Os vinte primeiros minutos deste Motorrad me deixaram bastante empolgado
pelo que poderia vir a seguir. Com pouquíssimos diálogos, o filme construía uma
atmosfera intrigante e desoladora conforme o protagonista Hugo (Guilherme
Prates) viaja com sua moto por paisagens desoladas e estradas vazias. Parece um
cenário apocalíptico e até então a trama não faz questão de explicar nada,
usando essa incerteza e desconhecimento como fonte de tensão. Imaginei que o
restante do filme seguiria esse tom, de um terror mais atmosférico e voltado
para o medo do que não sabemos, algo similar ao recente Ao Cair da Noite (2017). O que acontece à partir de então, no
entanto, cai em uma lamentável coleção de clichês do terror.
Hugo deseja fazer parte do clube
de motocross do irmão, Ricardo (Emílio Dantas), e parte com ele e um grupo de
amigos para uma cachoeira remota. No caminho, eles encontram um estranho muro
de pedra e decidem derrubá-lo para continuar a viagem. Ao chegarem na
cachoeira, os protagonistas são confrontados por um misterioso grupo de
motoqueiros vestidos de preto que começam a matar os amigos de Hugo e Ricardo um a um.