quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Crítica – A Liga

 

Análise Crítica – A Liga

Review – A Liga
Estrelado por Halle Berry e Mark Wahlberg, A Liga é uma mistura de comédia romântica e filme de ação que não empolga em nenhuma das duas frentes. Roxanne (Halle Berry) é uma espiã que trabalha para a agência secreta conhecida como A Liga, quando uma missão da errado e toda a equipe dela é morta, a agente decide pedir ajuda a alguém de fora, seu ex-namorado de tempos de colégio: Mike (Mark Wahlberg). Ele é um operário de meia idade que mora com a mãe e continua no mesmo emprego com a mesma vida e é recrutado por Roxanne para recuperar uma lista com os dados de todos os agentes infiltrados de todas as agências de inteligência do mundo antes que a lista caia em mãos erradas.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Crítica – Infestação

 

Análise Crítica – Infestação

Review – Infestação
Assistir Aracnofobia (1990) e sua continuação na Sessão da Tarde quando criança me deixou com medo de aranhas por muito tempo. A possibilidade de talvez ser traumatizado de novo por um filme de terror com aranhas provavelmente foi o que me impeliu a assistir este Infestação, produção francesa que é o primeiro longa-metragem do diretor Sébastien Vanicek.

Humanidade inane

A trama é centrada em Kaleb (Théo Christine), um jovem de vinte e poucos anos que vive de revender tênis de marca e mora no apartamento de sua falecida mãe em um prédio de habitação popular na periferia de Paris. Ele não tem muitas perspectivas de futuro e se interessa por animais exóticos. Um dia ele compra uma aranha estranha em um container de plástico da loja de produtos roubados na qual ele adquire os tênis que revende. Logicamente a aranha escapa e rapidamente se multiplica, infestando o prédio.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Crítica – A Casa Mórbida

 

Análise Crítica – A Casa Mórbida

Review – A Casa Mórbida
É impressionante como os filmes da parceria entre a Blumhouse e a Prime Video partem de boas premissas, mas ficam aquém de seu potencial. Aconteceu em Noturno (2020), em A Babá (2022) e agora volta a acontecer neste A Casa Mórbida, cuja premissa pode ser resumida com “e se O Urso se passasse em uma casa mal assombrada?” para tentar desenvolver um “horror gastronômico”.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Crítica – Força Bruta: Sem Saída

 

Análise Crítica – Força Bruta: Sem Saída

Review – Força Bruta: Sem Saída
Quando escrevi sobre a produção coreana Força Bruta (2022) mencionei como o filme trazia uma trama bem básica, mas se sustentava pelas cenas de ação. Este Força Bruta: Sem Saída segue na mesma toada, entregando uma narrativa similar ao que já vimos um monte de outras vezes e se elevando pela condução da ação.

Crimes banais

A trama acompanha o detetive Ma Seok-Do (Don Lee) que precisa investigar assassinatos conectados à chegada de uma poderosa nova droga nas ruas da Coreia do Sul. A investigação o leva a uma disputa por território entre gangues locais, membros da yakuza japonesa e as tríades chinesas. Tráfico e guerras de gangues são comuns em filmes de ação e a trama não faz nada com essa premissa que já não tenhamos visto antes. Ao menos consegue tornar seus vilões em ameaças críveis e com personalidades excêntricas, como o sanguinário yakuza Ricky (Munetaka Aoki). Don Lee é um protagonista carismático ao equilibrar o jeito durão de Seok-Do com um lado mais bonachão.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Crítica – O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder 2ª Temporada

 

Análise Crítica – O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder 2ª Temporada

Review – O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder 2ª Temporada
Depois de uma primeira temporada que demorava a desenhar seus principais conflitos e que funcionava como um grande prólogo de uma narrativa que estava por vir, a segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder entrega uma narrativa mais concisa e focada do que seu ano de estreia. Se o primeiro ano demorou a encontrar um rumo, esta temporada já parece saber desde o início qual será seu foco.

Se na temporada anterior tudo girava em torno da possibilidade de Sauron (Charlie Vickers) estar vivo, aqui a temporada foca justamente no vilão e como ele manipula todos à sua volta, em especial o artesão élfico Celebrimbor (Charles Edwards). Os três anéis élficos forjados no final do primeiro ano foram realizados sem a influência de Sauron e agora o vilão quer estar perto de Celebrimbor conforme o convence a forjar anéis de poder para os anões e homens, inserindo suas trevas nos artefatos. Ao mesmo tempo, Galadriel (Morfydd Clark) tenta convencer o rei Gil-Galad (Benjamin Walker) e Elrond (Robert Aramayo) da presença de Sauron entre eles e de como os anéis élficos podem ser importantes para a batalha que virá. O Estranho (Daniel Weyman) segue em sua peregrinação para leste ao lado de Nori (Markella Kavenagh) enquanto Míriel (Cynthia Addai-Robinson) e Elendil (Lloyd Owen) retornam para Numenor apenas para se verem sob a suspeita dos opositores liderados por Pharazon (Trystan Gravelle).

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Crítica – The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)

 

Análise Crítica – The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)

Review – The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)
Os primeiros trailers do game The Plucky Squire (que aqui recebeu o título de O Escudeiro Valente) me chamaram a atenção pelo modo como o game misturava elementos bidimensionais que remetiam a livros infantis com segmentos 3D cuja estética remetia ao remake de Link’s Awakening para Nintendo Switch ou o recente Echoes of Wisdom. Como ele ficou disponível no catálogo de jogos da Playstation Plus já no dia de seu lançamento pude conferir o jogo e o resultado é bacana, ainda que tenha alguns problemas.

