atropelado na rua. O acidente faz Ezra ficar sob tutela do Estado, sendo forçado a tomar medicação e sendo colocado em uma instituição psiquiátrica. Sentindo-se impotente em proteger o filho, Max sequestra Ezra e o leva consigo em uma turnê de comédia que irá fazer através do país.