É impressionante como filmes de
terror e filmes catástrofe vem produzindo tantos filmes no estilo de falso
documentário. Por um lado há a facilidade de produção e o baixo custo e baixo
custo diminui os riscos financeiros já que qualquer trocado feito torna-se
lucro. Por outro, não há realmente muito mais o que fazer com essa mescla entre
o terror/catástrofe e o found footage,
tanto que os melhores produtos feitos nesse formato foram em outros gêneros,
como Marcados Para Morrer (2012) ou Poder Sem Limites (2012). Enquanto isso,
no que se refere ao terror ou catástrofe, porcarias como Apollo 18 (2011), Filha do
Mal (2012) e praticamente todos os Atividade
Paranormal utilizam o formato para mascarar sua falta de recursos
financeiros e narrativos na tentativa de fazer o público deixar de perceber que
aquilo que vê é apenas um engodo mal escrito, mal dirigido e mal atuado.
Lamentavelmente este No Olho do Tornado
é apenas mais um destes engodos.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Crítica - No Olho do Tornado
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Catástrofe,
Crítica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Crítica - Os Mercenários 3
Muitos irão dizer que este Os Mercenários 3 é um filme ruim. A
questão é que o produtor e astro de ação Sylvester Stallone realmente queria
fazer um filme ruim. Diferente dos filmes de sujeitos como Michael Bay, que
conduzem suas bobagens como se estivessem fazendo verdadeiros épicos, Stallone
e sua turma entendem que este não é o tipo de filme que deve se levar a sério e
tudo nele é autoconsciente da própria tosqueira e completo descompromisso com
verossimilhança. Deste modo, é bem difícil dizer que o filme falha em alcançar
suas ambições.
Na trama, o grupo liderado por
Barney Ross (Sylvester Stallone) acaba de tirar da cadeia o mercenário Doc
(Wesley Snipes) para auxiliá-los a parar um poderoso traficante de armas. O que
ninguém sabia é que o traficante era Conrad Stonebanks (Mel Gibson), um antigo
aliado de Ross que ele acreditava estar morto. Quando Stonebanks fere
gravemente um dos membros do grupo de Ross, ele percebe que seu grupo de
mercenários pode estar ficando velho demais para este trabalho e decide formar
uma nova equipe de jovens mercenários para deter Stonebanks. Logicamente, os
novatos são capturados e Ross precisa recorrer aos seus tradicionais aliados,
bem como seu rival Trench (Arnold Schwarzenegger), o falastrão Galgo (Antonio
Banderas) e o espião Drummer (Harrison Ford), para deter o vilão.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Sex Tape: Perdido na Nuvem
Depois de assistir o arrastado e
entediante Mulheres ao Ataque
imaginei que a atriz Cameron Diaz não conseguiria fazer outro filme tão
equivocado tão cedo e assim entrei na sala de cinema para ver este filme
esperando algo menos intragável. Infelizmente eu estava enganado e este Sex Tape: Perdido na Nuvem consegue ser
ainda pior que a comédia anteriormente citada.
Na trama, Jay (Jason Segel) e
Annie (Cameron Diaz) são um casal com dois filhos cujo relacionamento caiu na
rotina e sente falta do sexo desenfreado de sua época de namoro. Com o objetivo
movimentar mais as coisas, eles decidem fazer um vídeo de sexo, mas Jay se
esquece de apagar o vídeo de seu tablet
e depois descobre que ele ainda está sincronizado com alguns tablets antigos que deu de presente a
amigos e conhecidos. Temendo que as pessoas vejam seu vídeo, Jay e Annie correm
para reaver os aparelhos antes os vídeos se espalhem.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Crítica - Amantes Eternos
A trama é centrada no casal de
vampiros Adam (Tom Hiddleston) e Eve (Tilda Swinton) que se casaram há séculos
e, apesar do afeto que sentem um pelo outro, moram separados há aparentemente
algum tempo. Ele mora em Detroit nos
Estados Unidos e passa seus dias compondo música e ela vive em Tanger no
Marrocos e é bastante devotada à leitura. Quando Adam demonstra estar deprimido
e cansado de sua eternidade vazia, Eve decide ir até Detroit passar um pouco de
tempo com ele e tentar entender o que aflige o amado.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - As Tartarugas Ninja
Com o anúncio de que o execrável
Michael Bay produziria uma nova versão das Tartarugas Ninja para os cinemas e
que esta seria dirigida pelo medíocre Jonathan Liebsman (dos horrendos Fúria de Titãs 2 e Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles), fãs ficaram temerosos
que seu amado universo fosse ser destruído por esses dois “talentos”. A verdade
é que embora não seja o completo desastre que se imaginava que seria, o filme
ainda tem uma grande parcela de problemas.
