terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Crítica – Sonic 3: O Filme

 

Análise Crítica – Sonic 3: O Filme

Review – Sonic 3: O Filme
O sucesso de Sonic: O Filme (2020) foi um dos raros casos em que um bando de nerds raivosos de internet conseguiu tornar algo melhor ao substituir o bizarro visual fotorrealista do ouriço veloz por algo mais cartunesco e próximo do seu design nos games. Mesmo não sendo grande coisa, o filme arrecadou o bastante para justificar uma continuação em Sonic 2: O Filme (2022) que melhorou um pouco em relação ao anterior, ainda que sofresse com parte dos mesmos problemas. Agora chegamos a este Sonic 3: O Filme que entrega algo superior aos anteriores e se continuarmos a progredir nesse nível talvez tenhamos um filme do Sonic realmente excelente lá pelo sexto ou sétimo filme.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Crítica – Babygirl

 

Análise Crítica – Babygirl

Review – Babygirl
Os trailers de Babygirl não me deixaram muito curioso pelo filme, soando como uma versão da A24 da franquia 50 Tons de Cinza. Felizmente o produto final não é isso, entregando um estudo sobre sexualidade, poder, liberdade e culpa que se sustenta principalmente pela performance de Nicole Kidman.

Desejo e controle

A trama é protagonizada pela executiva Romy (Nicole Kidman), que preside uma crescente empresa de automação de processos. Ela e o marido são casados há quase vinte anos, mas ela não parece sentir prazer com ele, sempre indo assistir pornô de sadomasoquismo depois do sexo para realmente se satisfazer. Ela tem a chance de viver suas fantasias quando conhece o jovem estagiário Samuel (Harris Dickinson), que parece perceber o desejo da empresária em ceder controle. Aos poucos eles se aproximam e começam um tórrido romance que ameaça os negócios e o casamento de Romy.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Crítica – What If…?: 3ª Temporada

 

Resenha Crítica – What If…?: 3ª Temporada

Review – What If…?: 3ª Temporada
A série What If…? funciona melhor quando usa suas possibilidades do multiverso para explorar novas possibilidades de desenvolver seus personagens ou formatos narrativos diferentes para suas tramas de super-heróis. Esse terceiro e aparentemente último ano da série tenta trazer um encerramento ao arco do Vigia iniciado nos anos anteriores e dialogar com alguns gêneros diferentes, mas tanto suas escolhas narrativas quanto de personagem nem sempre funcionam.

Prisma de possibilidades

O primeiro episódio da temporada é claramente uma homenagem a filmes de kaijus como Godzilla e similares ao nos apresentar a uma realidade com monstros gigantes em que os Vingadores precisam pilotar mechas para enfrentar as criaturas. É um episódio com ação bem conduzida, ainda que nunca aproveite as possibilidades desse cenário e a narrativa tem muito pouco a dizer sobre a amizade que tenta construir entre Sam Wilson e Bruce Banner.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Crítica – Jurado Nº 2

 

Análise Crítica – Jurado Nº 2

Review – Jurado Nº 2
O cinema de Clint Eastwood sempre trouxe consigo meditações sobre moralidade na sociedade estadunidense, desde a expansão para o oeste no western revisionista Os Imperdoáveis (1992), passando por considerações a respeito de como a sociedade trata seus heróis em produções como Sully (2016) e O Caso Richard Jewell (2019). Agora Eastwood se volta para o sistema judiciário e sua moralidade em Jurado Nº2.

Crime e castigo

A narrativa é protagonizada por Justin (Nicholas Hoult), que é chamado para servir de jurado em um julgamento de homicídio. Ele tenta sair da convocação alegando a gravidez de risco da esposa, Allison (Zoey Deutch), mas a juíza nega afirmando que ele só irá ficar o mesmo número de horas de seu expediente regular. Quando os trabalhos começam, Justin se dá conta que o réu está sendo acusado de ter assassinado uma mulher que o próprio Justin tinha atropelado acidentalmente meses atrás. Como o réu era ex-namorado da mulher assassinada e tinha um histórico de violência, as autoridades automaticamente o consideraram como responsável pela morte. Justin é um alcoólatra em recuperação e tem uma condenação de anos atrás por dirigir embriagado, o que faria sua pena ser altíssima caso assumisse a culpa. Agora, Justin precisa convencer o júri a inocentar o réu para evitar que um inocente vá para a cadeia ao mesmo tempo que tenta afastar qualquer conjectura sobre o possível culpado real.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Crítica – Encontro com o Ditador

 

Análise Crítica – Encontro com o Ditador

Review – Encontro com o Ditador
O diretor cambojano Rithy Pahn, responsável pelo excelente A Imagem que Falta (2013), volta a tratar do período em que o Camboja esteve sob domínio do Khmer Vermelho neste Encontro com o Ditador, que se baseia levemente em uma história real de três jornalistas que foram ao Camboja entrevistar o ditador Pol Pot.

