segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Crítica – Cobra Kai: Sexta Temporada Parte 2
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Drops – Corte no Tempo
Mortes sem impacto
A trama é protagonizada por Lucy (Madison Bailey, de Outer Banks), uma garota que acidentalmente viaja no tempo para 2003, dias antes da irmã mais velha, Summer (Antonia Gentry, de Ginny & Georgia) ser assassinada. Presa no passado, ela precisa encontrar um meio de retornar ao presente ao mesmo tempo em que busca um meio de impedir a morte da irmã.
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Crítica – A Extraordinária Vida de Ibelin
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Crítica – Gladiador 2
Ecos da eternidade
A narrativa é centrada em Lucius (Paul Mescal), filho de Lucilla (Connie Nielsen) e Maximus (Russell Crowe) do primeiro filme. Para ser mantido em segurança Lucius foi mandado para longe e se tornou um guerreiro no norte da África. Quando suas terras são conquistadas por Roma e sua esposa é morta pelo general Acacius (Pedro Pascal) ele é vendido como escravo e usado como gladiador pelo inescrupuloso Macrinus (Denzel Washington). Agora Lucius retorna à Roma para se vingar do general e dos cruéis imperadores Geta (Joseph Quinn, de Stranger Things) e Caracalla (Fred Hechinger).
É basicamente a mesma premissa do primeiro filme, mas tudo é duplicado. Ao invés de um guerreiro que luta por vingança e para restaurar a justiça em Roma temos essas motivações divididas entre Lucius e Acacius. Ao invés de um imperador imaturo e sádico temos dois em Geta e Caracalla, mas de resto é a mesma história sobre defender “o sonho de Roma” que embalou a história trágica de Maximus.
Repetição também está no trabalho do elenco ainda que entreguem performances competentes. Denzel Washington devora o cenário ao interpretar Macrinus como uma versão romana e com mais joias do que um bicheiro carioca de seu Alonzo de Dia de Treinamento (2001). Macrinus é um sujeito ardiloso, que joga em vários lados sempre visando o ganho pessoal e está sempre a frente dos oponentes, como se ele estivesse jogando xadrez enquanto os demais jogassem damas. É um personagem que domina cada cena em que está, mas a essa altura da carreira Washington o interpretaria com as mãos amarradas nas costas. Connie Nielsen traz a mesma dignidade e altivez a Lucille que apresentava no original, enquanto Pedro Pascal traz um misto de honra e desilusão a Acacius.
Os dois imperadores, por outro lado são tão histriônicos que pendem para a caricatura. Joseph Quinn se sai um pouco melhor ao conseguir injetar algum mínimo grau de humanidade a Geta, mas o Caracalla de Fred Hirchinger passa do ponto do exagero e soa como um vilão de desenho animado. Sim, eu entendo que ele deveria ser um sujeito louco com o cérebro carcomido pela sífilis, mas mesmo entre toda essa loucura há uma pessoa ali (pensem em Forrest Whitaker como Idi Amin em O Último Rei da Escócia) e o trabalho de Hirchinger é tão exagerado ao ponto de soar falso.
Arena Mortal
O primeiro filme foi alvo de críticas por sua falta de precisão histórica, algo que nunca me incomodou pessoalmente, mas aqui Scott desvia tanto da realidade que o filme praticamente entra no domínio da fantasia. Digo isso não apenas por sua trama se povoada por muitos personagens ficcionais, mas por uma série de eventos que transcorrem, principalmente dentro da arena do Coliseu. Aqui vemos batalhas com rinocerontes, uma batalha naval com direito a tubarões nadando na arena uma série de outras ocorrências que qualquer leigo é capaz de dizer que se trata de liberdades artísticas.