Na trama, April O’Neal (Megan
Fox) é uma jovem repórter que quer ser levada a sério na emissora em que
trabalha. Quando um grupo criminoso chamado Clã do Pé começa a aterrorizar a
cidade, ela resolve investigar os crimes para tentar subir na carreira, mas
acaba topando com as quatro tartarugas mutantes ninjas Leonardo (voz de Johnny
Knoxville), Michelangelo (Noel Fischer), Donatello (Jeremy Howard) e Raphael
(Alan Ritchson). Os quelônios passaram a vida nos esgotos, sendo treinados por
Splinter (voz de Tony Shalhoub) e fazem April se lembrar de coisas esquecidas
de sua infância, em especial o trabalho científico de seu falecido pai para o
bilionário industrial Eric Sacks (William Fichtner) que podem ter ligação com
as tartarugas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Lucy
O diretor e roteirista Luc Besson
é famoso pelos seus filmes de ação intensa estrelados por personagens femininas
fortes e marcantes como a versão original de La Femme Nikita (1990) e O
Quinto Elemento (1997). Este Lucy
seria seu retorno a este universo que o consagrou, mas infelizmente fica aquém
do esperado.
A história é centrada em Lucy
(Scarlett Johansson), uma jovem aspirante a atriz que vive em Taiwan que se
envolve por acidente com mafiosos locais e é obrigada pelo cruel Sr. Jang (Choi
Min-Sik) a transportar um pacote de drogas em seu corpo. Quando o pacote
arrebenta e a substância vaza em seu corpo, Lucy descobre que ela a tornou mais
inteligente e ampliou seu potencial mental. A jovem então busca a ajuda do cientista
Norman (Morgan Freeman) para que entender o que deve fazer com toda a sua habilidade
antes que ela perca o controle sobre seus recém-adquiridos poderes.
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Ficção Científica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Crítica - Planeta dos Macacos: O Confronto
Recebi com certa desconfiança o
lançamento de Planeta dos Macacos: A
Origem (2011) parecia mais um remake caça-níqueis e desnecessário depois da
desastrosa tentativa de Tim Burton em reiventar a franquia com O Planeta dos Macacos (2001). Felizmente
meus temores foram equivocados e o filme era um sólido e competente recomeço
para a série. Este Planeta dos Macacos: O
Confronto é uma continuação direta da fita de 2011 e consegue ser ainda
melhor que o anterior.
A trama se passa dez anos depois
do filme de 2011 e nos apresenta uma humanidade quase extinta devido à “gripe
símia”. Nesse cenário pós-apocalíptico um grupo de sobreviventes liderados por
Malcolm (Jason Clarke) e Dreyfus (Gary Oldman) chega ao que restou de São
Francisco (cidade em que o filme anterior se passou), na esperança de reativar
uma hidroelétrica em uma floresta próxima. O problema é que a dita floresta é
agora o lar de Cesar (Andy Serkis) e sua comunidade de macacos inteligentes.
Inicialmente os dois lados tentam resolver tudo pacificamente, mas com o tempo
emergem rancores e preconceitos que podem por tudo a perder. Preciso ressaltar,
no entanto, que é possível ver tranquilamente esse filme sem o conhecimento do
primeiro, embora algumas poucas referências a eventos anteriores possam se
perder pelo caminho. Assim sendo, embora mantenha um senso coeso de
continuidade, o filme não afasta os neófitos.
