sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Drops – O Jogo do Assassino

 

Crítica – O Jogo do Assassino

Review Drops – O Jogo do Assassino
Não esperava nada de O Jogo do Assassino, mas é um filme de ação tão idiota, tão absurdamente exagerado e cartunesco que acabei me divertindo. A trama acompanha Joe (Dave Bautista) um assassino profissional que começa a sentir estranhas dores de cabeça. Ele vai ao médico e descobre que tem uma rara doença degenerativa, tendo apenas alguns meses de vida. Como Joe não quer definhar aos poucos, ele contrata uma rival para assassiná-lo de modo que sua namorada, a bailarina Maize (Sofia Boutella), possa receber seu seguro de vida quando ele morrer.

Vidas em jogo

Assim que o prazo do contrato contra Joe se inicia ele recebe uma ligação do médico avisando que houve um engano com seus exames e ele não vai morrer. Agora é tarde demais para retirar a recompensa que ele próprio botou sobre si e Joe vai precisar enfrentar todos os assassinos da Europa se quiser sobreviver.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Crítica – Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno

 

Análise Crítica – Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno

Review – Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno
Os Estados Unidos tem uma imensa dívida histórica com a população indígena por conta do genocídio dos povos, da tomada de terras, das políticas excludentes e tantas outras ações que visavam o extermínio ou aculturação desses povos. O documentário Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno mostra mais uma faceta sombria desse genocídio étnico perpetrado em territórios dos EUA e do Canadá, dessa vez com a cumplicidade da Igreja Católica.

Missão de extermínio

O documentário é focado no caso de uma Escola Missionária localizada na reserva indígena de Sugarcane. A escola era apenas uma dentre muitas escolas missionárias pensadas para “resolver” a “questão indígena”. Ao longo de décadas vários bebês e crianças foram mortos dentro da escola e dezenas de alunos internos foram abusados física e sexualmente pelos padres que ensinavam no local.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Drops – Batalhão 6888

 

Crítica – Batalhão 6888

Review Crítica – Batalhão 6888
Boas intenções nem sempre são suficientes para sustentar um filme. Batalhão 6888 é mais um exemplo disso, com uma trama que faz um importante resgate historiográfico não alcançando o impacto que deveria por conta de uma série de problemas.

Correspondência história

A produção conta a história real do Batalhão 6888, único batalhão composto por mulheres negras a servir na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. A missão do batalhão era dar apoio logístico às tropas, garantindo que as correspondências entre soldados e seus familiares chegassem onde deveriam. A trama é centrada em Lena (Ebony Obsidian), que se alista no exército depois que o amado morre na guerra, e na Major Adams (Kerry Washington) que tenta liderar seu batalhão a despeito de ser constantemente subestimada pelos superiores.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Crítica – Setembro 5

 

Análise Crítica – Setembro 5

Review – Setembro 5
O sequestro de atletas da delegação israelense por um grupo de terroristas durante as Olimpíadas de 1972 em Munique, na Alemanha, não é um tema novo no cinema. Steven Spielberg já tinha explorado esse evento no competente e pouco visto Munique (2005) e agora ele é revisitado sob a ótima dos responsáveis pela transmissão do evento neste Setembro 5.

Jornalismo analógico

A trama acompanha a história real um grupo de jornalistas dos Estados Unidos em Munique fazendo a cobertura esportiva das Olimpíadas. Quando o sequestro dos atletas israelenses, os responsáveis pela transmissão, Roone (Peter Sarsgaard) e Geoffrey (John Magaro), precisam se adaptar às nuances de transmitir ao vivo um atentado terrorista.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Crítica – Trilha Sonora para um Golpe de Estado

 

Análise Crítica – Trilha Sonora para um Golpe de Estado

Review – Trilha Sonora para um Golpe de Estado
Qual a relação entre músicos de jazz dos Estados Unidos, processos de independência na África e um golpe de estado no Congo durante a década de sessenta? Se esses elementos soam desconectados, o documentário Trilha Sonora Para um Golpe de Estado vai mostrar de maneira contundente como eles estão interligados.

Colonialismo e neocolonialismo

O documentário parte de excursões feitas por Louis Armstrong e sua banda a diversos países africanos ao longo das décadas de 1950 e 1960. Nomeado “embaixador do jazz” essas viagens eram promovidas por fundações culturais focadas da promoção da cultura negra nos EUA e estabelecer diálogos com os países africanos. O que Armstrong e outros músicos como Nina Simone ou Duke Ellington não sabiam é que essas instituições eram fachada da CIA, a agência de inteligência do governo dos EUA.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Crítica – Casamentos Cruzados

 

Análise Crítica – Casamentos Cruzados

Review – Casamentos Cruzados
Estrelado por Will Ferrell e Reese Whiterspoon, Casamentos Cruzados é uma daquelas comédias românticas que não arrisca muito além dos lugares comuns do gênero. A narrativa acompanha duas famílias que acidentalmente tiveram casamentos marcados para o mesmo dia em uma bucólica e pequena ilha. Jim (Will Ferrell) é um pai viúvo que vai organizar o casamento de sua única filha, Jenni (Geraldine Viswanathan), enquanto que Margot (Reese Whiterspoon) é uma obstinada produtora de tv que fica responsável pelo casamento de sua irmã, Neve (Meredith Hagner).

