sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Drops – Wallace & Gromit: Avengança

 

Crítica – Wallace & Gromit: Avengança

Review – Wallace & Gromit: Avengança
Como outras animações estreadas pela dupla criada pela Aardman Animations, Wallace & Gromit: Avengança é uma aventura que conquista pela sua excentricidade e senso de encantamento. Na trama Gromit passa a ficar cada vez mais preocupado com a dependência de Wallace de suas invenções, se agravando quando Wallace cria um robô gnomo para realizar todas as tarefas domésticas. As coisas pioram quando o vilão Feathers McGraw toma o controle do robô e passa a usá-lo para fins malignos, buscando vingança contra Wallace e Gromit por prendê-lo no passado.

Ludicidade aloprada

Em essência é uma narrativa sobre os perigos de confiar demais em automação e inteligência artificial, lembrando como nada substitui o componente humano, como o ato de você mesmo fazer carinho em seu cachorro ao invés de recorrer a alguma traquitana maluca como faz Wallace. Que essa crítica a uma dependência de inteligência artificial seja feita por uma animação em stop motion feita à mão só torna essa crítica mais apropriada.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Conheçam os indicados ao Oscar 2025

 

Academy Awards Nominees 2025

Na manhã desta quinta, 23 de janeiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou os indicados ao Oscar 2025. Para nós, brasileiros, a melhor notícia foi Ainda Estou Aqui ter conseguido três indicações, incluindo uma indicação inédita ao prêmio de melhor filme. O filme com mais indicações foi Emilia Perez, que recebeu treze menções, seguido por O Brutalista, que recebeu dez indicações. A cerimônia do Oscar acontecerá no dia três de março, domingo de carnaval, e será apresentada por Conan O’Brien. Confiram abaixo a lista completa de indicados.

 

Melhor Filme

"Anora"

"O Brutalista"

"Um Completo Desconhecido"

"Conclave"

"Duna: Parte II"

"Emilia Pérez"

"Ainda Estou Aqui"

"Nickel Boys"

"A Substância"

"Wicked"

Crítica – Castlevania Noturno: 2ª Temporada

 

Análise Crítica – Castlevania Noturno: 2ª Temporada

Review – Castlevania Noturno: 2ª Temporada
Depois de uma ótima primeira temporada que introduziu novos heróis e vilões, Castlevania: Noturno leva o confronto contra a “messias vampira” Erszebet ao seu clímax. Ainda que não seja tão boa quanto a temporada anterior, a série continua a empolgar com sua mistura das histórias de Castlevania Rondo of Blood e Castlevania Symphony of the Night.

Revolução vampírica

A trama continua no ponto em que a temporada anterior terminou, com a vilã ampliando seus poderes e ficando mais perto de conseguir evocar uma noite eterna para que as criaturas da noite dominem o mundo. Richter e os demais heróis mal conseguem escapar, mas encontram um novo aliado em Alucard. Agora eles precisam se reorganizar e encontrar um meio de lidar com os poderes quase que divinos de Erszebet.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Drops – De Volta à Ação

 

Resenha Crítica – De Volta à Ação

Análise Crítica – De Volta à Ação
Divulgado como o retorno de Cameron Diaz depois de onze anos longe das telas, De Volta à Ação mostra que Diaz ainda tem carisma para sustentar um blockbuster de ação. Infelizmente, Diaz e sua co-estrela Jamie Foxx são desperdiçados em uma produção genérica, daquelas que a gente começa a esquecer assim que os créditos sobem.

Retorno em não tão grande estilo

A narrativa é protagonizada pelo casal de espiões Emily (Cameron Diaz) e Matt (Jamie Foxx). Depois que uma missão dá errado e Emily descobre estar grávida eles aproveitam para forjarem as próprias mortes e desaparecer. Quinze anos depois eles levam uma típica vida suburbana com seus dois filhos até que um incidente faz seus disfarces serem revelados. Agora a família é alvo de criminosos que buscam o item que a dupla escondeu em sua última missão como espiões.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Crítica – Anora

 

Análise Crítica – Anora

Review – Anora
Os filmes do diretor Sean Baker costumam focar em pessoas que vivem nas margens, tentam desesperadamente alcançar algum sonho apenas para perceberem que nunca estiveram perto de conseguir o que desejavam ou ver o sonho se dissolver diante de si. Anora tem muito disso, embora exiba uma trama mais focada ao invés dos personagens errantes de Projeto Flórida (2017) ou Red Rocket (2021), ao acompanhar uma personagem cuja mudança de vida toma uma guinada inesperada. É uma trama tributária a Noites de Cabíria (1957), de Federico Fellini, e também de comédias românticas como Uma Linda Mulher (1990), a qual subverte com gosto, embora nunca se torne derivativa pelo modo como Baker imprime sua personalidade no material.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Piores filmes de 2024

 

Lista Piores filmes de 2024

Em 2024 eu me preservei mais, evitei muitos filmes ruins. Talvez por ter sido um ano difícil no plano pessoal e não estava com cabeça para ver certas coisas com cara de bomba. Ainda assim, é inevitável o contato com produções ruins e experiências negativas no cinema, inclusive porque penso que filmes ruins também tem um valor pedagógico, servindo como ótimos exemplos do que não fazer ou do que acontece quando se ignora certos procedimentos ou técnicas de realização audiovisual. Como aconteceu com minha lista de melhores filmes de 2024, levei em consideração as produções que foram lançadas comercialmente no Brasil ao longo do ano de 2024.

