Quando escrevi sobre a primeira
temporada de Perdidos no Espaço mencionei
como a série criava um envolvente universo de ficção-científica no qual a
inteligência, conhecimento e engenhosidade dos personagens eram as principais
armas que tinham para resolver problemas. Essa segunda temporada segue
desenvolvendo os pontos fortes de sua estreia, mas também reproduz alguns de
seus problemas.
O segundo ano termina no momento
em que o primeiro encerrou, com a família Robinson sendo transportada a um
ponto desconhecido do espaço. Encontramos John (Toby Stephens), Maureen (Molly
Parker) e os demais vivendo em uma pequena ilha de um planeta tomado por água.
Sem recursos, a família começa a se acostumar à rotina do lugar, mas Maureen
sabem que a vida ali não é sustentável a longo prazo e traça um plano arriscado
para conseguir energizar a nave e deixar o planeta.
Tal como na primeira temporada o
universo em si é o principal obstáculo e ameaça aos personagens. Viajando por planetas
alienígenas que não são adaptados à vida humana, os Robinsons tem sua
capacidade de sobrevivência testada a todo momento e precisam combinar os
conhecimentos de cada um de maneiras engenhosas para se manterem vivos. É uma
série que nos lembra da importância da ciência, de como a inteligência humana
tornou nossa vida, tal como a conhecemos, possível e o quão longe nossa espécie
pode chegar se for capaz de cooperar e produzir conhecimento. Uma mensagem
importante e necessária em tempos de obscurantismo e negação da ciência como
vivemos hoje.