Jornalismo e poder

A narrativa é inspirada em um livro da jornalista de guerra Elizabeth Becker no qual ela narra suas experiências no Camboja e acompanha três fictícios jornalistas franceses que se baseiam em Becker e sua equipe. Lisa Delbo (Irene Jacob) é uma jornalista experiente que conhece o pensamento comunista revolucionário e sonda seus entrevistados com cuidado ao perceber as maneiras com as quais o regime de Pot contorce essas ideias para seus próprios fins. Alain (Gregóire Colin) é um comunista convicto, bastante familiar com o Camboja e que troca correspondência diretamente com Pol Pot e demonstra uma certa deferência para o grupo de seguranças armados que os acompanha durante a viagem e controla tudo que eles veem. O terceiro membro do grupo é o fotógrafo Paul (Cyril Guei), cuja obstinação jornalística em busca da verdade o faz constantemente correr riscos ao tentar escapar do controle de sua entourage estatal para tentar observar o que há por trás desse discurso.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Crítica – Nosferatu

 

Análise Crítica – Nosferatu

Review – Nosferatu
Considerado um dos primeiros filmes de horror, Nosferatu (1922) segue impactante mesmo hoje, mais de cem anos depois de seu lançamento. Essa releitura do romance Drácula, escrito por Bram Stoker, já tinha recebido um remake, dirigido pelo também alemão Werner Herzog em Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979). Agora, o vampiro imortalizado nos cinemas por atores como Max Schreck e Klaus Kinski retorna nas mãos do diretor Robert Eggers (de A Bruxa e O Farol), que traz sua construção cuidadosa de atmosfera para essa história.

A sombra do vampiro

A trama se passa na Alemanha do século XIX. O recém-casado Thomas Hutter (Nicholas Hoult) almeja uma promoção e, para isso, aceita a tarefa de ir até a Transilvânia levar documentos para uma propriedade alemã que o misterioso conde Orlok (Bill Skarsgard). Lá Thomas encontra um mal ancestral que fixa sua mira em Ellen (Lily Rose-Depp) e chega na Alemanha levando uma praga de ratos que ameaça toda a cidade.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Crítica – Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa

 

Análise Crítica – Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa

Review – Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa
Depois de dois filmes (Turma da Mônica: Laços e Turma da Mônica: Lições) e duas séries (Turma da Mônica: A Série e Turma da Mônica: Origens) da turminha da Rua do Limoeiro, agora é a vez do Chico Bento receber tratamento live action neste Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa.

A vida na roça

A trama acompanha Chico Bento (Isaac Amendoim) e seus amigos da Vila Abobrinha enquanto eles tentam impedir que um empresário local derrube a goiabeira do Nhô Lau (Luis Lobianco) para construir uma estrada. É uma trama simples que foca mais no lado de uma aventura pueril e na comédia do que no desenvolvimento emocional presente nos filmes da Turma da Mônica.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Rapsódias Revisitadas – Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho

 

Resenha – Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho

Review – Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho
Lançado em 1964 como um especial televisivo, a animação Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho faz parte de um ciclo de produções natalinas em stop-motion produzidas pela Videocraft como Frosty: O Boneco de Neve (1969) ou Verdadeira História de Papai Noel (1970). Todas elas são produções infantis que recorrem a números musicais para contar suas histórias.

Aceitando as diferenças

A narrativa é baseada em uma canção natalina lançada em 1949, que, por sua vez, se baseava em um poema escrito dez anos antes. Ela é protagonizada por Rudolph, uma rena que nasce com um nariz vermelho brilhante e é alvo de zombaria de todos, incluindo seu pai, por conta de sua aparência diferente. Isolado, Rudolph conhece um elfo que deixou a oficina de Papai Noel para buscar o sonho de ser dentista e ambos vão parar na ilha dos brinquedos rejeitados, um lugar onde vivem os brinquedos que ninguém quer. Lá, Rudolph se compromete a voltar à oficina do Papai Noel e convencê-lo a encontrar um lar para esses brinquedos.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Drops – Passagrana

 

Crítica – Passagrana

Review – Passagrana
Ao acompanhar um grupo de malandros que tenta um assalto mirabolante, Passagrana funciona como uma versão brasileira de Onze Homens e Um Segredo. A trama é protagonizada pelo quarteto Zóinhu (Wesley Guimarães), Linguinha (Juan Queiroz), Mãodeló (Elzio Vieira) e Alãodelom (Wenry Bueno). Eles vivem de pequenos esquemas até que resolvem partir para um golpe mais ousado e roubam o carregamento de dois caminhões. O que eles não sabiam é que o carregamento pertencia ao policial corrupto Britto (Caco Ciocler), que os ameaça a cobrir seu prejuízo. Agora eles resolvem roubar um banco para devolver o dinheiro.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Crítica – Venom: A Última Rodada

 

Análise Crítica – Venom: A Última Rodada

Review – Venom: A Última Rodada
O primeiro Venom (2018) foi bem fraquinho. A continuação, Venom: Tempo de Carnificina (2021) conseguiu ser pior ao desperdiçar a rivalidade entre Eddie Brock e Cletus Kasady em um conflito inane. Aos tropeços essa franquia conseguiu virar uma trilogia que aqui, com Venom: A Última Rodada, encerra a história com seu protagonista com um miado ao invés de um rugido, entregando o pior dos três filmes.

Inimigos do abismo

Depois de levar Eddie Brock (Tom Hardy) ao universo Marvel no final do segundo filme, este terceiro joga Brock de volta no agora defunto universo de vilões da Sony sem fazer nada com o gancho deixado no filme anterior. De volta ao seu mundo Brock se vê acusado pelos assassinatos cometidos por Cletus/Carnificina (Woody Harrelson) no anterior. Ele decide limpar seu nome, mas no caminho é atacado por criaturas enviadas por Knull (Andy Serkis) que quer arrancar de Venom e Eddie o Codex que eles carregam em si e é a chave para Knull fugir de sua prisão no vácuo.