O primeiro
Resgate (2020) não tinha lá muita coisa em termos de trama e os
personagens eram pra lá de clichê, mas a ação era bem conduzida o bastante para
fazer valer a experiência.
Resgate 2
mantem os méritos do original e tanta dar mais camadas aos personagens, embora
não chegue a ser bem sucedido nessa segunda empreitada e não sei se
precisávamos realmente de uma continuação.
Depois de sobreviver aos eventos
do primeiro filme o mercenário Tyler Rake (Chris Hemsworth) é contatado por uma
figura misteriosa (Idris Elba) para resgatar a esposa e filhos de um perigoso
criminoso internacional de uma prisão na Geórgia (o país, não o estado dos
EUA). Ketevan (Tinatin Dalakishvili, do horrendo Abigail e a Cidade Proibida), a tal esposa de criminoso, tem uma
conexão passada com Tyler e servem como motor para o mercenário aceitar a
missão.
Tal como no anterior, o filme
empolga pelas enérgicas cenas de ação que tomam longos planos-sequência (ou que
parecem ser planos-sequência) a exemplo da brutal extração na prisão no início
do filme com Tyler e sua equipe enfrentando dezenas de criminosos em tomadas
com pouquíssimos cortes aparentes que praticamente não dão tempo para o
espectador retomar o fôlego. A ação também se beneficia de não diluir a
violência e o sangue que flui nos embates, nos fazendo testemunhar as
consequências brutais de cada luta, seja no modo como os protagonistas
despacham seus inimigos, seja nos ferimentos que se impõem sobre os heróis e
ampliam a sensação de risco, deixando claro que eles ficam debilitados ao longo
da jornada.