Miami Connection é daqueles filmes que é tão ruim, tão sem sentido
que acaba se tornando divertido de assistir. Se houvesse um mínimo de qualidade
seria algo genérico, esquecível e sem personalidade, mas é a ruindade que o
torna memorável.
A trama foca nos integrantes da
banda Dragon Sound, que são liderados por Mark (Y.K Kim) e praticam Tae-Kwon-Do
nas horas vagas. Um dos integrantes da banda, John (Vincent Hirsch), se envolve
com Jane (Kathy Collier), a irmã de Jeff (William Ergle), líder de uma gangue
de motoqueiros que trabalha junto com uma gangue de ninjas para traficar
cocaína na cidade. Jeff decide que a banda é uma ameaça e resolve eliminá-los.
Se vocês leram o parágrafo acima
com atenção, perceberão que há um salto lógico enorme na sequência de eventos.
Qual a razão de Jeff considerar a banda uma ameaça ao tráfico? Eles são só uma
banda que canta sobre amizade e acreditar nos próprios sonhos, nada do que eles
fazem representa uma ameaça para os negócios ou para Jane (na verdade, o fato
de Jeff ser um traficante tem mais potencial para por Jane em risco do que a
banda). Ah, você exclama, mas será que não é pelo risco da irmã contar para
eles sobre as atividades de Jeff? Bem, não, porque a Jane deixa claro em seus
diálogos que não sabe no que o irmão está envolvido, apenas que são coisas
sombrias. Então qual o motivo de Jeff querer tanto eliminar a banda? Bem, não
há um além da necessidade disso acontecer para mover a trama para frente.