Com uma produção conturbada que
incluiu a demissão dos diretores Phil Lord e Chris Miller durantes as gravações
e a entrada de Ron Howard para finalizar o filme, eu não esperava muita coisa
deste Han Solo: Uma História Star Wars.
Felizmente, o resultado final não é tão problemático quanto imaginava, sendo
uma aventura divertida, mas esquecível.
A narrativa segue a juventude de
Han Solo (Alden Ehrenreich) e suas primeiras aventuras, mostrando como ele
fugiu de seu planeta natal Corellia e adentrou pelo submundo da galáxia. Em
suas viagens ele conhece o ladrão Beckett (Woody Harrelson), que se torna uma
espécie de mentor para ele, e busca reencontrar sua amiga de infância Qi'ra
(Emilia Clarke).
O longa-metragem promete nos
mostrar como Han se tornou o contrabandista cínico, durão e egoísta que
conhecemos no Star Wars original, mas
tudo que o filme faz é exibir como ele conseguiu suas coisas (nave, pistola) e
encontrou seus principais aliados, sem construir essa prometida jornada
emocional e assim falha em justificar sua própria existência. Os demais
coadjuvantes também não tem muito desenvolvimento, o que até prejudica uma
reviravolta próxima ao fim quando Qi'ra toma uma decisão que não parece
justificada pelo pouco que a conhecemos, seja em termos de roteiro ou da
atuação de Emilia Clarke que não dá a Qi'ra ambiguidade o suficiente para que
ela convença como a femme fatale que
a trama quer que a personagem se torne.