Não que a ação seja ruim, pelo contrário, ela é um dos pontos altos do filme. Essas liberdades que Scott toma servem para evidenciar ainda mais a opulência e desigualdade de sua Roma corrompida que gastava horrores com esses jogos no Coliseu enquanto a população ficava à míngua e os espetáculos brutais serviam como uma distração para essa miséria. A condução de Scott é eficiente em construir o senso de escala dessas e o caos brutal desses embates. São lutas vencidas tanto na estratégia quanto na força e cujas consequências sangrentas o filme faz questão de exibir. Seja nas batalhas mais grandiosas ou em duelos mais íntimos, como na luta entre Lucius e Acacius, a produção instila uma energia intensa na ação e um senso de que Lucius e outros personagens passam por um risco palpável de serem derrotados. O senso de grandiosidade e de tragédia também é construído pela música, inclusive com o uso de faixas da trilha do primeiro filme como Now We Are Free de Hans Zimmer cuja melodia dá senso da jornada grandiosa de seus personagens enquanto os vocais de Lisa Gerrard, cuja letra menciona liberdade, constrói a dimensão transcendental e trágica dessa história.
É por conta desse senso de
grandiosidade da ação e pelo trabalho do elenco que Gladiador 2 consegue oferecer algo de interessante ainda que não
tenha nada que Ridley Scott já não fez melhor antes. De certa forma é como ver
aquela banda que você gosta e que já não toca como antes sair em uma turnê
cantando seus melhores sucessos. É bacana, mas você sabe que é uma reprodução
menor do que veio antes.
Nota: 7/10
Trailer
terça-feira, 12 de novembro de 2024
Crítica – Pinguim
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Crítica – Herege
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Crítica – The First Slam Dunk
Vidas em jogo
A narrativa se passa durante a partida derradeira entre Shohoku e Sannoh e ao logo do jogo volta algumas vezes ao passado dos protagonistas para construir suas histórias e o que está em disputa para cada um naquela partida numa estrutura similar a Rivais (2024). Se o anime e mangá eram protagonizados pelo jovem delinquente Sakuragi, que entrava para um time de basquete para se aproximar de uma garota de quem gostava, aqui o foco da narrativa é Ryota, um armador de baixa estatura, mas muito ágil.
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Crítica – Operação Natal
Papai Noel em perigo
A trama é centrada em Cal (Dwayne “The Rock” Johnson), o guarda-costas pessoal do Papai Noel (J.K Simmons). Ele está prestes a se aposentar por estar descrente com a humanidade, cuja lista de pessoas malvadas já superou a de pessoas boazinhas. No seu último dia de trabalho, Noel é sequestrado e a única pista é o hacker que ajudou os sequestradores a encontrarem a fábrica do Papai Noel. Assim, Jack (Chris Evans), que nunca acreditou em Papai Noel, é arrastado por Cal para descobrir o paradeiro do bom velhinho.
De certa forma é uma trama bem esquemática. Uma dupla de personalidades opostas, com Cal sendo o sisudo focado na missão enquanto Jack é um malandro que tenta resolver tudo na lábia e sempre busca tirar vantagem. É claro que ao longo da trama eles irão aprender algo um com o outro e Jack, que está na lista dos malcriados desde criança, vai aprender a ser bonzinho e se reaproximar do filho com quem tem pouco contato. É previsível, mas funciona pelo carisma do elenco.
Chris Evans é bem divertido fazendo um canalha de bom coração que aos poucos aprende a importância de formar laços com outras pessoas enquanto Johnson funciona como o contraponto mais sério à personalidade escorregadia de Jack. Evans inclusive encontra momentos de emoção genuína nas conversas entre Jack e o filho durante o clímax. J.K Simmons traz a Noel uma presença que é simultaneamente marcante e humilde. É um sujeito que demonstra um grande poder, mas uma medida similar de benevolência e afeto.
Universo fantasioso
A produção é criativa na construção de seu universo em que seres mitológicos vivem ocultos em meio ao nosso mundo, com uma agência secreta que mantem a paz entre seres lideradas pela expediente Zoe (Lucy Liu). Cal, por exemplo, consegue se mover rapidamente para qualquer lugar do mundo usando uma rede de portais que são acessados em qualquer loja de brinquedos e uma manopla que pode transformar qualquer brinquedo em um objeto real, como transformar um carrinho em miniatura em um carro de verdade. Sim, esses momentos muitas vezes servem de publicidade para algumas marcas de brinquedos, mas não deixam de gerar alguns momentos divertidos.