Um elo entre mundos

A trama se passa dentro de um livro de histórias infantis protagonizado por Pontinho, o escudeiro valente. Um dia, o vilão da história, o mago Enfezaldo, se dá conta de que todos são personagens em um livro e usa poderes metamágicos para expulsar Pontinho do livro e reescrever a história se colocando como herói. Agora Pontinho precisa transitar entre os dois mundos para salvar seu livro e também o mundo real, já que sem suas aventuras as vidas das crianças que leem seus livros mudarão para pior.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Crítica – Monstros: Irmãos Menendez Assassinos dos Pais

 

Análise Crítica – Monstros: Irmãos Menendez Assassinos dos Pais

Review – Monstros: Irmãos Menendez Assassinos dos Pais
Quando estreou a primeira temporada de Monstros, nova série de antologia sobre crimes reais produzidas por Ryan Murphy, acabei deixando de conferir a história do assassino Jeffrey Dahmer por já estar saturado na época de séries “true crime”. A série chega a sua segunda temporada com este Monstros: Irmãos Menendez Assassinos dos Pais contando o caso de dois irmãos que mataram os pais no final da década de 80. Eu tinha ouvido falar do caso algumas vezes, mas nunca soube muito à respeito, então resolvi conferir a série.

A narrativa acompanha os irmãos Lyle (Nicholas Alexander Chavez) e Erik Menedez (Cooper Koch) que em 1989 assassinam o pai, José (Javier Bardem), e a mãe, Kitty (Chloe Sevigny), com múltiplos tiros de espingarda. O crime chamou atenção pela crueldade e pelo fato de que os irmãos inicialmente tentaram culpar a máfia pela execução dos pais, tentando sugerir que o pai, um rico empresário da indústria fonográfica, estava envolvido com o crime organizado. O caminho até a eventual condenação dos irmãos levou quase uma década e foi marcado por denúncias de abusos físicos e sexuais que José Menendez teria cometido contra eles.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Crítica – Coringa: Delírio a Dois

 

Análise Crítica – Coringa: Delírio a Dois

Review – Coringa: Delírio a Dois
É impossível um realizador ter pleno controle sobre a recepção de sua arte. A recepção é um processo semiopragmático que depende da interpretação do espectador e, nesse sentido, comunidades interpretativas podem chegar até mesmo a um entendimento que não é sustentado pela materialidade da obra (Umberto Eco chamaria isso de interpretação aberrante). Não importa o quanto um realizador seja perfeccionista, é sempre possível que as pessoas gostem de um filme por motivos errados.

Piada explicada perde a graça

David Fincher é famoso pelo seu perfeccionismo e nem ele foi capaz de impedir que seu Clube da Luta (1999) fosse lido como um chamado ao retorno a um hipermasculinismo para reconstruir a ordem social e não como uma crítica a uma masculinidade que prefere criar uma seita terrorista e explodir o mundo a lidar com os próprios sentimentos. Há quem veja O Lobo de Wall Street (2013) como uma celebração da cultura de excessos da especulação financeira e não como a óbvia sátira que o filme é. Do mesmo modo, há quem goste de Coringa (2019) por ver o protagonista como um revolucionário se rebelando contra uma sociedade que o maltrata apesar do filme (e o próprio personagem) dizer explicitamente que ele não é nada disso.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Rapsódias Revisitadas – Assassinato em Gosford Park

 

Crítica – Assassinato em Gosford Park

Review – Assassinato em Gosford Park
Apesar do título em português evocar um suspense investigativo, Assassinato em Gosford Park é um drama mais interessado no que o assassinato no centro da trama movimenta entre os diferentes personagens que habitam a luxuosa mansão britânica na qual a narrativa se passa do que no crime em si. É um filme sobre questões de classe social e como a criadagem é tratada de forma invisível, com os funcionários usando essa invisibilidade a seu favor.

A narrativa se passa em 1932 e acompanha um final de semana na propriedade de Gosford Park, chefiada pelo truculento William McCordle (Michael Gambon). A propriedade abriga no final de semana membros proeminentes da sociedade britânica, como lady Constance Trentham (Maggie Smith), a filha de McCordle, Sylvia (Kristin Scott Thomas), Raymond Stockbridge (Charles Dance), além de convidados estrangeiros como o produtor de cinema Morris Weissman (Bob Balaban). Esses ricos vem acompanhados de seus criados, como Mary (Kelly Macdonald), que serve lady Trentham, ou Henry (Ryan Philippe) assistente de Weissman que acaba sendo colocado junto com os outros criados, além da própria equipe da mansão, como a sra. Wilson (Helen Mirren), Elsie (Emily Watson), George (Richard E. Grant) e o chefe dos criados, o sr. Jennings (Alan Bates).

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Crítica – Calor Mortífero

 

Análise Crítica – Calor Mortífero

Review – Calor Mortífero
Nunca li os livros de Jo Nesbo, mas meu contato com adaptações de suas obras não foi dos melhores. Primeiro com o péssimo Boneco de Neve (2017) e agora com este fraco Calor Mortífero, produção da Prime Video que adapta o conto O Homem Ciumento de Nesbo.

Mistério requentado

A trama se passa na Grécia e acompanha o detetive particular Nick Bali (Joseph Gordon Levitt) contratado pela socialite Penelope (Shailene Woodley) para investigar a morte de seu cunhado Leo (Richard Madden). Leo teria morrido ao cair de um penhasco durante uma escalada livre (sem equipamentos), com a morte sendo considerada um acidente. Penelope, no entanto, desconfia de algo, já que o controle da empresa da família está em jogo, contrata o detetive. As principais suspeitas recaem sobre Elias (Richard Madden), irmão gêmeo de Leo e marido de Penelope, e Audrey (Claire Holman), a controladora mãe dos gêmeos.