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Drama,
Ficção Científica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Crítica - Juntos e Misturados
Acho que já falei isso, mas nos
últimos anos sempre que via a vinheta da Happy Madison (produtora de Adam
Sandler) ficava com dois pés atrás em relação ao que veria seguir. Não um temor
injustificado, já que o últimos projetos do comediante resultaram em porcarias
homéricas como Gente Grande 2 (2013)
e Esse é o Meu Garoto (2012) e Cada um Tem a Gêmea que Merece (2011).
Este Juntos e Misturados, no entanto,
parecia um pouco mais promissor ao trazer de volta a parceria de Sandler com
Drew Barrymore, que rendeu suas melhores comédias, Como Se Fosse a Primeira Vez (2004) e Afinado no Amor (1998). Embora não chegue a ser desastroso como os
esforços recentes do comediante, o filme lamentavelmente fica aquém dos outros
produtos da parceria Sandler/Barrymore.
Na trama, Laura (Drew Barrymore)
é uma mulher recém-divorciada e mãe de dois filhos que topa um encontro às
cegas com Jim (Adam Sandler), um viúvo que tem três filhas. O encontro é um
desastre e eles concordam em não se verem novamente. O destino, entretanto,
intervém quando ambos compram o mesmo pacote de férias familiares na África e
são obrigados a ficarem juntos. Como é de se esperar, aos poucos ele se
aproximam, percebem como precisam um do outro e daí já é possível prever o que
acontece.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Crítica - O Grande Hotel Budapeste
O diretor Wes Anderson é
conhecido por seu estilo peculiar de fazer filmes, seja pelos temas que trata
ou pela maneira bastante específica como filma suas obras, é inegável que seu
conjunto de trabalho possui uma identidade que lhe é própria. Essa identidade
autoral, no entanto, é uma faca de dois gumes, se por um lado traz frescor e
diferenciação a uma obra, por outro é preciso que o realizador não se acomode
em apenas repetir cansativamente os mesmos artifícios, como vem acontecido com
as obras de Tim Burton. Se alguns dos filmes de Anderson como A Vida Marinha com Steve Zissou (2004)
ou Viagem à Darjeeling (2007)
pareciam meras repetições dos cacoetes narrativos e estilísticos do diretor,
este O Grande Hotel Budapeste é
suficientemente criativo e insólito para não ser uma mera reprodução.
A trama acompanha as desventuras
de Gustav (Ralph Fiennes), o concierge de um luxuoso hotel europeu no período
entre guerras, e seu assistente Zero (Tony Revolori) que se envolvem na disputa
de herança de uma família rica e perigosa. Depois que Gustav se torna herdeiro
de uma valiosa pintura o filho da viúva,Dimitri (Adrien Brody), e seu empregado, Jopling (Willem
Dafoe), passam a persegui-los. O concierge e seu assistente precisam, então atravessar a Europa para se
manterem vivos.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Crítica - Jersey Boys: Em Busca da Música
Baseado no premiado musical da
Broadway de mesmo nome, este Jersey Boys:
Em Busca da Música traça a história do famoso grupo The
Four Seasons, que se tornou famoso a partir dos anos 50 nos Estados Unidos e
emplacou hits como “Big Girls Don’t Cry”
(apesar do título homônimo, esta canção é diferente daquela cantada por Fergie)
e “Can’t take my eyes off you”. O
filme não é exatamente um musical tradicional como Os Miseráveis ou Sweeney Todd
no qual tudo se desenvolve através do canto e da dança. Na verdade está mais
próximo de cinebiografias musicais como Ray,
no qual acompanhamos a trajetória profissional de um músico, obviamente
pontuada por suas performances mais icônicas.
Na trama acompanhamos o jovem
ítalo-americano Frankie (John Lloyd Young) que realiza pequenos crimes ao lado
do amigo Tommy DeVito (Vincent Piazza), que também tem uma banda. Ao perceber o
talento vocal de Frankie, Tommy o convida a participar do grupo musical que
administra. O estrelato, no entanto, só chega com a entrada do compositor Bob
Gaudio (Erich Bergen), autor dos principais sucessos do grupo. A partir daí
acompanhamos as dificuldades, desentendimentos e conflitos que emergem desta
busca pelo sucesso.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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