É sempre importante fazer um balanço do ano que passou e
pesar as coisas boas e ruins que vivenciamos ao longo deste período. Como já
fizemos nossa lista dos piores filmes de 2018, agora é a vez de pensarmos em
quais foram os melhores filmes do ano que passou. A lista leva em conta apenas
filmes que tiveram lançamento comercial no Brasil em 2018, seja nos cinemas ou
direto para vídeo e streaming. Vamos
a eles!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Reflexões Boêmias – Melhores Filmes de 2018
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Reflexões Boêmias
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Crítica – Bumblebee
Depois de ir piorando progressivamente a cada um de seus
cinco filmes e chegando ao fundo do poço no péssimo Transformers: O Ùltimo Cavaleiro (2017), que inclusive rendeu
abaixo do esperado, deixando evidente que a franquia precisava se reinventar se
quisesse continuar relevante. Este Bumblebee
acaba sendo o exato respiro criativo que o universo precisava, tanto em
termos narrativos quanto em termos estéticos, já que o diretor Michael Bay,
responsável por todos os filmes dos Transformers até então, sai para dar lugar
a Travis Knight (que comandou a animação Kubo
e as Cordas Mágicas) e a troca traz uma notável diferença.
A trama se passa na década de oitenta e é centrada na garota
Charlie (Hailee Steinfeld). Prestes a completar dezoito anos, ela quer ganhar
um carro de aniversário, mas sua família não tem condições. Tudo muda quando
ela acha um Fusca amarelo em um ferro-velho e decide consertá-lo, descobrindo
que o veículo era um Transformer danificado que tinha caído na Terra tempos
atrás. Assim, a jovem começa a construir uma amizade com Bumblebee (voz de
Dylan O’Brien) ao mesmo tempo em que ambos ficam na mira da perigosa Decepticon
Shatter (voz de Angela Bassett), que está em busca de Bumblebee para obter a
localização dos demais Autobots.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Reflexões Boêmias – Piores Filmes de 2018
Com todo final de ano e começo de um novo chega o momento de
fazer um balanço de tudo que passou. Como de costume, decido começar minha
retrospectiva pelos piores porque, bem, melhor dar as más notícias primeiro,
então aqui vão as piores coisas que lamentavelmente assisti e foram lançadas comercialmente no Brasil em 2018.
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Reflexões Boêmias
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Crítica – O Retorno de Mary Poppins
Não imaginei que a Disney faria outro filme com a babá Mary
Poppins, afinal é notório que a escritora P.L Travers não gostou do que Walt
Disney fez com sua personagem no filme de 1964 estrelado por Julie Andrews, uma
história que também já foi contada nos cinemas em Walt nos Bastidores de Mary Poppins (2013), ainda que o filme
alivie um pouco as animosidades entre Travers e Disney. A questão é que o
estúdio conseguiu fazer um acordo com o espólio da escritora e assim chegamos a
este O Retorno de Mary Poppins.
Na trama, as crianças Banks do primeiro filme já estão
adultas. Michael (Bem Winshaw) é um pai viúvo de três crianças e está prestes a
perder a casa, enquanto Jane (Emily Mortimer) é uma líder sindical que tenta
organizar os trabalhadores durante o período de crise econômica. Assim, Mary
Poppins (Emily Blunt) mais uma vez aparece na vida dos Banks, dessa vez sendo
auxiliada por Jack (Lin-Manuel Miranda) um trabalhador que cuida das lamparinas
das ruas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
Crítica – Marvel’s Spider-Man: Comando Silver
Comando Silver é o
terceiro e último DLC para Marvel’s Spider-Man e tinha a missão de trazer um desfecho às histórias iniciadas em
O Assalto e Guerras Territoriais, encerrando todos os arcos de personagem enquanto
pavimentava os rumos para novas narrativas em uma possível (e talvez
inevitável) continuação.
A trama continua onde a expansão anterior parou, com o
gângster Cabeça de Martelo escapando depois de ser dado como morto e a capitã
Yuri Watanabe sendo afastada depois de tentar assassinar o criminoso. Agora,
Peter precisa descobrir onde o vilão se esconde ao mesmo tempo que precisa
lidar com o retorno de Silver Sable, que não está nem um pouco feliz com o fato
de Cabeça de Martelo ter roubado seu equipamento.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
domingo, 23 de dezembro de 2018
Crítica – Bird Box
Uma mulher e duas crianças caminham vendadas em meio a uma
floresta tomada por um nevoeiro. A mulher alerta as crianças para não tirarem
as vendas, pois se verem as criaturas invisíveis que tomaram nosso mundo,
correm o risco de morrer. No papel a premissa de Bird Box parece risível, mas funciona melhor na prática. A questão é que a
trama se pretende a um exame da erosão da sociedade diante de um ambiente
apocalíptico e também a uma metáfora sobre a maternidade e faz as duas coisas
apenas superficialmente.
Malorie (Sandra Bullock) está grávida e tem dúvidas se
conseguirá amar e criar vínculo com a criança que irá nascer. Em meio a esses
questionamentos, o mundo é tomado por um surto de insanidade, com pessoas
enlouquecendo e se matando aparentemente sem razão alguma. Não demora a
descobrirem que a razão de tudo isso são criaturas que, quando vistas, levam a
pessoa à loucura. A trama alterna duas temporalidades, o presente no qual
Malorie viaja com duas crianças através de um rio e o passado, com ela ainda
grávida refugiada em uma casa com outros sobreviventes.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Lixo Extraordinário – Salvando o Natal
Estrelado pelo ex-ator mirim Kirk Cameron, famoso em sua
juventude por conta da série Tudo em
Família e que hoje se tornou uma espécie de televangelista, este Salvando o Natal promete em seu pôster
“trazer Cristo de volta ao Natal”. Imaginei que com isso o filme quisesse
criticar o consumismo das festas natalinas e resgatar a essência da fé cristã
que se perdeu nas comemorações da festa. Eu estava errado, eu estava muito, muito
errado. O que ele apresenta é uma visão delirante e equivocada sobre os
significados da festa, mas nem é só isso que o torna abominável.