O filme também acerta nas cenas de ação e como usa diferentes criaturas de histórias natalinas, como os bonecos de neve que congelam tudo em que tocam e servem de capangas para a vilã ou o modo como Cal altera entre sua forma humana e sua forma de elfo enquanto luta usando a variação de tamanho ao seu favor como se fosse o Homem-Formiga. O fato de boa parte dessas criaturas serem feitas usando próteses e maquiagem ajuda a tornar tudo mais crível e a dar um senso de materialidade a esse universo, como no segmento em que Cal e Jack invadem o lar do Krampus (Kristofer Hivju), o irmão maligno do Papai Noel, e todas as criaturas ali são primordialmente fruto de efeitos práticos.
Inclusive nos momentos em que o filme recorre a criaturas completamente digitais chega a ser difícil não sentir algum estranhamento, já que elas não parecem pertencer ao mesmo universo que o resto dos personagens, Alguns, como o urso polar Garcia, são convincentes, mas outros nem tanto. O melhor exemplo disso é quando a bruxa Gryla (Kiernan Shipka, de O Mundo Sombrio de Sabrina) assume sua forma monstruosa durante o clímax e o resultado parece mais um design rejeitado para chefão de Dark Souls.
O texto ocasionalmente apresenta algumas incongruências. Um exemplo é o fato de Cal trabalhar há séculos protegendo o Noel e agindo como um guarda-costas pró-ativo e diligente, mas quando é conveniente para o roteiro ele desconhece completamente como lidar com determinadas criaturas embora ele se comporte como se já tivesse enfrentado esses seres antes.
Mesmo com uma trama previsível, Operação Natal diverte pelo elenco
carismático e pelo universo criativo que mistura fantasia e realidade.
Nota: 6/10
Trailer
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Drops – Transformers: O Início e Hellboy e o Homem Torto
Hoje na coluna Drops, dedicada a textos mais curtos, vou falar sobre dois filmes que acabei deixando passar quando foram exibidos nos cinemas, Transformers: O Início e Hellboy e o Homem Torto, dois filmes que funcionam como recomeços para seus respectivos personagens.
Aventura “padrão Marvel”
Desde o início incomoda como o filme se apoia no expediente de ter seus personagens trocando piadinhas ou diálogos engraçadinhos o tempo todo, muitas vezes comentando a própria trama, como se esse tipo de humor “padrão Marvel” fosse um substituto para personagens sem personalidade ou para uma trama mal escrita (tentar rir de um roteiro ruim não é por si só engraçado). Isso é principalmente evidente em B-127 (que virará o Bumblebee), cujo falatório constante é mais constrangedor e irritante do que engraçado, e em Elita-1 (Scarlett Johansson), que é reduzida à “a garota”, se limitando a reagir exasperada às ações dos demais personagens de maneira tão clichê que imaginei que em algum momento ela fosse jogar os braços para cima e dizer “ah, homens” aborrecida.
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Crítica – The Legend of Vox Machina: 3ª Temporada
Essa terceira temporada de The Legend of Vox Machina tem um clima de apoteose considerando que ela marca o confronto derradeiro entre os aventureiros da Vox Machina e o conclave de dragões liderado pelo poderoso dragão vermelho Thordak. É um conflito que foi construído ao longo das duas temporadas anteriores e cuja execução aqui não decepciona.
Masmorras e dragões
Mesmo depois de coletarem os Vestígios na segunda temporada, o grupo ainda não é páreo para Thordak. Eles são abordados por Raishan, antiga aliada de Thordak, que propõe uma aliança com eles, já que ela quer se vingar do dragão por ter se recusado a ajudá-la a eliminar uma maldição que a estava matando aos poucos. Mesmo relutantes, a equipe aceita o acordo e parte em busca de uma armadura que pode absorver o poder de Thordak. A missão se torna mais urgente com a descoberta que o dragão está chocando centenas de ovos que estão prestes a eclodir para liberar novos dragões contra o reino.