segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Crítica – Não Solte!
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Crítica – Red Rocket
Uma vida obscena
Mike (Simon Rex) chega cheio de hematomas à sua cidade natal e pede para ficar uns dias na casa da ex-esposa Lexi (Bree Elrod), de quem nunca se divorciou. Ela e sua mãe, Lil (Brenda Deiss), que vive na mesma casa, não o querem ali, mas Mike usa sua lábia para convencê-las em troca de ajudar no aluguel. Ele tenta conseguir emprego, mas é recusado por conta de seu passado como ator pornô. Ele acaba convencendo uma traficante local a deixá-lo vender maconha e passa a fazer ponto em uma loja de rosquinha vendendo para trabalhadores que passam no local durante a troca de turnos. Ele também fica interessado pela balconista da loja, a jovem Raylee (Suzanna Son), cujo apelido é Morango.
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Crítica – Agatha Desde Sempre
Algo oculto e impuro
A trama reencontra Agatha (Kathryn Hahn) ainda presa na vida ilusória que Wanda (Elizabeth Olsen) criou para ela no final de Wandavision. Ela é libertada graças à intervenção de um misterioso jovem (Joe Locke) que deseja a ajuda de Agatha para adentrar o mítico Caminho das Bruxas e alcançar o poder dado a quem supera seus desafios. Agatha vê no garoto uma oportunidade de recuperar seu poder, montando um novo coven de bruxas de quem poderá extrair poder.
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
Drops – Lobos
Operativos discretos
Na trama, Clooney é um mercenário especialista em fazer desaparecer as indiscrições dos poderosos. Ele é contratado pela promotora Margaret (Amy Ryan) depois que um jovem com quem ela está tendo um caso aparentemente morre em seu quarto de hotel. O problema é que os donos do hotel também contrataram seu próprio mercenário no operativo vivido por Brad Pitt. Como os dois clientes têm seus próprios interesses a proteger, os mercenários são obrigados a trabalharem juntos. As coisas se complicam quando os dois encontram uma quantidade enorme de drogas na mochila do garoto morto e precisam descobrir a quem as drogas pertencem para que os donos não mirem em seus clientes.
terça-feira, 29 de outubro de 2024
Crítica – O Poder e a Lei: Terceira Temporada
Lei para quem precisa
A trama segue onde o segundo ano parou, com Mickey (Manuel Garcia-Rulfo) tentando descobrir quem matou sua antiga cliente, Gloria (Fiona Rene), ao mesmo tempo em que defende o homem acusado de matá-la, Julian (Devon Graye), a quem Mickey considera inocente. Para o advogado inocentar Julian o levará diretamente ao culpado pela morte de Gloria, mas isso o coloca em meio a uma perigosa teia de crimes.
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Crítica – Não Se Mexa
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
Crítica – Bloomtown: A Different Story
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Drops – Irmãos
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
Crítica – A Garota da Vez
Mulheres objeto
Já na primeira cena com Sheryl em um teste de elenco o filme ilustra como Hollywood é um espaço que objetifica mulheres ao mostrar os dois produtores de elenco cochichando sobre a aparência da personagem enquanto a câmera abre o plano para mostrar que Sheryl está em pé bem diante deles. O final da cena, em que eles mudam de atitude no instante em que ela diz não se interessar por fazer cenas com nudez reforça a ideia de que ela está ali para servir ao olhar masculino.
Ao longo de todo o arco de Sheryl isso é constantemente reforçado pelas interações entre ela e outros homens e pelo modo como Kendrick filma essas situações. Seja em closes ou em planos mais abertos, os homens estão sempre entrando em quadro para encostar na personagem ou tocar seu rosto, como se invadissem seu espaço pessoal. Essas interações são sempre marcadas com um senso de desconforto, como na conversa que ela tem em um bar com o vizinho Terry (Pete Holmes), na qual ela acaba cedendo aos seus avanços apesar de inicialmente rejeitá-lo. Como na cena com os produtores de elenco, é visível como Terry muda de atitude no momento em que percebe que não irá conseguir o que quer dela e Sheryl decide ceder talvez por medo de sua reação ou por receio de alienar o único amigo que tem na cidade.
O senso de objetificação se reforça quando ela chega no set do programa no qual o apresentador vivido por Tony Hale constantemente comenta sobre a aparência de Sheryl, toca em seu corpo e diz que ela está ali apenas para ser bonita. Não à toa que o pequeno gesto de resistência da atriz de sair do roteiro e fazer perguntas jocosas aos candidatos que expõem o seu machismo é recebida com fúria pelo apresentador. Nesse sentido, o fato de Rodney dar todas as “respostas certas” soando como um cara legal mostra que não há padrão para homens abusivos e mesmo alguém que soa bacana ou inofensivo pode ser um potencial agressor, criando um senso de tensão crescente conforme Sheryl se aproxima de Rodney e demora a perceber sua real natureza.
Muitas vítimas, pouco tempo
A questão é a despeito de ideias interessantes e composições de planos cuidadosas, o filme derrapa em um material que tenta abrir várias frentes narrativas simultâneas, mas não desenvolve quase nenhuma a contento. A espectadora do programa que reconhece Rodney como o estuprador de sua amiga está ali só para mostrar como mulheres são ignoradas ou silenciadas em suas denúncias, seja por quem detêm poder, como os funcionários do estúdio que a ignoram, ou de quem está próxima dela, como o namorado, que a trata como doida ao invés de acreditar no que ela diz. A personagem existe mais como uma engrenagem em um mecanismo e menos como uma pessoa autônoma dotada de suas próprias motivações.
Os segmentos que mostram o passado de Rodney e como ele constantemente matava com impunidade ou evadia autoridades enquanto mantinha emprego em grandes jornais e instituições similares tenta reforçar a existência de estruturas de poder que protegem homens abusivos e entender como esse predador age, mas fica na superfície dessas ideias. Ocasionalmente o filme aponta para questões subjacentes da personalidade de Rodney, como as várias sugestões de que ele se interessa por homens, mas não faz nada com esse dado.
A narrativa também passa algum tempo com as vítimas do assassino, revelando como ele é um predador astuto, sempre se aproximando de mulheres sozinhas ou em situação de vulnerabilidade. O desfecho, que nos faz acompanhar uma sobrevivente de seus ataques, analisa como a sobrevivência dela se relaciona em tentar manter um senso de normalidade com seu abusador, agindo como se nada demais tivesse acontecido para ganhar tempo para escapar. O problema é que passamos muito pouco tempo com essa personagem para que seu arco tenha o impacto devido e, considerando que é ela a responsável pela captura do assassino me pergunto por que não seria sua história a central para a trama ao invés da trama de Sheryl, que não seria muito mais que uma nota de rodapé na trajetória do assassino.
Do jeito que está, A Garota da Vez fica na superfície de
seus temas principais, apontando os abusos e os mecanismos que facilitam sua
perpetuação, mas fazendo pouco para analisar seu funcionamento, se dividindo em
múltiplas tramas que não saem da superfície. É competente na construção do
senso de desconforto experimentado por Sheryl no seu cotidiano e Anna Kendrick
se mostra muito consciente das escolhas que faz como diretora, uma pena o texto
não estar à altura disso.
Nota: 6/10
Trailer
terça-feira, 22 de outubro de 2024
Crítica – Robô Selvagem