O filme abre com Kirk sentado diante de uma poltrona falando
sobre as festas natalinas e logo após uma breve fala sobre o Natal ser uma
época de caridade e oração ele mostra o real intento do filme, entregando um
longo discurso sobre como as comemorações natalinas estariam “sob ataque” ou
sendo ameaçadas por pessoas que não gostam ou não entendem o significado das
festas.
Ora, os Estados Unidos são uma nação formada por puritanos
cristãos, as notas de dólar trazem a mensagem “in God we trust” (em Deus confiamos) escrita nelas, o juramento à
bandeira menciona o fato do país ser “uma nação sob Deus, indivisível”, e assim
é difícil comprar a ideia de que o cristianismo é de algum modo um grupo
perseguido. Cristãos são um grupo social hegemônico, que determina padrões e
normas, tanto lá quanto aqui no Brasil. Desta forma, tentar argumentar sobre
perseguição é uma dissonância cognitiva com a realidade ou pura desonestidade
intelectual, mesmo se considerarmos que está havendo uma perda de hegemonia, já
que isso seria muito diferente de ser perseguido ou intimidado.
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Comédia,
Lixo Extraordinário
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Crítica – Minha Vida em Marte
Os Homens São de Marte
e é Pra Lá Que Eu Vou (2014) era uma comédia morna, excessivamente colada
nos clichês do gênero, mas obteve sucesso suficiente para render uma
continuação neste Minha Vida em Marte,
que apresenta uma trama difusa e que perde de vista sua protagonista.
O casamento entre Fernanda (Mônica Martelli) e Tom (Marcos
Palmeira) esfriou. Eles mal conversam, mal transam e só dialogam para falar
sobre a filha. A falta de interação entre os dois leva Fernanda a conversar com
o amigo Aníbal (Paulo Gustavo) e repensar a relação.
Assistindo o filme, a impressão é que Paulo Gustavo entrou
armado no set e tomou toda a produção
de refém, já que seu personagem, que deveria ser o típico melhor amigo
engraçadinho, acaba tendo mais espaço e mais falas do que a própria
protagonista do filme. Não importa qual o teor da conversa ou quão dramática,
Aníbal sempre tem longos comentários venenosos a fazer sobre o que quer que
esteja ao seu redor, mesmo que não faça nenhum sentido que aquilo fosse dito na
situação, como nos momentos em que ele faz comentários maldosos para as
clientes de sua empresa de eventos, o que é mais grosseiro do que engraçado.
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Cinema Brasileiro,
Comédia,
Crítica
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terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Crítica - Roma
O Roma do diretor
mexicano Alfonso Cuarón não trata da capital italiana, pegando seu título da
Colônia Roma, área de classe média da Cidade do México na qual o diretor
cresceu. É, portanto, um trabalho que se pretende a algo memorialista,
remetendo a experiências de infância do diretor e construindo uma sensação de
estarmos acompanhando experiências cotidianas.
A história dessa família de classe média é contada sob a
ótica de Cleo (Yalitza Aparicio) uma das empregadas dessa família de classe
média cujos filhos dos patrões a consideram quase como uma segunda mãe. A trama
acompanha o cotidiano dessa família bem como a vida de Cleo e as transformações
que vão ocorrendo nesse núcleo familiar. Se inicialmente a trama parece romantizar
excessivamente a relação de trabalho de Cleo com a família que a emprega, em
sua segunda metade esse incômodo é atenuado quando a trama passa a ser sobre a
solidão feminina, com tanto Cleo e a patroa abandonadas pelos respectivos
companheiros não tendo o apoio de mais ninguém exceto uma da outra.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Crítica – South Park: 22ª Temporada
A vigésima segunda temporada de South Park começou abordando o polêmico tema dos tiroteios em
escolas. A escolha criou controvérsia antes mesmo do episódio ser exibido, com
muita gente questionando como a série faria comédia em cima de algo tão trágico
e, na verdade, eles se saíram muito bem ao abordar o tema. A série extrai a
comédia não do tiroteio ou das mortes em si, mas da banalização que é feita ao
redor desse tipo de evento e da inação em tentar fazer algo para coibi-lo.
O ridículo e o absurdo emergem de como esses tiroteios foram
absorvidos no cotidiano das pessoas que, ao saber de um novo massacre, anunciam
que seus “pensamentos e orações” estão com as vítimas apenas para continuar
suas atividades como se nada tivesse acontecido. O episódio ainda traz uma
subtrama envolvendo Cartman e Token sobre o fato de Cartman não ter gostado do
filme Pantera Negra, o que é uma
piada recorrente durante toda a temporada. Eu imagino que a intenção tenha sido
parodiar as comunidades de fãs que não aceitam opiniões divergentes e atacam
com fúria virulenta qualquer um que pense diferente, mas a temporada acaba não
tendo nada a dizer sobre isso e apenas repete várias vezes a fala de Cartman de que o filme não é tão bom assim.
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