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Crítica – Canina

 

Análise Crítica – Canina

Review – Canina
Dirigido por Marielle Heller, responsável por Poderia Me Perdoar? (2018) e Um Lindo Dia na Vizinhança (2019), Canina funciona como uma reflexão sobre como a maternidade altera a vida de uma mulher, a solidão que ela impõe e os desafios de se adequar às expectativas sociais de mãe. Nem tudo que o filme tenta fazer funciona e sua incursão no realismo fantástico não é bem aproveitada como deveria, mas não deixa de ter qualidades.

Solidão materna

A trama é centrada em uma mãe (Amy Adams) que abriu mão da carreira de artista plástica para se dedicar a cuidar do filho. Seu marido (Scoot McNairy) trabalha viajando e passa poucos dias em casa. Mesmo quando está em casa ele não contribui em nada com a criação do filho, sempre jogando a responsabilidade para a esposa. A protagonista também começa a perceber mudanças no seu corpo e sentindo como se ficasse mais animalesca.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Crítica – O Homem Que Quer Viver Para Sempre

 

Análise Crítica – O Homem Que Quer Viver Para Sempre

Review – O Homem Que Quer Viver Para Sempre
É possível que você já tenha visto alguma coisa sobre Bryan Johnson, o milionário estadunidense que está torrando milhões da própria fortuna em métodos antienvelhecimento. Este documentário O Homem Que Quer Viver Para Sempre conta a história de Bryan. Poderia ser um estudo de personagem interessante, entender o que move alguém a fazer algo tão extremo com o próprio corpo ou mesmo trazer alguma discussão mais científica e consistente sobre o tema. O filme não faz nada disso.

Who wants to live forever?

Centrado na figura de Bryan, o documentário tem como fontes o próprio protagonista e pessoas que trabalham diretamente com ele, como sua assistente de marketing. Isso torna boa parte dos depoimentos sobre os supostos resultados que ele tem pouco confiáveis e, na maioria dos casos, resultados como baixa de colesterol, sódio e níveis ideais de vitaminas poderia simplesmente ser obtido com uma boa alimentação e exercícios regulares, sem a necessidade de métodos nas bordas da ciência ou tomar mais de cem comprimidos por dia.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Crítica – Emilia Pérez

 

Análise Crítica – Emilia Pérez

Review – Emilia Pérez
A sensação de assistir Emilia Pérez é que o diretor francês Jacques Audiard, responsável pelo ótimo Ferrugem e Osso (2012), tentou fazer um filme do Almodóvar, mas sem a sensibilidade e curiosidade que o realizador espanhol tem pelos temas e personagens complicados que trata. O resultado é um filme que tinha muito potencial ao contar a história de um chefe do narcotráfico que reconstrói a vida ao realizar uma transição de gênero, mas fica na superfície por conta de um olhar distanciado e escolhas problemáticas.

Identidade em transição

A narrativa acompanha a advogada Rita (Zoe Saldaña) que é contratada pelo traficante Manitas (Karla Sofia Gascon) para tirá-lo do país em segredo para que ele faça uma cirurgia de transição de gênero e assuma uma nova identidade. Depois de quatro anos e vivendo como Emilia Pérez, ela volta a contatar Rita para que a advogada a ajude em outras questões e juntas elas iniciam uma organização filantrópica.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Crítica – A Verdadeira Dor

 

Análise Crítica – A Verdadeira Dor

Review – A Verdadeira Dor
Dirigido por Jesse Eisenberg, A Verdeira Dor é uma meditação sobre como lidamos com o sofrimento, passado ou presente, seja ele de natureza pessoal ou coletiva. No coração desse conflito há uma dinâmica familiar cujas tensões borbulham abaixo da superfície conforme os dois protagonistas viajam pela Europa.

Tensões em família

A narrativa acompanha os primos David (Jesse Eisenberg) e Benji (Kieran Culkin) que viajam juntos em uma excursão pela Polônia para se reconectarem com seu passado e com a memória da falecida avó, que veio do país. Ao longo da viagem conflitos antigos começam a emergir entre os primos e também as razões para o excêntrico Benji ter ficado tão abalado pela morte da avó.