 

10) Madame Teia 

Piores filmes de 2024 - Madame Teia

Um dos filmes mais vilipendiados do ano Madame Teia é uma produção tão equivocada, tão problemática em todos os níveis, tão distante de qualquer convenção de qualidade dramatúrgica ou conduta humana que se torna acidentalmente hilário. É como assistir um filme de super-herói escrito e dirigido pelo Tommy Wiseau (de The Room), sendo divertido pelas razões erradas. Justamente por ter me feito rir que está na última posição da lista.

 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Crítica – Aqui

 

Análise Crítica – Aqui

Review – Aqui
Eu nunca gostei muito da expressão “tal coisa é um personagem” para qualificar a importância em um filme de algo que claramente não é um personagem. Dizer que “a casa é um personagem” ou “a música é um personagem” é um chavão genérico que não contribui para que expliquemos porque esse elemento de imagem/som se destaca ou ocupa uma posição tão central dentro de uma produção. Sim, objetos podem ser personagens, desde que ajam como tal, a exemplo de Memórias de um Liquidificador (2010) no qual o eletrodoméstico é um personagem de fato. A questão é que na maioria dos casos essa expressão é usada para qualificar elementos estéticos que claramente não ocupam essa função.

Feridas do tempo

Dirigido por Robert Zemeckis, Aqui meio que parte da ideia de que “a casa é um personagem” ao situar toda a sua trama em um único espaço ao longo de séculos e o resultado vai na contramão dessa ideia, com o espaço fazendo pouca ou nenhuma diferença no esquema geral da produção.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Crítica – Conclave

 

Análise Crítica – Conclave

Review – Conclave
Confesso que não imaginei que um filme focado no que é basicamente o TSE do Vaticano conseguiria me manter tão interessado, mas é exatamente isso que Conclave, novo filme de Edward Berger (responsável por Nada de Novo no Front), faz. Claro, o foco é mais nas intrigas da votação do que na burocracia em si, analisando as disputas de poder que ocorrem no coração da fé católica.

Eleição disputada

A trama é centrada no cardeal Lawrence (Ralph Fiennes), reitor da Santa Sé que fica incumbido de organizar o Conclave depois da morte do Papa. Com o colegiado dos cardeais isolados eles precisam votar para eleger um novo Papa. A votação, porém, não é um debate pacífico, com diferentes correntes disputando supremacia no pleito, segredos do passado trazidos à tona e até o surgimento de novas figuras, como o misterioso cardeal Benitez (Carlos Diehz), cuja nomeação foi feita em segredo pelo falecido Papa anterior e sua chegada na eleição desperta curiosidade quanto à sua legitimidade e intenções em relação ao pleito.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Crítica – Maria Callas

 

Análise Crítica – Maria Callas

Review – Maria Callas
Terceira biografia dirigida pelo chileno Pablo Larraín depois de Jackie (2016) e Spencer (2021), Maria Callas conta a história da famosa cantora de ópera de origem grega. Como as outras biografias de figuras históricas femininas dirigidas por Larraín, é um filme que acerta ao tentar entender a subjetividade de sua biografada, embora este seja o mais fraco da trilogia do diretor.

Vida em revisão

A narrativa acompanha os últimos dias de Maria Callas (Angelina Jolie) vivendo uma existência solitária em seu apartamento em Paris. Ela passa os dias isolada, se enchendo de medicamentos que mexem com sua cognição e a fazem imaginar que está sendo entrevistada para um documentário. Esses delírios são uma maneira do filme nos deixar imersos no ponto de vista da protagonista, alguém que há muito já passou do seu ápice e agora se encontra em uma profunda depressão por conta de problemas de saúde que a impedem de cantar. Ao mesmo tempo, essa escolha também tenta servir como uma metalinguagem para as estruturas típicas de cinebiografias.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Crítica – Sol de Inverno

 

Análise Crítica – Sol de Inverno

Review – Sol de Inverno
Segundo longa-metragem do realizador japonês Hiroshi Okuyama, Sol de Inverno é uma história sobre amadurecimento e desilusão. O diretor narra essa história com um ritmo bastante deliberado e um olhar contemplativo diante de seus personagens conforme eles navegam pelos relacionamentos entre si.

Você é meu sol

A trama acompanha Takuya (Keitatsu Koshiyama), um garoto tímido e levemente gago que não tem muita aptidão para esportes, mas que tenta participar das ligas de sua cidade para acompanhar os amigos. Um dia ele se encanta por Sakura (Kiara Takanashi), uma jovem patinadora que está treinando para ser profissional. O técnico de Sakura, Arakawa (Sōsuke Ikematsu), ele próprio um ex-campeão de patinação, crê que Sakura e Takuya podem funcionar bem como uma dupla e que trabalhar em equipe pode ser bom para Sakura.